terça-feira, 30 de março de 2010

Conto 6 - Parte 4

Acordei no outro dia e a primeira coisa que fiz foi olhar o bilhete. E lá estava escrito assim:

Espero, como você acha que está sozinho aqui, por que se você vem até aqui você deveria estar comigo, agora o problema disto tudo é que você nunca está aqui quando eu acordo e eu gostaria de saber o motivo.

Achei aquilo muito estranho por que eu não sai dali por momento algum, eu estava dormindo e quando acordei o bilhete estava ali sobre a mesa, o que eu deveria fazer? Resolvi que o melhor a ser feito era ficar ali acordado esperando ele aparecer e falar diretamente com ele, passei o dia todo ali, não comi, não bebi, mal sai para ir fazer minhas necessidades tudo na espera daquele que iria vir ali e ele não aparecei, resolvi que o melhor a fazer era escrever, assim coloquei:

Esperei por você por muito tempo e você não apareceu, resolvi que o melhor a fazer era dormir, eu tinha passado o dia todo dormindo ali e você não me viu, e isso eu não sei como, agora eu gostaria de saber o por que de estar vindo até aqui me perturbar.

Não agüentando de sono deitei-me para dormir. No outro dia estava escrito no bilhete:

Não sei quem é você e no fundo não me importa não tenho tempo para perder com você tenho coisas a fazer, mas tenho uma teoria estranha que talvez seja o correto para o nosso problema, mas se este for o problema eu precisarei de sua ajuda para resolver por que teremos que seguir juntos para solucionar o problema que minha vida se tornou. Olhe seu braço.

Fiquei um pouco assustado, o que ele poderia ter feito no meu braço enquanto eu dormia, ou o que era tudo aquilo que ele estava falando, tudo era muito estranho e com um pouco de receio eu olhei para meu braço e nele estava escrito. Idiota. No mesmo momento eu sai daquele lugar deixando um recado para ele escrevendo:

Seu imbecil, para de brincar com os outros, quem você pensa que é para colocar algo em meu braço e desaparecer, você é o idiota e covarde, agora eu estarei tão longe que nunca me encontrará seu maldito.

Sai dali não tinha mais o porque de eu continuar com aquela palhaçada, sai dali e fui para um lugar que ele não me encontraria, tinha passado o dia nessa confusão quando acordei e na parede estava um recado que dizia:

Seu imbecil, eu sempre soube que existia um covarde perto de mim, mas eu nunca achei que estava tão perto assim, eu não escrevi nada em seu braço eu escrevi no meu antes de ir dormir.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Conto 6 - Parte 3

Estava no meio de uma festa achei que eu ainda estava no mesmo lugar, mais eu estava completamente enganado. Quando comecei a andar por aquele lugar, só que estranhamente eu nunca havia visto nada daquilo, quando comecei a olhar para todos os lados e não via nada conhecido, saindo da taberna que estaca comecei a andar pela cidade era uma pequena vila, foi o que pensei de primeira, mas quando me virei para trás lá estava um grande paredão, eu estava dentro das paredes de um castelo, mas que castelo era aquele? Onde eu estava? Tudo era muito confuso e eu não sabia o que realmente eu deveria fazer. Aproximei de um velho e perguntei:

- Desculpe mais o senhor poder-me-ia dizer onde estou?

Ele olhou para minha cara como se dissesse essa juventude está perdida e me respondeu:

- Você está no Reino de Ongi.

Tudo o que eu menos desejava naquele momento era estar naquele lugar, não queria de forma alguma estar naquele reino eu poderia ser morto a qualquer momento e eu nem saberia por quem ou por que, mas ao mesmo tempo pensei eu ali não era ninguém, era só um desconhecido, poderia me disfarçar por um tempo e tentar viver aqui mesmo, já que pela segunda vez eu havia tentado me afastar dali e de algum modo estranho eu acabava voltando para ali.

Fui até um grupo de mercenários e comerciantes e comecei a assuntar para ver se conseguia alguma coisa, e logo de cara eles me ofereceram um emprego de carregador e logo e descobrir por que me aceitaram tão facilmente, além de ser muito trabalho eles precisavam de alguém que o fizesse naquela noite por que iriam partir para outro reino, era a oportunidade perfeita, mesmo que eu tivesse acabado de pensar que ficar ali por algum tempo poderia ser algo bom a chance de sair dali me agradava muito e de qualquer forma eu acabaria voltando com eles.

Parti depois de muito trabalho, eu estava muito cansado e talvez fossemos levar alguns dias para chegarmos no destino que esperávamos, resolvi que o melhor era dormir um pouco e deixar o tempo passar. Quando novamente aconteceu, aquilo estava começando a me incomodar, eu na só estava de volta a Ongi como eu estava com aquelas duas espadas novamente, eu nem mesmo lutava com duas espadas, meu estilo defensivo usava apenas uma espada frente ao meu corpo não era necessário uma segunda arma, o que aquilo queria dizer, comecei a me vestir para partir novamente, desta vez eu iria para tão longe que nada seria capaz de me encontrar quando encontrei um bilhete em minhas coisas. Nele estava escrito:

Estou no Reino de Ongi e não quero sair daqui, obedeça-me corpo.

Era como se alguém estivesse escrevendo aquelas coisas para si mesma, mas tinha um problema nesta situação, eu era a pessoa dona daquelas coisas, e somente eu estava naquele lugar não tinha mais ninguém, era uma cabana velha a alguns metros do castelo.

Parei por alguns minutos para pensar o que fazer, o que era melhor para fazer, qual era a melhor atitude a tomar e o que poderia estar acontecendo de estranho comigo, o que eu poderia ter feito, o que poderia estar acontecendo, tudo podia ser ligado somente a minha pessoas, eram muitas respostas para minha cabeça, não sabia o que fazer quando tive uma idéia que poderia dar certo, resolvi escrever uma resposta no bilhete dizendo:

Estou sozinho nesta casa dormindo, então quem é você?

sexta-feira, 19 de março de 2010

Conto 6 - Parte 2

Acordei e não estava na estalagem que havia me deitado para dormir. Olhei e tinha voltado para minha casa estava coberto de sangue e com duas espadas do meu lado, como tinha chego em Emda eu não sabia, mais eu tinha que saber como sair dali, alguns problemas poderiam ser gerados se alguém me encontrasse, até mesmo por que eu não sabia quem me procurava, quando sai de casa alguns moradores da vila estava vigiando a casa como se soubessem o que tinha acontecido, eles estavam esperando alguém voltar com vida, eles se aproximaram e me ajudaram, me levaram para casa do ancião da vila onde eu ficaria, ele me disse que poderia ficar ali como se fosse seu neto.

Resolvi que o melhor era ficar ali por algum tempo já que eu não tinha mesmo para onde ir, mas por algum motivo estranho não pude ficar muito tempo naquele lugar, o velho começou a me olhar estranhamente por alguns dias, como se não me conhecesse mais, no outro ele apareceu com alguns machucados e um homem estava na casa quando ele se aproximou de mim e disse:

- Agora que eu já lhe disse tudo o que gostaria de saber você pode partir, não queremos mais você aqui na nossa vila.

Não entendia o que estava acontecendo, nem o que poderia fazer agora, minha vida estava limitada aquela vila, todo o meu mundo estava situado naquela vila e eu não podia mais ficar ali por motivos que nem mesmo eu sabia, agora o que eu deveria fazer? Não tinha tempo para pensar no que fazer tinha que decidir, resolvi partir para o mais longe dali, para um lugar que ninguém me conhecesse e o melhor lugar que eu poderia ir era a vila de Miesak, um lugar distante, um povo obediente a outro reino e principalmente um lugar que ninguém me conhecia. Parti sem saber o que era o melhor para minha vida.

Andei por alguns dias sem parar, a vila não era tão próxima como eu imaginava, o estranho que com meu pai parecia que a viagem tinha sido curta, agora eu fazendo-a sozinha ela era mais longa do que eu imaginava e lembrava, mas da ultima vez meu pai havia me carregado por um tempo e na outra parte do tempo eu não me lembro de ter andado e nem de ter sido carregado, só me lembro que havia chego.

Estava sem dormir por que não queria parar em qualquer lugar mais estava ficando cada vez mais exausto e sem capacidade de continuar, mais antes de fazer qualquer coisa que precisava encontrar um lugar seguro, quando eu vi que uma caravana estava se aproximando, eles reduziram a velocidade ao me verem, quando levantei os braços e fiz sinal e eles pararam ao se aproximarem estavam indo para o Reino de Niah, era no mesmo caminho de Miesak e eu não tinha mais forças para caminhar acabei aceitando a viagem, mais mesmo assim percebi que poderia dormir, tinha que manter sempre alerta já que não os conhecia.

O cansaço estava me consumindo e eu não tinha mais o que fazer eu precisava chegar em um lugar que pelo menos eu julgasse seguro para poder dormir, e depois decidir o que deveria fazer de minha vida, viajei com eles por mais algum tempo quando chegamos a Miesak, agradeci a viagem e arrumei um lugar para ficar.

Entrei em uma taverna que tinha um ar menos agressivo, com algumas gueixas fazendo seus shows e aparentemente alguns homens ricos provavelmente do reinado que estavam ali para poder se divertir sem serem reconhecidos ou no mínimo percebidos, arrumei um quarto para me deitar, não desejava nenhum tipo de trabalho extra além do lugar para dormir, tomei um banho quase desmaiando e ainda quase que molhado fui me deitar, quando acordei estava em um lugar completamente diferente e não só isso com algumas mulheres.

sábado, 13 de março de 2010

Conto 6 - Parte 1

Eu não era uma criança solitária até os meus doze anos, tudo bem que nessa idade eu já não podia mais ser chamado de criança, já que com aquela idade eu já fazia alguns trabalhos e uma vez ou outra treinava com meu pai um pouco de artes marciais e artes com a espada. Só esqueci de me apresentar.

Sou Riki Daisuke, Filho de Ayako e Naomi, cresci na vila de Emda, meu pai era um samurai do Reino de Ongi meu pai nunca contou o porque de ter abandonado o Reino, por mais que eu sempre lhe pedisse para que me dissesse o motivo ele sempre desviava o assunto, ainda mais por que ele era um grande samurai, eu sabia pouca coisa de seu passado, mais o que eu havia descoberto com os anos na vila era que ele havia chego com minha mãe a vila com algum dinheiro compram construíram uma casa um pouco afastada da vila e ali construíram uma pequena plantação onde cultivavam parte do que precisavam e a outra parte trocavam na vila com os outros agricultores, descobri só alguns anos depois que meu pai era um samurai, o motivo de eu ter descoberto isso foi por que ele resolveu me treinar, eu não era muito de treinos, mas acabava fazendo para ficar junto a meu pai. Só que por fim descobri a historia de meu pai do pior jeito, em seu leito de morte.

Eu escutei uns grito quando corri para a cozinha e um samurai estava ali com uma espada cravada no peito de minha mãe em desespero eu parti para cima dele, mais só me lembro de meu pai me levando para fora com algumas marcas de sangue enquanto fugíamos para a vila de Miesak que era o lugar mais longe que meu pai conseguia me levar, lá ele me contou o que havia acontecido.

Ele era um samurai renomado um guerreiro do reino muito cotado para se tornar o novo líder da tropa, mas isso gerou um problema para ele, pois o seu superior estava começando a se sentir ameaçado por suas realizações e passou a sentir uma grande inveja, já que meu pai estava apaixonado por minha mãe, que nunca ligou para ele, com muita raiva o tal superior não se conformando com a possível perda de cargo para meu pai e a certeza de ter perdido minha mãe adiantou seus passo e foi a família de minha mãe que era uma família nobre do Reino e pediu para que lhe concedessem a mão de minha mãe, e por seu cargo militar e intatos no Reino logo ele foi aceito pela família, mas nunca por minha mãe que ao contar tudo para meu pai resolveram fugir, acabaram se escondendo na Vila de Emda que não era muito longe do Reino mais também não era muito observado por eles também, mas eles sabiam que um dia seriam achados, só que os anos passaram e ninguém foi procurá-los, fazendo com que esquecessem de seu passado seguindo tranquilamente com sua vida. Só que naquele dia eles os encontraram e o maldito não veio só para encontrá-los veio para se vingar e ele tinha concluído sua vingança, matando os dois.

Meu pai não agüentou muito depois de terminar de contar a historia dos dois, mais antes de terminar de contar tudo ele me disse mais uma coisa que eu não consegui entender muito ele me disse: “Filho algumas coisas estranhas aconteciam e eu sempre estive lá para te ajudar, agora você estará sozinho e não poderei mais te auxiliar, mais nunca se esqueça que você é o melhor samurai que eu conheço, melhor até mesmo do que eu.”

Não consegui entender aquelas palavras, até mesmo por que eu não era muito bom com a espada e a melhor técnica que eu havia conseguido aprender de meu pai era a de defesa, talvez ele estivesse me mostrando que eu conseguiria me defender de qualquer coisa com o que eu havia aprendido,ou talvez com isso eu conseguisse estar em algum lugar que conseguisse sobreviver agora que eu estava sozinho, não sabia qual rumo tomar, mas uma coisa eu sabia não podia voltar de jeito algum para Emda. Arrumei uma estalagem para dormir um pouco e pensar no que fazer agora que não tinha mais ninguém neste mundo.

sábado, 6 de março de 2010

Conto 5 - Parte Final

Depois de terminar o show para o “Dono da Favela” retirei a roupa de palhaço e sai despercebido pela favela a baixo e fui para o circo me encontrar com o “Dono do Circo”, até por que eles estavam de partida da cidade do Rio de Janeiro, aquele lugar estava se tornando um empecilho para o meu desenvolvimento artístico.

Achava que a vida no circo seria boa e perfeita, mas eu não imaginava que eles praticavam atos tão indecorosos com os animais, até onde minha ignorância permitia eu acreditava que no palco deveria estar aqueles que gostavam, só que está realidade era toda diferente da linda ilusão que eu havia construído para ver a bela imagem do circo, estando ali pude desmembrar a bela imagem que havia criado, ficavam todos em condições terríveis, para fazer os shows, tudo era através de castigos e sofrimento e se tinha uma coisa que eu não aceitava era alguém maltratar um pobre animal, isto era o maior absurdo que poderia existir e aquela altura eu já havia abandonado minha carreira no Rio de Janeiro e não tinha mais como voltar por que não existia mais empregador. E a minha casa talvez não fosse mais minha.

A única solução que eu tinha era utilizar o dinheiro que possuía guardado, mas antes de tomar qualquer atitude eu tinha que perguntar para o “Dono do Circo” o porquê dele fazer aquilo? Era muito estranho e eu não entendia maltrato aos animais, cheguei até ele e disse:

- Diga-me o que passa em sua cabeça em fazer isto aos animais? Não consegue ver que eles não conseguem pensar e que como seres mais evoluídos devemos respeitá-los.

Ele me olhou com uma cara de estranhamento e eu sem entender continuei a falar:

- Diga-me, eu gostaria de entender.

Ele continuou a me ignorar e eu ali parado puxei uma faca que estava carregando comigo e enfiei em seu peito, ninguém pode maltratar os animais, sai do trailer dele, juntei minhas coisas e sai, como estávamos na cidade de Aparecida do Norte no interior de São Paulo, fui até a cidade de Pindamonhangaba onde comprei um sitio, construi uma pequena tenda para fazer meus shows e para ganhar mais dinheiro construi em volta uma plantação de gira-sol, comprei uma Kombi e com ela iria sair tanto para São Paulo quanto para o Rio de Janeiro para buscar pessoas para assistirem meu show, assim eu realmente poderia ser feliz, agora que eu era o “Dono do Show”.