domingo, 19 de outubro de 2014

Conto 21 - Parte 4

Era o momento, tinha que decidir, ou mostrar, então resolvi da forma mais fácil, levei as meninas a uma loja de celular e pedi o mais novo modelo, o melhor da loja, olhamos, ficamos achando maravilhoso, então pedi três, na hora de pagar bastou pensar:
- "não registre a compra, e depois que sairmos da loja você esquecerá completamente que estivemos aqui, nunca se lembrará".
Elas olhavam para mim completamente espantadas,  dava para ver suas bocas caindo no chão, pegamos nossos novos telefones e saímos, era hora de jantar, cada uma escolheu exatamente o que queria e fomos para a mesa comer, o bom de comer no shopping é que não precisamos focar em uma comida só, uma diversidade completa de comida, estava tudo muito bom, na hora de ir embora foi só entrar no táxi e dizer:
- Cada uma em sua casa e depois esquecer a viagem.
Era hora do segundo teste, tentar conseguir o que eu queria ao falar e exatamente, mais uma coisa pronta, chegamos todas em casa em segurança, perfeitamente.
No dia seguinte ao chegar na escola, uma de minhas amigas veio me dizer:
- Sabe eu estava pensando no que aconteceu ontem, pensando em como explicou que as coisas estão acontecendo e em como talvez você pudesse me ajudar.
Eu sabia ao contar para elas o que eu achava que poderia estar fazendo, por que até o momento não era uma certeza, de que alguns pedidos viriam, então não tinha como fugir e respondi:
- Claro, por que não.
Foi quando ela começou a dizer:
- Você sabe muito bem que sou apaixonada por você sabe quem, mas sempre que tento falar com ele, eu travo, eu paro e não consigo, você poderia me ajudar a ter coragem ou a coloca-los a minha disposição por um tempo para dizer o que penso.
Minha outra amiga se aproximava e ao escutar rapidamente se intrometeu e disse:
- O que vocês estão pensando nunca viram os filmes, não se mexe com o amor, isso dá errado.
Elas começaram a discutir e eu não prestei mais atenção nelas, só que no intervalo por uma coincidência estranha, eu dificilmente cruzo com ele pelo caminho, mas lá vinha ele na minha direção, eu usaria aquilo de teste, então lá foi:
- "você chamará ela para sair e estará aberto para ver todas as suas belezas".
Só abri a porta para ajuda-los a se aproximar se mesmo assim ele não gostasse dela, paciência.

sábado, 11 de outubro de 2014

Conto 21 - Parte 3

Tinha passado a acreditar que era capaz de fazer determinadas coisas, agora era a hora de colocar a prova o que eu era realmente capaz ou não de fazer, a caminho de casa não conseguia nada o que pensar para poder testar minha nova habilidade, da qual ainda não tinha conhecimento completo o que era um grande problema, já que poderia criar situações para mim.
Foi quando pensei posso afetar coisas que existem, posso afetar pessoas, então era hora de ir ao shopping, que lugar melhor para começar a ver se poderia controlar meus dons, fossem eles quais fossem.
Chegando ao shopping, não possuía muito dinheiro, sendo assim tinha que começar com algo que conseguisse resolver, ou melhor, pagar, fui até o quiosque de sorvete e fiz meu pedido, pensei:
- "você não irá cobrar, nem se lembrará que eu vim pegar o sorvete".
Olhou no fundo dos meus olhos e vi as pupilas movimentarem, se virou preparou o sorvete e me entregou, sem nem mesmo falar alguma palavra, como se tivesse funcionado, como se minhas palavras tivessem lhe feito virar uma máquina obediente.
Tomei o sorvete e segui meu dia, era hora de testar em algo maior, entrei em uma loja de roupas, experimentei, algumas, vi quais ficavam legais e disse que ia levar, no caixa o mesmo pensamento:
- "você vai fazer todo o procedimento, só que em sua cabeça ficará o meu pagamento efetuado".
As pupilas novamente reagiram, a reação foi exatamente a esperada, tudo o que eu desejasse ia acontecer, todos meus desejos iriam se realizar, bastava olhar nos olhos da pessoa e pensar, que o que eu precisasse aconteceria.
Andando pelo shopping, pensando no que mais poderia levar para casa, o que mais estava querendo acabei encontrando duas amigas, minhas maiores amigas, que já vieram bravas dizer:
- Onde você estava o dia todo estávamos te ligando e você não atendia o celular.
Olhei o celular e lá estava ele desligado, mais isso não era o problema, estava precisando de um novo mesmo, mas o dilema agora era, contar ou não, éramos grandes amigas e sempre contávamos tudo umas para as outras o que eu deveria fazer?

sábado, 4 de outubro de 2014

Conto 21 - Parte 2

Todo mundo conhece as histórias dos gênios da lâmpada mágica, você encontra uma lâmpada mágica, aparece um gênio e ele realiza três desejos que você faz, sejam eles qual for, sejam eles como for, foi mais ou menos isso que estava acontecendo comigo, mas com uma grande diferença, eu não achei a lâmpada, eu não falei com gênio algum as coisas estavam acontecendo.
Tudo começou com uma coisa simples, estávamos na aula, assim como todos os dias, e um de meus colegas de sala, assim também como todos os dias, não parava nem mesmo por um segundo de falar, de atrapalhar aula, então pensei:
- "nossa ele podia calar a boca um minuto".
Foi então que a cadeia dele escorregou e ele foi direto pro chão, uma queda normal, que muitas pessoas que já ficaram balançando passaram, só que ele de alguma forma deve ter batido a cabeça e desmaiou.
Naquele primeiro momento era como se tudo não passasse de uma coincidência, ele era um imbecil, diversas pessoas deviam estar pensando a mesma coisa que eu naquele momento, então seguiu o dia, e lá estava eu tendo uma das aulas que eu mais detesto, olhando aquela professora com cara de rabo, e pensando:
- "me tira daqui".
E o alarme de incêndio da escola passou a tocar, como se alguém tivesse me escutado, não houve evacuação alguma, mais a professora saiu para verificar e logo foi constatado que era um falso alarme, mais esse tempo foi o suficiente para que a aula chegasse ao fim e eu conseguisse sair, outra coincidência, talvez, provavelmente outras pessoas pensando a mesma coisa, alguém foi ao banheiro e soou o alarme, possível, no intervalo desejei um sonho bem recheado, já que as coisas estavam se realizando, e não aconteceu, não era eu.
Quando vindo em minha direção, estava aquela, que nem preciso citar o nome para não estragar meu dia estava vindo, e eu pensei:
- "que ela desapareça da minha frente".
E foi exatamente o que aconteceu, ela virou o pé, não sei de que forma o quebrando, ela conseguiu quebrar o pé em um chão liso e reto, andando de tênis, aquilo só podia ter sido meu pensamento, eu não podia criar coisas que não existem, mais podia afetar as que existem.