quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Conto 2 - Parte 3

Depois de um grande silencio Tomás olhou para Kate e começou a falar:
- Lembro-me que meu nome é Tomás e que nasci na ano de 1982, também lembro que meu pai morreu em um acidente de carro quando eu tinha dois anos de idade e passei a morar só com a minha mãe que acabou morrendo de câncer, que foi causado por causa da depressão que ela sofreu por causa da morte do meu pai, isto oito anos depois, acabei tendo que ir morar com minha avó que por causa da idade faleceu quando completei dezoito anos e graças a ela eu fiquei com um lugar para morar e tinha dinheiro o suficiente para bancar os meus estudos, até a morte de minha avó eu consigo me lembrar de tudo mais alem disto é como se não existisse mais nada em minhas lembranças.
- Você consegue se lembrar qual o seu sobrenome?
Tomás parou por alguns minutos tentando puxar de suas lembranças mais não conseguia responder, enquanto ele pensava Kate lhe perguntou:
- E o nome de seus pais? Talvez possamos descobrir alguma coisa pelos nomes somente.
Tomás continuava sem lembrar-me de nada, além daqueles fatos que já havia falado, mais Kate não desistia e fez outra pergunta:
- Você consegue lembrar pelo menos no que você trabalhava? Por que ai poderíamos procurar pelo seu serviço, você deve estar ausente e eles devem estar tentando entrar em contato, já que quando te encontrei você não possuía documento algum, estava só com a roupa do corpo.
Tomás não sabia o que responder, ele realmente não conseguia responder a nenhuma daquelas perguntas que Kate estava fazendo e aquilo que ele havia lembrado não ajudaria em nada para que os dois conseguissem descobrir alguma coisa sobre ele. Kate preocupada falou:
- Amanha assim que Eliot chegar nós pediremos para ele nos levar até a cidade e talvez com a ajuda do xerife consigamos descobrir alguma coisa sobre você.
Tomás respirou profundamente como se não tivesse muita esperança de descobrir o que havia acontecido consigo. Quando uma coisa veio em sua cabeça e imediatamente perguntou:
- Você não tem carro?
- Não, eu não preciso de um.
Respondeu Kate, então Tomás continuou a perguntar:
- Mas então o que fazia na estrada sozinha? Já que eu vim daqueles lados e não tem nada para lá.
Kate hesitou por alguns segundos e respondeu:
- Todo dia 15 do mês eu vou caminhando pela estrada até o local onde meus pais morreram para deixar sempre viva em mim a memória deles.
Tomás engoliu a seco e disse:
- Desculpe-me, não queria cutucar nenhuma ferida sua, você é tão gentil.
- Não tem problema, como você iria saber.
Os dois terminaram de comer e foram para sala onde passaram a noite inteira conversando sobre tudo o que Kate cuidava na fazenda, já que Tomás não tinha muito de sua historia para contar, depois foram dormir.

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