terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Conto 4 - Parte 1

O meu dia estava comum como todos os outros, acordei fui trabalhar e estava voltando para casa quando as coisas estranhas começaram a acontecer, um carro em alta velocidade me atropelou, só para deixar mais claro, meu nome é Pietro, sou um vendedor de carros comum, e por ironia do destino sou um homem preocupado com a vida do planeta, assim não utilizo veículos automotivos, tenho uma bicicleta para ir para todos os lugares que desejo ir, antes de acabar com esse emprego que estou eu era corredor profissional, eu sofri um acidente e passei algum tempo de cama, não conseguia andar direito e quando voltei a andar normal não tinha mais patrocínio, quando um amigo me ofereceu esse emprego, eu sem dinheiro algum aceitei, essa é a minha historia até o acidente, estava voltando para casa do serviço quando este carro me atropelou, jogando-me longe, no momento tudo o que tinha de mais importante em minha vida passou pelo minha cabeça, achei que ia morrer e é ai que a historia começa, bati a cabeça, quebrei a costela, que perfurou meu pulmão, uma perfurou de um modo que chegou ao meu coração, minha coluna sofreu alguns danos, mais não foram danos graves o suficiente para interferir em meu andar, minhas pernas acabaram quebradas e meus braços também, passei ao todo um ano no hospital, passei por algumas cirurgias entre outras coisas, os medico não entendiam como eu não morri naquele momento, nunca haviam visto um caso igual ao meu antes, e muito mesmo feito uma quantidade tão grande de cirurgias em uma mesma pessoa, cirurgias que não fossem plásticas, eu era um caso extraordinário na época em que fui tratado, tinha vinte e seis anos. E acabei me apaixonando por uma enfermeira e nos casamos.

Minha vida era regada a acidentes e eu nunca havia pensado que teria tantos problemas, pois havia perdido meu emprego novamente, agora tinha que arrumar outra coisa para fazer, mas uma sorte eu consegui de ficar algum tempo no hospital, eu tinha conhecido algumas pessoas ali, isso me deu alguma vantagem e por verem a minha situação, enquanto eu estava preocupado com o que estava acontecendo eu acabei conseguindo um bico, eu comecei a trabalhar ali como ajudante para ver se eu conseguia aprender o que fazer, se conseguisse continuaria no trabalho, fiquei ajudando na farmácia por um tempo, entregando remédio para as pessoa que vinham com receitas e alguns médicos que faziam as receitas na minha frente.

Quando me disseram que meu caso era o caso mais estranho que existia isso foi por que eles não sabiam o que estava por vir, eu sempre tinha problemas com algumas das feridas que havia ganho, mas o que começou a acontecer era muito mais complicado do que aquilo que eu tinha em meu corpo, alguns casos de velhos que estavam para morrer por causa de câncer e outras doenças que tomavam injeção letal e não estavam morrendo, as pessoas que estavam viciadas com parada cardíaca e não podiam passar por um desfibrilador por que estavam conscientes como se seu corpo ainda não estivesse em estado de morte, ele estava morrendo, mais não morto, era muito estranho, todos os casos que começaram a chegar depois do meu era mais estranho do que o meu, até ali o meu caso parecia super normal.

Um dos casos mais estranhos que aconteceu daqueles que eu vivenciei ali foi o caso do cara que perdeu a cabeça e sua cabeça ainda estava viva, ele não parou de pensar, tentaram ligar o corpo a cabeça, costuraram tudo mais não funcionou só que a cabeça continuava viva, ele acabou saindo do hospital como um tetraplégico, mais ele estava vivo, como uma pessoa que está fazendo manutenção nas peças do avião deixa escapar uma peça de metal fina e afiada que o decepa e ele consegue continuar vivo? Isto estava completamente fora do normal, o mundo estava ficando louco, quando eu percebi era meu aniversario e eu estava completando setenta anos. Meu filho Raul tinha completado vinte anos e eu estava com uma vida melhor, já estava me aposentando quando descobri que estava com câncer de intestino, não sei como eram os outros tipos de câncer, mais ao meu ver aquele era o pior de todos, não estava mais agüentando a situação, mais continuava vivo, resolvi que o melhor a fazer era retirar o câncer e junto com ele parte do meu intestino, o sofrimento era insuportável, passei algum tempo com parte do intestino, muitas situações inumanas estavam acontecendo, mais aquilo era ridículo, não importava o que eu fizesse eu não morria, não conseguia entender o que estava acontecendo, então resolvi que o melhor a ser feito era dormir o maximo que eu conseguisse, pedi para meu filho que ele que me desse uma dose cavalar de calmante, isso me ajudou um pouco por um tempo, pois acabei entrando em como por uns trinta anos, estava quase com cem anos e vivo, não vi o que aconteceu com meu corpo, mais ele estava cadavérico, como se estivesse em decomposição, mais ainda vivo. Meu filho estava com cinqüenta anos e nunca teve filhos com medo que o mesmo acontecesse com ele.

Ele falou que o tempo em que eu passei dormindo o mundo se tornou um lugar pior do que já estava, eu em minha situação, estava até bem pelas aparências por que no mundo as coisas estavam muito pior, meu filho começou a contar que havia se tornado medico, e em seu trabalho as coisas não iam nada bem.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Conto 3 - Parte Final

Acordei quase no horário do almoço, coisa que eu não fazia há muito tempo e já sai, fui almoçar em um restaurante antes de ir tomar o avião. A viagem de avião foi tranqüila, até mesmo por que foi rápida, além do fato de ainda faltar algum tempo para o natal, ao chegar meu irmão já estava a minha espera com Julia sua esposa e Daniel seu filho que ao me ver veio correndo me abraçar, sempre nos falávamos no telefone e em seus aniversários eu lhe mandava presentes, ele nem percebeu a caixa de seu presente que trazia comigo e ele logo me disse:

- Titio eu estava te esperando para montar a arvore de natal.

Meu irmão sorriu para mim e disse antes de me dar um forte abraço:

- Ele não deixou ninguém montar a arvore esperando por você.

No mesmo momento pensei:

- “Por que ele me esperou? Eu não gosto disso.”

Mas com aquela felicidade toda não podia negar, depois de cumprimentar todos fomos para casa de meu irmão e no caminho ele disse que teríamos algumas visitas para a ceia de natal, mas que eu os conheceria durante a semana. Tinha que focar que estava ali para visitá-los e o resto não importava. Ao chegar na casa Daniel parecia estar ligado na tomada, queria por todos os meios que o ajudasse, mais Paulo lhe disse:

- Deixe seu tio descansar e amanha se ele desejar ele te ajuda.

Ali ele se acalmou um pouco, passamos uma noite agradável conversando e tomando vinho e Daniel passou toda a noite conosco. No outro dia ao acordar ele já estava me esperando.

Não tinha como escapar daquela situação, assim depois que tomei meu café da manha fui ajudá-lo com a arvore, varias caixas com bolinhas, luzes entre outros enfeites que ele tinha. Começamos a arrumar aos poucos até mesmo por que eu não estava muito com vontade de fazer aquilo, até mesmo por que meu irmão havia comprado um grande arvore para aquele ano e teríamos que colocar muito enfeites. Fui ajudando ele aos poucos, mais não estava com muita vontade então lhe disse:

- Daniel, vamos fazer o seguinte, você enfeita em baixo e quando você estiver terminado eu começo a colocar os de cima, para um não atrapalhar o outro.

Ele não entendeu muito aquilo que eu estava pretendendo, mais acabou deixando que isso acontecesse, sentei-me no sofá e fiquei olhando ele colocar bolinha por bolinha, e algo no que ele estava fazendo-me fez ficar encantado, não estava entendendo, mais ele estava com um brilho no olhar, uma felicidade em estar fazendo aquilo que não pude deixar de achar muito lindo a inocência dele, fiquei tão encantado que nem pude perceber que ele havia terminado a sua parte, só percebi quando ele se aproximou e disse:

- Tio é a sua vez agora.

Sorri e fui fazer o que havia prometido para ele, conforme eu arrumava a parte superior da arvore os olhos de Daniel brilhavam como jóias, a felicidade dele me encantava e eu tentava ainda mais deixar a arvores mais e mais bonita, em cada detalhe eu tentava deixá-la mais perfeita, e ele parecia estar hipnotizado pela árvore, eu não conseguia entender aquilo, mais me encantava ver aquilo. Depois de colocar todos os enfeites ele veio com a estrela e me disse:

- Tio me levanta para colocar a estrela no topo da arvore?

Ai peguei no colo ele colocou a estrela e começamos a colocar as lâmpadas, fomos dando a volta na arvore e com a lâmpada íamos brincando como se estivéssemos fazendo um desenho na arvore, e depois a ligamos, ele saiu correndo e foi chamar seus pais para ver a arvore, por que ele tinha proibido qualquer um de entrar na sala enquanto arrumássemos a arvore, quando meu irmão e sua mulher entraram na sala ficaram vidrados na arvore, ai fui até eles e quando me virei e vi a arvore entendi por que eles estavam paralisados, aquela árvore estava muito linda, não imaginei que pudéssemos deixá-la tão linda e Daniel pulava de tanta alegria.

Meu irmão então disse:

- Daniel agora que você terminou vamos ver o papai Noel?

Não acreditava que ele pretendia fazer aquilo, a arvore era aceitável, agora ter que ver aqueles velhos pedófilos não era muito o que eu queria. Mas quem entrou na chuva é para se molhar e íamos sair para almoçar e fazer o passeio. Por um instante parei de pensar ema mim e comecei a olhar para Daniel, novamente fiquei comovido com sua felicidade ela era muito abrangente que estava me cercando, tirando tudo aquilo que eu estava pensando sobre a pessoa que estava ali representando o papai Noel e parei de pensar na criança que iria lá com seus sonhos e olhando para Daniel comecei a esquecer todas aquelas coisas que vinha pensando antes de chegar ali, agora olhando para ele comecei a ver outras coisas.

Uma coisa que eu não esperava acontecer naquela viagem aconteceu e eu se soubesse que tudo aquilo iria acontecer eu não teria demorado tantos anos para me viajar tão pouco e olhar a vida pelo olhar daquela criança linda, perceber que a beleza do natal não estava nas pessoas na rua, mais estava no sonho que ele trás, em acreditarmos que existe uma esperança que nasce, que temos a união das pessoas que se amam, nessas datas temos a desculpa para parar tudo o que estamos fazendo e apenas ficar juntos, conversando, tomando vinho, sorrindo, se alegrando, passamos por tantas coisas no dia-a-dia dentro da sociedade que precisamos de uns dias para nós darmos um descanso e assim podemos fazer o que deveríamos fazer sempre, ser felizes.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Conto 3 - Parte 1

Tudo começou quando meu irmão Paulo me ligou para ir passar o natal em sua casa, minha reação imediata foi negar o convite, pois eu não era muito chegado às festividades e estas coisas de natal, ainda mais por que a muito tempo eu não via meu irmão por conta do meu trabalho que tomava todo o meu tempo e da distancia, já que ele por causa de uma oferta de emprego havia saído do Estado, além do fato de eu ter muitas coisas para fazer no trabalho. Só que uma angustia havia ficado em meu ser, pois ele havia insistido tanto para que fosse. Estava pensando nele quando meu chefe chegou e disse:

- Pedro será que o ultimo dia de experiente este ano resolvi que vamos todos aproveitar as festividades, voltaremos ao trabalho apenas em janeiro agora, comunique os funcionários.

Sorriu e saiu porta a fora cantarolando, nunca o vi feliz daquele jeito, quando fui pegar o telefone para mandar um subordinado comunicar a todos a decisão de nosso chefe o telefone tocou, era o Paulo, parecia que ele havia escutado meu chefe falando que não trabalhamos, então ele disse:

- Pedro venha nós visitar, não só pelo natal mais para aproveitar esta data para matarmos a saudade, a ultima vez que viu seu sobrinho pessoalmente ele ainda ficava no colo, deixe tudo ai por um tempo e venha até aqui.

Com toda aquela vontade não podia negar o pedido do meu irmão, mesmo porque não tina mais o que fazer então disse:

- Tudo bem Paulo eu vou.

A felicidade transbordou em seu ser que pude sentir pelo telefone o quanto ele realmente queria me ver, disse a ele que iria terminar o experiente e que se conseguisse vôo amanha iria para sua casa assim teríamos mais tempo junto, e eu poderia me acostumar com a idéia de que era natal ou então fingir que não era.

Terminei o experiente e resolvi sair para comprar alguns presentes, foi quando comecei a me arrepender de ter dito sim ao meu irmão, pois comecei a lembrar de nosso passado, quando tínhamos seis anos e nossa mãe nos disse que não existia papai Noel e que não teríamos presentes de natal por que ela não poderia comprar e os presentes que ganharíamos seriam apenas aqueles dados por nossos parentes, se ganhássemos, e falando em parentes, íamos para a ceia de natal na casa de minha avó onde meus tios não gostavam um dos outros, mas todos os anos se reunião por se sentirem na obrigação moral de se encontrar por serem família, ai comiam, desejavam bom natal um para o outro por obrigação e iam para suas casas. Lembrando disso pensei:

-“Será que não estou fazendo o mesmo?”.

Não, não era isto, eu e meu irmão éramos ligados de mais, nós afastamos por conseqüências da vida, mas sempre fomos companheiros um do outro para todas as situações e por mais que estivéssemos fisicamente longe estávamos sempre em contato.

Ainda ia comprar os presentes, estava andando e comecei a olhar as coisas na rua e ver todas aquelas pessoas preocupadas com presentes,com todo aquele consumimos, prestando a atenção apenas nos presentes, esquecendo a importância da data, se ela existe, já que eles são focados na festividade como pensar só no presente e comecei a pensar:

- “Para que todas essas coisas? O natal é só uma data para todos gastarem mais dinheiro, onde os ricos são felizes com todas as coisas e aqueles que não possuem toda a fartura financeira para esbanjá-la ficam olhando, todas aquelas luzes são mais consumo de energia e gasto de energia, tudo envolve gasto, que sentido tem todas estas festas, não só o natal e sim todas as outras, só servem para gasto de dinheiro e nada mais?”.

Voltei para mim, até mesmo por que iria comprar presentes por que a muito não os via e o presente era para simbolizar a minha alegria de revê-los, estava chegando perto de uma loja quando vi um homem na porta vestido de papai Noel e pensei:

-“Outra palhaçada do natal, estes homens com roupa barata que ficam colocando crianças no colo, um bando de pedófilos que aproveitam dos momentos como esse para ficar alisando as crianças sem se preocupar com a policia, isso deveria se proibido”.

Quando parei por um instante o que estava pensando, olhei para o céu e pensei:

-“Minha viagem é para visitar meu irmão e o resto não importa”.

Tive que pensar isto se não eu acabaria não indo para lugar nenhum, até mesmo porque eu odeio essa historia de natal e tudo o que vem acompanhado com ela, comprei os presentes e fui para casa arrumar a mala, minha secretaria já havia me ligado me comunicando do horário do meu vôo, arrumei as malas e me deite para descansar um pouco antes da viagem de amanha.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Caros Leitores

Por conta do natal excepcionalmente está semana e semana passada foram publicados duas partes do Conto 2, o motivo de tal ato se dá por que no dia 24 e 25 será publicado um conto de natal, que possuirá duas partes, a primeira colocada no dia 24 e a segunda no dia 25, este conto será um conto em homenagem ao natal. Mas a partir da semana seguinte voltarei a publicar os contos normalmente, uma parte por semana.

Agradeço a atenção e espero que gostem dos contos postados.

Sr. dos Contos.

Conto 2 - Parte 7 e Parte Final

O xerife foi buscar os dois senhores no aero porto que ficava em uma das cidades vizinhas, já que a pequena cidade em que morava não comportava tal coisa, os dois estavam afobados para conseguir encontrá-lo, pois poderiam ser a ultima esperança deles de encontrar algo de sua filha amada e única. Depois de encontrá-los o xerife os levou direto para a delegacia onde Tomás esperava ansioso a chegada dos dois, ao entrar pela porta a senhora começou a chorar desesperada mente e quando Tomás virou-se para trás o rosto do senhor começou a se umedecer pelas lagrimas.

Preocupado o xerife pediu para que os dois se sentassem e mandou que alguém buscasse água para os dois, mas a reação dos dois senhores foi única, andaram até o Tomás e o abraçaram dizendo:

- Até que em fim o encontramos.

Tomás não sabia como reagir, ele não conhecia nenhum dos dois. Depois de algum tempo abraçados com Tomás por conta do nervoso sentaram-se tomaram um pouco de água e começaram a falar:

- Meu nome é Harley Richard e essa é a minha esposa Donna Richard, somos seus sogros, há seis meses você se casou como nossa filha Valerie Richard e seu nome completo é Tomás Scott, e você é um renomado arquiteto. Não se lembra de nada disso?

Tomás com um olhar triste respondeu:

- Não eu não me lembro de nada.

Donna com muitas lagrimas nos olhos disse:

- Sei que só encontraram você, mas você não sabe onde possa estar nossa filhinha?

Tomás desolado respondeu:

- Eu realmente peço desculpas, mais eu não me recordo de nada.

Os dois mostraram umas fotos de sua filha para tentar fazer Tomás se lembrar dela e do casamento deles, mas ao começar a olhar as fotos uma dor de cabeça muito forte começou a tomar conta de Tomás quando atrás do casal ele pode ver Valerie ainda com aquele vestido vermelho, e ela lhe disse:

- Lembre-se meu amor lembre-se de tudo.

Tomás saiu da delegacia desesperado e começou a correr sem parar como se tivesse indo para algum lugar, mais não sabia para onde ir, só sabia que tinha que correr.

O xerife, o casal Richard e Kate saíram delegacia e só conseguiram avistar Tomás correndo, quando perceberam que o melhor a fazer naquele momento era tentar segui-lo, entraram no carro e foram tentar se aproximar dele que já estava a uma distancia considerável. Ao se aproximarem dele com o carro parecia tentaram falar com ele, mais parecia que ele estava sendo controlado por uma força maior e que não podia ouvir ninguém. Resolveram que o melhor era segui-lo para ver até onde ele os levaria, ele não parava de andar nem por um minuto e não parecia se cansar, até que chegou ao local onde Kate o encontrou, ele se sentou por um segundo na beira da estrada, levantou-se novamente e começou a andar dentro da mata, eles desceram do carro e o seguiram a pé. Ele começou a andar na mata sem que ninguém soubesse para onde ia, passou um bom tempo andando sem parar até que chegou a outro ponto e continuou a andar por mais um tempo e parou novamente, olhou a sua volta e disse:

- O que está acontecendo?

Os quatro que os seguiam falaram:

- Tomás?

Ele olhou e o xerife disse:

- Você está andando há quase uma hora já você se lembra de algo.

Tomás com um olhar distante disse:

- Eu olhei aquelas fotos e não sei uma vontade incontrolável me fez refazer todo o caminho que eu me lembrava, mais ...

Antes de terminar de falar o olho de Tomás mudou novamente e ele em silencio começou a subir o morro até que ele chegou à outra parte da estrada, parou e começou a chorar. Todos ficaram olhando sem falar nada até que ele começou a falar:

- Xerife, por favor, eu preciso de um mapa eu acho que sei o que aconteceu comigo, mais antes eu preciso ir a um lugar.

- Tenho um lá no carro fiquem aqui que vou buscá-lo e há voltarei com o carro.

Algum tempo se passou enquanto o xerife foi até o carro buscar o mapa, enquanto isso Tomás não falou nada, os Richard e Kate não sabiam o que fazer naquela situação mais sabia que o melhor a fazer era esperar. Estavam pensando em falar com Tomás quando o xerife chegou. Tomás pegou o mapa e disse:

- Preciso chegar neste local, mais acredito que é melhor chamar reforços.

Sem questionar confiando em Tomás o xerife chamou os reforços e eles seguiram até o local que Tomás havia indicado no mapa, chegando lá ele desceu do carro e disse:

- Gostaria de pedir que só o xerife viesse comigo.

Todos não concordando muito e estranhando um pouco a atitude de Tomás resolveram que era melhor seguir o que ele estava falando e esperar os reforços que ele havia pedido. O xerife e Tomás começaram a descer ladeira a baixo na estrada quando os dois avistaram um carro e por um instante Tomás perdeu seus sentidos e o xerife o seguro, já que estavam em uma descida ele desmaiar poderia causar estragos ainda maior. O xerife o deitou e ele recobrou a consciência Tomás dizendo:

- Aquele era meu carro.

Deixando Tomás deitado o xerife se aproximou do carro e lá estava o corpo de Valerie quase que intacto como se nada tivesse acontecido com ela, com seus lindos cabelos dourados e seu vestido vermelho, mais ao colocar sua mão em seu pulso sentiu o frio da morte que já havia tomado conta daquele corpo há muito tempo. Quase tudo estava solucionado, agora era só esperar Tomás se recompor para que pudesse esclarecer o que tinha acontecido ali e como ele tinha ido parar em um lugar tão distante daqueles, mais antes disto a prioridade era retirar aquele corpo dali e contar aos pais da moça o que havia acontecido com sua filha única.

Parte Final

Todos voltaram para delegacia enquanto a policia fazia todo o seu trabalho de retirar o corpo e levá-lo a um local adequado. E depois de algum tempo para que Tomás pudesse se recompor ele começou a contar tudo aquilo que havia se lembrado, começou dizendo:

- Estávamos no meio da madrugada e estava chovendo muito forte e o caminho não estava muito visível mais estávamos quase chegando a um hotel na estrada que havíamos programado passar alguns dias, quando um caminhão desgovernado apareceu na nossa frente ele ia bater de frente com o carro e não tínhamos para onde ir de um lado era o barranco que se o caminhão nos espremesse ali seria inevitável a morte, e do outro a ribanceira que talvez pudéssemos ter alguma chance de sobreviver, mais por conta da chuva quando Valerie que estava no volante tentou desviar o carro rodou e batemos no caminhão que nos jogos ribanceira a baixo, ela estava muito machucada mais ainda viva, eu não podia tirar ela dali já que poderia haver o risco dela se prejudicar ainda mais, estava desesperado sem ter muitas idéias sobre o que fazer mais Valerie com toda a calma do mundo que possuía me disse: - Meu amor vá buscar ajuda que eu ficarei aqui esperando que você venha me resgatar. Não podia fazer aquilo como eu deixaria ela sozinha ali, não sabia o que fazer, mais ficar ali vendo ela morrer eu também não podia deixar acontecer, assim eu sai por em busca de ajuda, mais quando eu estava na estrada a caminho do hotel um carro com três jovens apareceu, achei que eles podiam me ajudar, ou pelo menos me levar até o hotel, dei sinal para que parassem mais me ignoraram, pior no meio de toda aquela chuva ainda jogaram água em minha passando em uma poça de água, quando após me passarem pararam, achei que talvez não tivessem me visto e quando viram pararam para prestar socorro, mais não foi o que aconteceu eles deram a ré e desceram agressivos e me bateram todos de uma vez me tacando dentro do porta-malas, lá eu gritei muito, para que me ajudassem, pois eu não podia perder tempo já que Valerie poderia morrer a minha espera, andamos por algum tempo e paramos, abriram o porta-malas e estávamos em um caixa eletrônico, tentei falar com eles, mais a única coisa que recebi foi uma coronhada na cabeça, um deles estava armado para assegurar que eu não faria nada retirei o limite que tinha naquele momento, e disse: - Por favor me deixe ir. Só recebi mais pancadas e uma coronhada na cabeça que me machucou, estava com algum sangue na cabeça mais para eles não importavam iam retirar todo o dinheiro que pudessem de mim, passei algum tempo com eles, não sei quanto, pois não via dia e noite de dentro do porta-malas, achei que tinha se passado pouco tempo e de dentro do porta-malas eu comecei a tentar abri-lo, já que era um carro velho não fui muito difícil, eu ainda tinha que salvar minha amada, mais eu estava muito machucado, estávamos andando quando consegui abrir o porta-malas, tinha que ser discreto, levantei a tampa bem calmamente eles corriam de mais e não estava conseguindo um momento para que conseguisse sair daquela situação, quando algo na estrada fez eles diminuírem e foi o momento que tive para fugir comecei a correr desesperadamente e por alguns segundo não me viram, mais quando me viram vieram com o carro atrás de mim e o bateram contra o meu corpo, depois do forte impacto que sofri por causa da batida no carro deles só me lembro de alguns chutes e depois de acordar na mata e o resto da historia todos já sabem.

Após terminar a historia Tomás viu Valerie sorrindo na porta da delegacia, ela lhe deu um tchau com sinal de mão e saiu.

Todos ficaram horrorizados com toda historia que estava sendo contada por Tomás e o xerife no mesmo momento ligou para um amigo e lhe pediu para que mandasse um bom desenhista para que fizessem um retrato falado destes três garotos, pois eles negaram socorro e essa atitude custou à vida de Valerie sem contar o que fizeram com Tomás. Os Richards, abraçaram Tomás e lhe disseram que ele deveria voltar para casa com eles. O xerife pediu apenas que ele fizesse este retrato falado e depois o dispensaria.

Tomás passou os dois dias no qual esperava junto a Kate, despedindo-se dela, já que agora que lembrava-se de quem era iria voltar para sua vida, até mesmo por que ele não poderia abandonar seu trabalho e suas conquistas em Nova York.

De volta a Nova York os Richards convidaram Tomás para passar algum tempo com ele em sua casa, já que estar de volta a casa poderia ser muito duro para ele depois de tudo o que aconteceu, mas ele se recusou queria voltar para sua casa, mas ao chegar em casa, nada era como antes, olhou os moveis, olhou as paredes, olhou a vista e percebeu que tudo aquilo não era mais deles, que aquilo que ele tinha construído havia desmoronado, que tudo aquilo pelo qual eu tinha construído junto aquilo com a mulher que amava não tinha mais sentido algum era só um local vazio, juntou todos os seus pertences íntimos que existiam ali, e saiu para um hotel para aquela casa não voltaria mais.

Acabou comprando outro apartamento e vendendo aquele que era deles, mais ainda sim sua vida não tinha mais sentido algum, quando começou a se lembrar do tempo que estava na fazenda, como tinha sido agradável ficar ali, trabalhar no campo como se a vida fosse realmente tão simples, olhou de sua janela e viu a cidade movimentada, os carros os prédios e lembrou-se do sossego daquela cidadezinha em que passou um tempo e lembrou-se de Kate.

Enquanto isso Kate na fazenda não parava de pensar em Tomás, já que agora ao acordar não tinha companhia para o café da manha, não tinha ninguém para conversar durante a noite, claro que ela ainda tinha Eliot mais não era a mesma coisa a companhia de Tomás era diferente tinha algo mais na presença dele naquela casa, ela olhava aquela casa e ficava pensando no que ele poderia estar fazendo na cidade grande.

Quase dois anos se passaram desde que Kate teve alguma noticia sobre como estava de Tomás, até que um dia de manha ela escutou uma voz que parecia se a de Tomás chamando, ela foi correndo ver e lá estava ele, sorrindo para ela e disse:

- Tenho uma proposta para fazer.

Ela sorriu e disse:

- Diga.

- Eu vendi tudo o que tinha em Nova York, abandonei meu emprego e estava querendo me tornar um fazendeiro.

Kate sorriu correu na direção de Tomás o abraçou e lhe deu um beijo.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Conto 2 - Parte 6

Seis meses já haviam se passado e as noticias pararam de chegar. Tomás já não tinha mais esperança alguma quando durante uma noite ele acordou assustado e ao olhar em seu quarto estava sentada em uma cadeira em frente a sua cama a dama de cabelos dourados e vestido vermelho, ela se levantou e começou a se aproximar dele, seu corpo começou a se levantar sem que ele o estivesse controlando, ela o abraçou com muita força e em seu ouvido disse:

- Tomás meu amor venha me encontrar para que eu possa descansar em paz, estou te esperando para me libertar deste tormento.

Após estás palavras ela sumiu diante dos olhos de Tomás. Desta vez ele sabia que estava acordado e sabia que aquilo tinha acontecido de verdade, mais continuava o problema o que era aquilo, quem era ela? E o mais importante de tudo, por que ela o chamou de meu amor? Qual era a ligação dela com o passado dele? Havia muitas respostas e ele passou o resto da noite acordado pensando em tudo aquilo, quando amanheceu ele havia adormecido e passou algum tempo descansando da hora que estava habituado a acordar durante o tempo que estava passando ali.

Ao se levantar e sair para tomar seu café e poder trabalhar ele avistou o xerife que conversava com Kate, logo se apressou e foi falar com ele para verificar se era alguma noticia sobre o seu passado, chegando onde eles estavam disse:

- Bom dia! Veio me trazer alguma boa noticia xerife?

O xerife sorriu e disse:

- Depois de tanto tempo procurando sem nada encontrar acredito que desta vez possa ter alguma noticia que vá agradá-lo.

Tomás afobado atropelou o que o xerife ia dizer e disse:

- Diga, o que descobriu, me conte tudo eu preciso saber o que houve.

Kate interrompendo os dois disse:

- Acredito ser melhor entrarmos e sentarmos para que o xerife possa contar o que descobriu.

Os três então foram para cozinha onde Kate serviu café para eles e o xerife começou a falar:

- O caso é o seguinte, tinha entregado o seu caso na mão de alguns amigos, para que se houvesse alguma noticia que se assemelhasse ao seu caso pudessem me informar e assim conseguíssemos dar uma solução a sua historia, mas com o tempo passando eles perceberam que não estava resolvendo muito as coisas e começaram a divulgar para outras pessoas, amigos deles para que assim conseguíssemos de uma vez por todas descobrir o que aconteceu com você, está corrente foi se ampliando até que chegou nas mãos de um conhecido de New York, que comparou o seu caso ao caso de desaparecimento que ele tinha lá.

Tomás interrompendo o xerife disse:

- Então eu sou de Nova York?

O xerife continuou dizendo:

- Calma, deixe continuar, é o seguinte, existe um caso de um casal que havia acabado de se casar, os dois eram arquitetos, haviam se conhecido na empresa e depois de algum tempo de namoro se casaram e tiraram umas férias prolongadas para aproveitar a lua de mel, nessas férias incluía um passei pelo país, pegaram o carro e saíram. O rapaz não tinha família alguma, que é onde bate com a sua historia e a moça ainda tem o pais vivos, o que aconteceu é que a viagem duraria em media uns cinco, seis meses, só que os pais da moça no segundo mês de viagem começaram a achar muito estranho que até então ela não estava dando noticias nenhuma e ela não era uma pessoa de fazer isso, eles começaram a investigar e não levaram a serio por que disseram que era por causa da lua de mel, só que o tempo passou e eles não voltaram, foi quando a policia deu um pouco mais de atenção e começou a procurar e o caso chegou a mão deste amigo que relacionou com o seu caso.

Tomás atravessando novamente o que o xerife estava falando disse:

- Mas agora o que vamos fazer?

O xerife sorriu e disse:

- Meu amigo pediu para que eu enviasse uma fotografia sua para que os pais da moça pudessem ver se era você ou não, ou ele ia pedir uma foto sua que ele não possuía para me enviar, só que quando ele foi falar com os pais da moça eles queriam resolver isto tão desesperadamente que acabaram pegando o primeiro avião e estão vindo para cá encontrá-lo pessoalmente. Já que a única coisa que eles haviam conseguido descobrir era que seu cartão estava sendo usado, mais quando foram seguir as pessoas que estavam utilizando ele descobriram que ela havia comprado de alguém que tinha comprado de alguém e eles acabaram não chegando a lugar algum.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Conto 2 - Parte 5

A delegacia era um local pequeno e não parecia muito agradável e quando Tomás olhou na porta lá estava a Dama de cabelo dourado e vestido vermelho, só que sua existência ali naquela porta durou alguns minutos e ele nada falou para os outros.

Ao entrar na delegacia, o xerife era um senhor bigodudo e com uma barriga que chegava antes dele em qualquer lugar, pela aparência Tomás se sentiu um pouco desanimado e pensou:

- “Este xerife desocupado não tem a mínima cara de quem gosta de muito trabalho e muito mesmo de quem vai se interessar por qualquer casa que pode ser de fora do seu condado, acho que nunca vou descobrir o que houve comigo”.

Quando pensou em retornar e desistir de pedir-lhe ajuda, Kate o pegou pelo braço e o levou até a mesa do xerife dizendo:

- Xerife nós precisamos de sua ajuda, este é meu amigo Tomás.

O xerife olhou desconfiado para Tomás e olhou para Eliot esperando algum tipo de reação que aprovasse aquele ser que se dispunha a sua frente, mas a feição de Eliot só piorou a situação já que mostrava desaprovação perante a atitude de Kate, mas antes que julgasse qualquer tipo de atitude de seus conhecidos perante Tomás, resolveu antes de desaprová-lo ou aprová-lo avaliar a situação e disse:

- Sentem-se e comece a me explicar qual é este problema pelo qual estão passando para que ai eu possa decidir se posso ajudá-los ou não.

Kate tomou a dianteira e disse:

- Eu encontrei o Tomás ontem na estrada todo machucado e sujo, então o levei para casa e o acolhi, agora estamos aqui.

O xerife sorriu levemente com o canto da boca e disse:

- Você não tem jeito Kate, mas Tomás, este é o seu nome certo? Diga-me o que aconteceu a você?

Tomás começou aos poucos a lhe explicar tudo o que lhe havia acontecido, pelo menos tudo aquilo que ele conseguia se lembrar do que havia acontecido, contou que acordará no meio das arvores, contou da estrada, contou que se lembrava de algumas coisas de sua infância e de sua adolescência, mais que não se lembrava de nomes ou datas e quando estava terminando de contar tudo aquilo que conseguia se lembrar Kate o interrompeu dizendo:

- E ontem durante a noite ele acordou gritando que precisava ajudar alguém.

A feição do xerife mudou por alguns segundo como se estivesse percebendo que realmente poderia ter um problema com toda aquela historia, então perguntou:

- Tomás se lembra de alguém, ou alguma situação que o envolveu em algum perigo?

Tomás baixou sua cabeça como se estivesse pensando levou suas mãos até a testa apoiando o cotovelo na mesa e disse:

- Eu tive uma especie de visões durante esses dois dias com uma mulher de cabelos compridos e dourados, vestida com um belo vestido vermelho, só que o que tem além desta mulher eu não consigo me lembrar, não lembro mais nada alem de suas aparições.

O xerife para resolver a situação, percebendo que ao falar da tal mulher Tomás havia ficado um tanto quanto abalado resolveu que o melhor a fazer era pedir para que antes de tudo eles fosse passar por uma consulta no medico da cidade, para ver se em algum exame era possível detectar alguma disfunção que teria causado aquela amnésia então disse:

- Acredito que o melhor a fazer neste momento é vocês irem ao medico para que ele faça alguns exames, conte que está com perda de memória e que possuía alguns machucados que foram cuidados por Kate, depois volte aqui que eu ficarei analisando o que fazer neste tempo.

Os três partiram para o medico, onde passaram um bom tempo enquanto o medico fazia todos os exames e depois voltaram a delegacia, onde ao encontrar com o xerife ele disse:

- Depois de analisar toda a situação percebi que o melhor a fazer em primeira instancia é começar a procurar nas cidades vizinhas por algum tipo de pessoa desaparecida, não só por um homem com as suas características, mas procurar também por um mulher com as características das que você relatou, após tomar está atitude poderei dar andamento no seu caso, uma coisa posso prometer, eu vou procurar até encontrar algo que nós de mais algum tipo de pista para que possamos descobrir algo sobre o seu passado e fiquem tranqüilos que alguma coisa sempre acaba surgindo.

Os três saíram dali e voltaram para fazenda.

O tempo começou a passar e no primeiro mês o xerife aparecia toda semana mostrando que ainda não havia esquecido o caso dele e que continuava procurando, até que já havia pedido para outros xerifes de cidades vizinhas que ficassem atentos para que se alguma coisa acontecesse eles o comunicassem, mas não houve nenhum comunicado, no segundo mês o xerife veio só duas vezes e do terceiro mês em diante ele só apareceu um vez, e Tomás que não tinha nada melhor para fazer começou a ajudar Kate e Eliot na fazenda, já que ela o havia aceito ali a coisa certa a fazer era trabalhar junto com ela para cuidar de sua fazenda.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Conto 2 - Parte 4

Com o dia já quase amanhecendo, pois haviam ido dormir tarde, Kate acorda assustada por conta de alguns gritos amedrontadores que houve, claro que ali qualquer barulho acordaria uma pessoa que está acostumada a dormir naquele silencio total, mais aquele grito tinha sido realmente barulhento e assustador, ela levantou correndo preocupada com Tomás, pois era o único que poderia estar gritando, entrou em seu quarto sem bater por conta da preocupação e ele parecia estar dormindo, encontrava-se deitado em posição fetal e chorando, quando estava se aproximando para ver se estava acordado novamente ele gritou novamente em alto e bom som:
- Me tirem daqui, eu preciso salva-la.
Quando ela se aproximou mais um pouco dele e levemente tocou sua mão na cintura dele. Tomás acordou assustado e em desespero, Kate muito preocupada com o que poderia estar acontecendo disse:
- Acalmasse você estava tendo um pesadelo.
Tomás ofegante não se lembrava do que tinha sonhado, e depois de tomar um copo d’água os dois voltaram a dormir, ou pelo menos a tentar dormir, Kate não lhe perguntou nada naquele momento, só o ajudou a se acalmar para que conseguisse dormir novamente.
Quando Tomás acordou pode escutar a voz de Kate a conversar com alguém:
- Calma Eliot ele não pode fazer mal a ninguém alem dele mesmo.
- Mas Kate como você pode encontrar uma pessoa na rua e levá-la para dentro da sua casa? Eu sei que você é uma boa pessoa, mais por isso que ainda mais eu me preocupo com você, é errado pegar pessoas na rua e trazer para sua casa, você não sabe se ele é uma pessoa perigosa, ele pode fazer qualquer tipo de maldade com você, você é muito inocente neste ponto.
- Eliot se ele fosse alguém que pudesse me fazer qualquer tipo de maldade ele teria que lembrar primeiro que ele é, eu sei que você se preocupa muito comigo, mais eu já sou adulta e nada vai acontecer, ainda mais por conta do Tomás, que é uma pessoa legal até onde o conheci.
- Mas Kate, pense bem você acha que se ele fosse algum tipo de assassino ou coisa parecida ele iria te falar? Mesmo que ele tivesse perdido a memória e fosse algo do tipo e recuperasse a memória não iria falar para você: “Lembrei que eu sou e agora vou te matar”.
- Eu sinto a inocência nele Eliot, não precisa se preocupar comigo assim, agora você precisa é dar uma carona para nós dois por que precisamos falar com o xerife, eu vou lá acordá-lo.
Tomás percebendo que Kate iria se aproximar voltou para cama, já que ao escutar a voz dela se levantou e foi até a porta para ver se conseguia escutar melhor o que estava acontecendo. Sentou-se na cama como se estivesse acabado de acordar.
Quando Kate entrou no quarto Tomás a viu vestindo um lindo vestido vermelho e seu cabelo estava loiro, era como se naquele momento ele tivesse vendo outra pessoa, mais o rosto ainda era daquela mesma moça que o havia ajudado, mais foi por um instante que ele fechou os olhos e ao abri-los novamente lá estava a mesma Kate do dia anterior, naquele momento pensou:
- “Minha mente está me confundindo, mais quem era aquela pessoa de cabelos loiros?”.
Enquanto pensava Kate espantada com a reação que ele havia tido ao vê-la entrar no quarto e ainda preocupada com o episodio da noite passada perguntou:
- Aconteceu alguma coisa?
Tomás colocando a mão em sua cabeça como se estivesse sentindo alguma dor, sorriu e lhe respondeu:
- Não foi nada Kate só a minha cabeça que está me pregando algumas peças.
Kate sorriu e lhe disse:
- Já conversei com o Eliot e ele vai nos levar até a cidade em sua caminhonete, se arrumei que eu estarei te esperando lá na sala.
Depois de falar fechou a porta e saiu, Tomás foi ao banheiro lavou seu rosto, olhou para si por alguns minutos e foi para sala encontrar Kate que estava acompanhada de Eliot. Ela apresentou um ao outro e eles seguiram para delegacia, no caminho Kate tomou coragem e perguntou:
- Tomás ontem antes de você acordar daquele pesadelo você estava dando alguns gritos dizendo: “- Me tirem daqui, eu preciso salva-la.”, você não consegue se lembrar de nada?
Eliot após escutar aquilo olhou com cara de bravo para Kate e em seguida olhou para Tomás pelo retrovisor enquanto ele, respondi:
- Ai Kate, queria eu lembrar-me de alguma coisa, eu só me lembro de ter ido dormir e depois de acordar com os olhos cheios de lagrima e vê-la na minha frente se não me contasse que estava tendo um pesadelo talvez levasse um tempo para entender aquela situação, mas podemos contar isto para o xerife, talvez ajude em alguma coisa.Kate concordou e depois não falaram mais nada até que chegaram à porta da delegacia.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Conto 2 - Parte 3

Depois de um grande silencio Tomás olhou para Kate e começou a falar:
- Lembro-me que meu nome é Tomás e que nasci na ano de 1982, também lembro que meu pai morreu em um acidente de carro quando eu tinha dois anos de idade e passei a morar só com a minha mãe que acabou morrendo de câncer, que foi causado por causa da depressão que ela sofreu por causa da morte do meu pai, isto oito anos depois, acabei tendo que ir morar com minha avó que por causa da idade faleceu quando completei dezoito anos e graças a ela eu fiquei com um lugar para morar e tinha dinheiro o suficiente para bancar os meus estudos, até a morte de minha avó eu consigo me lembrar de tudo mais alem disto é como se não existisse mais nada em minhas lembranças.
- Você consegue se lembrar qual o seu sobrenome?
Tomás parou por alguns minutos tentando puxar de suas lembranças mais não conseguia responder, enquanto ele pensava Kate lhe perguntou:
- E o nome de seus pais? Talvez possamos descobrir alguma coisa pelos nomes somente.
Tomás continuava sem lembrar-me de nada, além daqueles fatos que já havia falado, mais Kate não desistia e fez outra pergunta:
- Você consegue lembrar pelo menos no que você trabalhava? Por que ai poderíamos procurar pelo seu serviço, você deve estar ausente e eles devem estar tentando entrar em contato, já que quando te encontrei você não possuía documento algum, estava só com a roupa do corpo.
Tomás não sabia o que responder, ele realmente não conseguia responder a nenhuma daquelas perguntas que Kate estava fazendo e aquilo que ele havia lembrado não ajudaria em nada para que os dois conseguissem descobrir alguma coisa sobre ele. Kate preocupada falou:
- Amanha assim que Eliot chegar nós pediremos para ele nos levar até a cidade e talvez com a ajuda do xerife consigamos descobrir alguma coisa sobre você.
Tomás respirou profundamente como se não tivesse muita esperança de descobrir o que havia acontecido consigo. Quando uma coisa veio em sua cabeça e imediatamente perguntou:
- Você não tem carro?
- Não, eu não preciso de um.
Respondeu Kate, então Tomás continuou a perguntar:
- Mas então o que fazia na estrada sozinha? Já que eu vim daqueles lados e não tem nada para lá.
Kate hesitou por alguns segundos e respondeu:
- Todo dia 15 do mês eu vou caminhando pela estrada até o local onde meus pais morreram para deixar sempre viva em mim a memória deles.
Tomás engoliu a seco e disse:
- Desculpe-me, não queria cutucar nenhuma ferida sua, você é tão gentil.
- Não tem problema, como você iria saber.
Os dois terminaram de comer e foram para sala onde passaram a noite inteira conversando sobre tudo o que Kate cuidava na fazenda, já que Tomás não tinha muito de sua historia para contar, depois foram dormir.