quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Conto 2 - Parte 2

Uma bela visão, tão bela quanto aquela que ele havia encontrado em seu sonho a diferença estava só em seus cabelos. Tomás estava muito fraco, fraco até mesmo para agradecer, mas a moça o ajudou assim mesmo e não só o levantou como começou a ajudá-lo a andar, conforme andavam Tomás pode avistar um pequeno casebre, mais não conseguiu se aproximar muito para vê-lo de mais perto por que acabou desmaiando novamente de cansaço.
Quando acordou sentiu logo um cheiro muito agradável de comida, em seguida percebeu que estava completamente sem roupas, e a dor que estava sentindo em sua cabeça havia desaparecido, não sabia o que fazer, estava em um lugar estranho com uma pessoa estranha e principalmente estava semi-nu, por que ainda estava com sua roupa intima, sentou-se um pouco na cama para pensar o que deveria fazer quando a porta se abriu, era a bela moça que ao vê-lo acordado disse:
- Olá, você já está acordado, pensei que dormiria por um dia inteiro, venha eu fiz comida que dá para nós dois.
Ele estava sem roupa não sabia o que deveria fazer, levantar com o lençol não parecia nem um pouco apropriado e para ir perguntar para a moça onde estavam suas roupas ele também não poderia ir sem roupa, já que assim que ela o chamou para comer ela saiu novamente, enquanto Tomás se questionava sobre o que fazer a porta se abriu novamente e a moça entrou dizendo:
- Esqueci de te falar, como suas roupas estavam sujas de mais eu as lavei e elas estão no armário, é só se pega-las ali.
Após dizer aquilo saiu novamente, Tomás ainda um pouco assustado com aquela nova situação se levantou, foi até o armário e se vestiu.
Terminando de se vestir com muita vergonha de toda aquela situação, abriu a porta e se deparou com um corredor, começou a andar vagarosamente, pois não sabia o que iria encontrar a sua frente, alem da porta que havia saído tinha mais três portas no corredor, ele não abriu nenhuma e seguiu para o fim do corredor, onde se deparou com uma sala, no corredor ele tinha visto algumas fotos com uma criança e seus pais, mais não ficou muito tempo as olhando, já na sala ele ficou paralisado ao ver aquela enorme sala rústica, com moveis pesados de madeira maciça e com uma bela lareira, era um estilo de casa muito bonito e o que mais impressionou Tomás era a altura da casa, até onde ele lembrava não se construía mais casa tão altas, estava olhando todos os detalhes da casa quando a bela moa apareceu e disse:
- Venha, vamos comer, deve estar faminto.
Ela segurou Tomás pela mão e o levou até a cozinha que era em uma porta que ficava na sala e continuou dizendo:
- Como eu sou mal educada, estou lhe tratando como se já lhe conhecesse a muito tempo e não lhe disse nem mesmo o meu nome, eu me chamo Kate e o seu nome qual é?
- Meu nome é Tomás.
- Muito prazer Tomás...
Antes que ela continuasse o que estava para dizer, Tomás a interrompeu dizendo:
- Você vive sozinha nesta casa?
Kate deu um leve sorriso e respondeu:
- Sim, já fazem oito anos desde que meus pais faleceram em um acidente e eu fiquei aqui sozinha cuidando da fazenda, não é bem sozinha, eu tenho ajuda do Eliot que sempre trabalhou para minha família, mais ele mora na vila que fica próxima daqui.
- Então existe uma vila aqui por perto?
- Sim tem uma pequena cidade próxima daqui, ela deve possuir uns 300 habitantes e mais nada.
Tomás sentiu que logo poderia solucionar o que estava acontecendo com ele. Então Kate perguntou:
- Mais me diga o que aconteceu com você, por que quando te encontrei você estava em um estado deplorável.
Tomás respirou e pensou:
-“Não sei o que responder”.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Conto 2 - Parte 1


Tomás levantou-se, olhou para os lados e não sabia onde estava, percebeu que haviam algumas arvores a sua volta, mais não entendia onde estava, olhou para o seu corpo e viu que suas roupas estavam sujas e com algumas manchas vermelhas, então assustou-se pensando que poderia estar machucado, começou a procurar algum machucado por seu corpo, primeiro olhou as pernas e como estava de calças logo percebeu que este não era o local onde que estava saindo aquele sangue, depois procurou em seu troco e seus braços e por mais que houvesse muita sujeira não existia nenhuma espécie de machucado só alguns arranhões de como se ele tivesse rolado um morro abaixo, arranhões que não causariam de forma alguma aquele tipo de sangue, mas quando passou sua mão pela cabeça sentiu que havia um grande corte, que não pareceu muito profundo, mas era um grande corte em sua cabeça, como se tivesse levado um pancada naquela região, ao tirar suas mãos da cabeça, e fixamente olhar para elas não se agüentou sobre as pernas e seu corpo foi ao chão em um piscar de olhos.
No momento em que se recompôs novamente após o leve desmaio ao ver o sangue, Tomás percebeu que havia ficado algum tempo desacordado, já que no primeiro momento em que despertou estava claro o dia, e neste segundo momento ele não conseguia ver muito das coisas que tinham a sua frente por conta da escuridão da noite, aquele machucado, agora que descoberto, dói de uma forma atordoante que estava fazendo com que uma fraqueza tomasse conta do corpo de Tomás, alem da dor que ele estava causando em sua cabeça que estava parecendo possuir dúzias de britadeiras trabalhando sem parar dentro de seus miolos, mas ao olhar a sua volta percebeu que se por um momento ele desejasse sair daquele lugar para poder tratar seu ferimento, já que ali não poderia fazer, teria que sair daquele lugar o mais breve possível, e tentar assim encontrar um local ou alguma pessoas que pudesse auxiliá-lo.
Juntando o que sobrava de suas forças começou a andar, e até que conseguiu passar algum tempo andando, mais por conta de seu desmaio o escuro não era muito animado, até mesmo por que naquele momento parecia não haver lua alguma no céu para que o ajudasse a ver o mínimo possível a sua frente, percebendo que andar poderia ser muito mais perigoso, já que se algum bicho o atacasse ele não conseguiria se defender percebeu que o melhor a fazer naquela situação era arrumar um local seguro e descansar por algum tempo para assim que o dia amanhecesse poder voltar a sua procura por ajuda. E foi exatamente o que fez, arrumou um lugar seguro e deitou-se um pouco para descansar.
No instante que os primeiros raios de sol surgiram no céu e que fizeram os primeiros pássaros cantarem para acordar a natureza para o dia lindo que estava fazendo o pobre Tomás começou a despertar, tinha passado muito tempo para conseguir dormir, mais fazia pouco tempo desde que ele efetivamente tinha conseguido descansar, mais isto não era um problema tão grave quanto os outros que ele tinha para enfrentar naquele dia, seu corpo já estava começando a sentir fome, alem da fraqueza que já estava sentindo pela perda do sangue por conta do ferimento, sem contar que ele não sabia quanto tempo encontrava-se perdido, já que não sabia a quanto tempo estava naquele lugar desacordado, isto da primeira vez que acordou, alem do tempo que ele passou desacordado do desmaio, seu primeiro pensamento foi o de encontrar uma estrada ou algum outro tipo de via que pudesse levá-lo a algum lugar com o mínimo de civilização, o sangramento de sua cabeça já não estava tão grave, aparentemente fazia algum tempo que ele estava com o machucado e só tinha voltado a sangrar novamente por sua tentativa de encontrar algum ferimento, mas seu corpo ainda estava imundo e seu corpo precisando de alimento resolveu voltar a andar o maximo que pudesse naquele dia, já que esperava não precisava mais precisar andar tendo em vista que conseguiria ajuda, mas quanto mais andava mais arvores encontrava, era como se não houvesse civilização ali onde se encontrava, só arvores e mais arvores, até que de tanto andar escutou ao fundo o que pareceu ser um barulho de carro, respirou fundo e começou a correr na direção da qual vinha o som, mais não agüentou correr muito e quase que acabou caindo, mais em seu desequilíbrio pode avistar o que parecia ser uma espécie de rodovia, continuou andando rápido, para chegar lá, mais já não estava escutando barulho algum, se algum carro havia passado ali, ele já havia passado, mais ainda restava a esperança de outro carro passar, cansado e quase desnutrido resolveu sentar um pouco e esperar que outro carro passasse.
Tomás passou algum tempo sentado quando percebeu que aquela pequena rodovia cercada de arvores estava ainda mais silenciosa do que a arvore em que se encontrava e que se continuasse ali sentado poderia se passar mais um dia sem se alimentar e sujo, e para ele naquele momento não era uma boa idéia, dessa forma juntou a sua esperança e pensou:
- “Uma rodovia serve para ir de uma cidade a outra, está rodovia deve dar em algum tipo de cidade, vila ou algum tipo de coisa civilizada, é melhor continuar a andar e se algum veiculo se aproximar tento pedir ajuda, mais se nenhum se aproximar provavelmente eu consiga estar cada vez mais próximo de uma ajuda.”
Continuou então sua caminha ao desconhecido, mas parecia ainda mais em vão aquele caminhada, pois não era só erma, era amedrontadora, uma estrada no meio do nada, silenciosa, onde nem os pássaros que cantavam na floresta estão se aproximando, pois não se houve seu canto, onde depois de tanto tempo não se vê sinal algum de civilização e a noite está se aproximando novamente, e era melhor arrumar um lugar seguro para passar a noite, já que aquela estrada não parecia nem um pouco segura, mais como por um milagre quando a noite chegou estava com a lua mais cheia que Tomás já havia encontrado em sua vida, resolveu que era melhor passar algum tempo ali descansando e depois continuar andando durante a noite já que a noite era mais fresco que o dia ele conseguiria andar mais calmamente e seria menos cansativo, andaria lateralmente com a estrada para que não fosse tão perigoso e assim que o sol nascesse voltava para a estrada onde poderia encontrar algum viajante que o ajudasse, já que já havia desistido da idéia de encontrar alguém naquela região. Arrumou um lugar que julgou seguro, sentou-se e relaxou até que pegasse no sono.
Durante seu primeiro descanso tranqüilo depois de acordar na floresta Tomás vê a imagem de uma mulher a sua frente, uma mulher de cabelos dourados veio em sua mente se aproximando aos poucos, calmamente o abraçou e suavemente lhe disse:
- Socorro!
Depois a imagem de um automóvel e uma luz forte que o cegou e em seguida um impacto tão forte que assustou e o fez acordar com os olhos cheios de lagrimas.
Tomás não sabia o que aquilo significava, ou se aquilo significava alguma coisa, mais uma coisa ele tinha certeza, ele não iria ficar ali para descobrir o que era aquilo iria continuar a andar, por que se tinha algo fora ou dentro dele era ai que ele realmente iria precisar de uma ajuda urgente, não se importando se estava descansado ou não continuou a andar madrugada a fora, andou sem parar.
Quando o dia começou a amanhecer Tomás que continuava a andar sem parar e extremamente exausto viu a longe uma sombra que parecia ser uma pessoa, acelerou o passou aos poucos até que estava correndo na direção daquela pessoa, e quanto mais se aproximava mais conseguiu ver que era realmente uma pessoa, mas seu corpo não agüentou de tanta exaustão e foi ao chão, estava sem forças para levantar quando sentiu uma pessoa o ajudando a sair do chão, ao olhar era uma linda garota de cabelos negros como o petróleo que o estava ajudando.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Conto 1 - Parte Final

Estava quase sentindo que desaparecia dentro de meu próprio corpo quando vi minha amada a minha frente, mais ali encontrava-se um grande dilema, meu amor estava a minha frente e eu estava prestes a matá-la, mas não era eu que iria matá-la, era o ser que estava dentro do meu corpo eu não podia deixar aquilo acontecer. Podia tentar fazer aquelas pessoas ajudá-la, mais como? O que eu podia fazer, eu tinha que salva-la a qualquer custo. Então fiz de tudo para controlar meu corpo novamente, parecia impossível, mais eu tinha que fazer aquilo, não por mim, mais por ela. Então senti uma força tomando conta de mim e reassumi o controle, e disse:
- Meu amor fuja o mais rápido possível eu não vou agüentar muito tempo.
Mais o que era mais impossível de acontecer aconteceu, ela não fugiu, ela tinha que fugir era sua única chance, mais ela não fez, ela me disse:
- Onde está o quadro que você pintou, aquele que você ia fazer antes disto tudo começar, onde ele está? Ele pode ser a nossa salvação.
Quadro? De que quadro ela estava falando? Não estava conseguindo lembrar quando, me veio a cabeça, aqueles desenhos, depois que eu os tirei da parede ele apareceu, deve ser isso, então me lembrei e disse:
- O quadro está em uma parede secreta dentro do sótão.
Minha amada saiu correndo para ver se pegava o quadro, então eu corri para a porta a abri e gritei:
- Ajudem minha amada ela foi pegar o quadro no sótão, eu não sei quando mais eu vou segura-lo.
Ajoelhei-me no chão, pois não estava agüentando, ele era muito forte, corri para a cozinha, peguei uma faca, a solução era me matar, assim ele morreria comigo, mas quando ia fazer, percebi que estava preso em minha mente novamente, e ele me disse:
- Não ache que pode ser mais forte do que eu ou que poderá me vencer com aquela pintura, eu sou o poder encanado e vou destruir não só aquela vagabunda, mais todos aqueles que entraram nesta casa.
Meu corpo começou a subir as escadas, ele sabia onde ela estava, ele ia matar a minha amada, e eu tinha gasto todas as minhas energias. Chegando ao sótão ele derrubou a porta sem tocá-la só com um movimento de mão, só que não havia ninguém a vista, ele precisaria entrar, mais não ficou nem um pouco preocupado, mais deveria ter ficado, quando entrou meu corpo parou de se movimentar, ele olhou para o teto e lá estava um dos desenhos que eu tinha visto nas paredes do porão, olhou para as paredes em volta e lá estavam os outros assim como estava desenhado no porão, minha amada tinha reproduzido o porão no sótão, só não tinha os desenhos do chão, ele começou a se enfurecer, mais eu sentia que eu estava ficando forte e ele fraco. Quando minha amada apareceu em minha frente e disse:
- Seu maldito, agora você ficará preso aqui para sempre, e nós não permitiremos que você prejudique mais ninguém, liberte meu amor.
Quando ela falou aquilo eu usei a força que estava voltando em meu corpo e escutando uns sons estranhos comecei a me movimentar e enquanto me movimentava percebi que ele estava saindo de meu corpo, ficando preso ali como estava preso no porão, então avancei e abracei minha amada. Ao abraçá-la vi aquela velha e as pessoas que estavam tentando ajudá-la ajoelhados como se estivessem orando e percebi que aquele som estranho que tinha escutado eram eles.
Tínhamos conseguido desfazer a besteira que eu havia feito, mais a partir daquela dia nunca mais iríamos sair daquela casa, pois nunca mais deixaríamos que aquela criatura se soltasse dali e que fizesse com alguém o que fez conosco.

Conto 1 - Parte 9

Meu amado havia desligado o telefone, sabia que ele não falaria daquela forma comigo jamais, então percebi que algo estava fora de seu controle e que somente eu poderia ajudá-lo, mais o que eu poderia fazer para ajudá-lo naquele momento, a primeira coisa que eu deveria fazer era sair do trabalho o mais rápido possível e depois encontrar alguém que pudesse fazer algo.
Comecei a vascular o mural que ele havia feito no quarto para ver se conseguia encontrar algo que me ajudasse, mais existiam muitas coisas que eu pensei que ele nem deveria ter colocado ali, mais mesmo assim algumas daquelas que ele havia encontrado que eram aceitáveis. Tinha que procurar cada uma daquelas que ele ainda não havia visitado. Estava me preparando para sair quando encontrei um caderno, que não só tinham as mesmas anotações do mural como tinham outras informações como à de um quarto escuro com um desenho, a imagem de um quadro.
Foi naquele momento que eu entendi muito de tudo o que estava acontecendo, lembrei naquele instante de que quando ele estava arrumando o porão, ele disse que ia pintar um quadro que do nada ele esqueceu que existia, também que o porão tinha uma parte maior que ele abriu o quarto escuro poderia ser a parte a mais do porão que ele encontrou e o quadro deveria ser o quadro que ele ia pintar, uma coisa deve ter ligação com a outra, mais qual era essa ligação eu ainda não sabia, mais sabia que teria que descobrir qual era para conseguir solucionar o problema e iria fazer isso.
Havia outra coisa importante ali, era um local que ele ainda não havia ido procurar que tinha uma senhora que iria fazer uma palestra em uma faculdade de psicologia sobre o estado da mente no pós vida, aquilo poderia ser interessante, e ele também tinha achado isto, pois tinha sublinhado algumas vezes este evento, só tinha um problema estava quase na hora da palestra e provavelmente era isso que ele ia fazer antes que ele acabasse do jeito que acabou.
Sai o correndo para conseguir chegar a tempo, poderia nem chegar a tempo para apresentação, mais eu tinha que conseguir pelo menos chegar a tempo de falar com essa mulher ela poderia ajudar a solucionar as minhas duvidas e poderia ajudar a salvar o meu amor, o transito estava infernal, já que era quase a hora do rush, mais eu tinha que conseguir chegar a tempo.
Percebi que se fosse pelas vias principais nunca iria chegar lá que era necessário que eu utilizasse alguns atalhos, e foi exatamente o que fiz, comecei a pegar diversos atalhos para conseguir chegar até lá, mais quanto mais eu reduzia o caminho, mais parecia que uma força estava me atrapalhando para não chegar naquele local. Mas eu tinha que chegar e ia chegar.
Chegando ao local sai correndo até a sala que estava acontecendo à palestra e a senhora já estava se despedindo das pessoas, esperei alguns minutos para que todas as pessoas fossem embora, eu estava muito agitada e ela já havia me visto, era como se tivesse sentido que eu estava com um grande problema, era como se ela tivesse visto em mim alguma coisa.
Quando todos terminaram de falar com ela, antes que eu fosse até ela, ela veio até mim. E disse:
- Olá, em que posso ajudá-la? Conte-me o que está acontecendo.
Tentei me acalmar um pouco para poder contar a ela tudo o que estava acontecendo, e aos pouco conforme eu contava naturalmente eu estava conseguindo me acalmar como se a presença dela estivesse me acalmando, mas pensei no mesmo momento que poderia ser só minha mente se acalmando por estar me abrindo com alguém. Quando contei sobre o quadro no mesmo momento ela me interrompeu e disse:
- Onde está este quadro, ele pode ser muito importante.
Mais essa resposta eu não tinha e lhe expliquei isto e continuei a contar tudo o que estava acontecendo e no final quando contei o que tinha acontecido com meu amado ela no mesmo momento me disse:
- Coloque seu endereço em um papel e me encontre lá em uma hora.
Foi exatamente o que fiz, coloquei o meu endereço em uma folha de um bloquinho e voltei para o hotel para tomar um banho rápido trocar de roupa, pois ainda estava com a roupa de trabalho e ir para minha casa encontrá-la. O tempo de me arrumar foi pouco e não podia esperar mais, fui até minha casa para ver o que estava acontecendo e para esperá-la. Quando cheguei não tive coragem de me aproximar e fiquei do outro lado da calçada olhando para casa a espera da Senhora Turlan.
Alguns segundo se passaram quando dois carros pararam a porta de minha casa, era a Senhora Turlan com um senhor e um padre no primeiro carro e uma equipe de cinco pessoas no segundo, ela desceu e veio direto na minha direção, enquanto a equipe pegava alguns itens, como filmadora, crucifixos e alguns potes de água, nos quais o padre foi imediatamente benzer. Ela se aproximou e disse:
- Vamos entrar eu você e o padre e se for necessário os outros entrarão depois.
Concordei e comecei a andar ao lado dela em direção a casa, quando nos aproximamos da porta ela se abriu, entramos, neste momento a Senhora Turlan segurou minha mão e disse:
- Não tenha medo.
O padre ia do outro lado benzendo a o caminho, quando entramos na casa, meu amado estava sentado de frente para a porta como se estivesse esperando, ele se levantou quando nos viu e disse:
- Eu disse para não vir mais aqui sua vadia.
Fez um movimento com o braço e a Senhora Turlan e o padre que estavam ao meu lado saíram voando para fora e a porta se fechou, o movimento foi tão rápido que nem mesmo nossas mãos estando dadas foi o suficiente para tentar ajudá-la.
Quando ele voltou a falar:
- Agora eu tenho o controle e nada poderá me destruir, prepare-se, pois hoje é seu ultimo dia na terra.

Conto 1 - Parte 8

Não sabia o que fazer muito menos a quem procurar, mais sabia qual era o melhor lugar para se encontrar tudo o que se quer na atualidade, a internet, foi exatamente o que fiz, sentei na frente do computador eu e minha amada para ver se encontrávamos alguma coisa que fosse aparentemente verdadeiro, pois este é o mal de se procurar coisas na internet, pode se encontrar muita porcaria.
Quanto mais procurava menos acreditava que poderia resolver aquele problema, mais tinha que conseguir e o não podia deixar, pois aquela era a minha casa, por conta disto resolvi que o melhor a fazer era investigar todos os lugares que havia visto nos sites para ver se algum deles era o mais adequado, enumerei todos em um mural e em um pequeno caderno e fui ir ver cada um deles.
Esta para sair quando tive um sentimento muito forte de ir até a minha casa, mais sabia que não deveria ir, mais uma vontade louca me tomava, mais não podia ir antes de encontrar alguém que fosse comigo para tentar resolver. Até mesmo por que estava sozinho naquele momento, minha amada tinha que voltar a trabalhar, ainda mais por que tínhamos saído de nossa casa e ido para um hotel por alguns dias até que todas aquelas coisas se acalmasse, ou até que encontrássemos alguém que pudesse nos ajudar.
Comecei a caminha pela cidade indo de ponto em ponto, uma das primeiras pessoas que não pareciam tão falsas que encontrei era uma cartomante que inicialmente pareceu falsa, mais quando eu entrei para ver do que ela era capaz, foi como se uma força tomasse conta dela, ela se aproximou de mim e disse:
- Vá para sua casa agora.
Mais depois de dizer estas palavras, primeiro pareceu que ela não sabia o que havia falado no começo, depois começou a falar de sucesso e outras coisas estranhas, mais naquele momento eu realmente pensei se aquele era o momento de voltar para casa, se aquele não era um aviso de que eu poderia vencer o que estava controlando a nossa casa sozinho. Só que de repente algo me fez mudar de idéia, percebi que existia outras coisas que eu poderia não conhecer, foi quando uma imagem me veio a cabeça, não sabia o que era, mais parecia a imagem de um quarto escuro.
Anotei isto em meu caderninho, um quarto escuro com algumas imagens estranhas nele, o que poderia ser essa lembrança que aparecia em minha cabeça, não tinha tempo para solucionar este problema, coloquei uma imagem de quadro no caderninho ao lado do que escrevi não entendia o porquê mais senti que deveria fazer isto.
Continuei minha jornada, depois de algumas horas meu estomago me lembrou que já estava na hora de me alimentar, então pensei:
- “Estou próximo de casa, por que não ir me alimentar lá”.
Só que antes de dar mais um passo, o telefone tocou, era minha amada me chamando para ir almoçar com ela e poder lhe contar o que já havia descoberto, e foi o que eu fiz, cheguei ao restaurante e lhe contei tudo o que tinha passado, todos os charlatões que havia encontrado e quando lhe contei da cartomante ela me disse:
- Não vá para nossa casa sozinho de jeito algum, espere por mim e por ajuda, não sabemos como o que estamos lidando.
Depois de ouvir estas palavras achei que era melhor não lhe contar que quase fui para nossa casa duas vezes, depois que terminamos o almoço e voltei para o hotel para tomar um banho para poder continuar a jornada, lembrei que não contei para ela da imagem estranha que havia visto em minha mente, era como se naquele momento tivesse saído de minha lembrança aquilo, mais o estranho que nem por um momento eu deixei de pensar naquilo o dia todo, mas tudo aquilo era o cansaço.
Tinha mais alguns lugares para ir então terminei o banho e sai correndo, quando estava dentro do taxi percebi que tinha deixado meu caderno com todos os lugares que eu deveria ir no hotel, quando fui falar para o cara do taxi que deveríamos voltar para o hotel de minha boca saiu o endereço de minha casa e depois senti meu corpo travar não permitindo que eu falasse mais nada para ele.
Passei o caminho todo fazendo muito esforço para me movimentar e não conseguia até que chegamos na porta da casa, eu paguei o taxi, ou melhor, vi meu corpo pagar o taxi e descer, começou a andar na direção da porta, e por um minuto consegui me movimentar, comecei a correr peguei o telefone, liguei para minha amada e lhe disse:
- Socorro.
Só pude escutar a sua voz dizendo:
- O que está acontecendo.
Quando uma força tomou conta de meu corpo e respondeu:
- Não me procure mais, não venha até a minha casa, finja que eu nunca existi.
Senti que não estava mais no controle de meu corpo, meu corpo começou a andar em direção da casa e por mais que eu não desejasse aquilo não podia fazer nada. Ao entrar pela porta da frente vi uma pequena nuvem negra se aproximando de meu corpo minha boca se abriu e ela entrou em meu corpo como se o tomasse por completo, naquele instante percebi que não poderia evitar que essa força me controlasse, percebi que tudo estava nas mãos de minha amada.