quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Conto 2 - Parte 1


Tomás levantou-se, olhou para os lados e não sabia onde estava, percebeu que haviam algumas arvores a sua volta, mais não entendia onde estava, olhou para o seu corpo e viu que suas roupas estavam sujas e com algumas manchas vermelhas, então assustou-se pensando que poderia estar machucado, começou a procurar algum machucado por seu corpo, primeiro olhou as pernas e como estava de calças logo percebeu que este não era o local onde que estava saindo aquele sangue, depois procurou em seu troco e seus braços e por mais que houvesse muita sujeira não existia nenhuma espécie de machucado só alguns arranhões de como se ele tivesse rolado um morro abaixo, arranhões que não causariam de forma alguma aquele tipo de sangue, mas quando passou sua mão pela cabeça sentiu que havia um grande corte, que não pareceu muito profundo, mas era um grande corte em sua cabeça, como se tivesse levado um pancada naquela região, ao tirar suas mãos da cabeça, e fixamente olhar para elas não se agüentou sobre as pernas e seu corpo foi ao chão em um piscar de olhos.
No momento em que se recompôs novamente após o leve desmaio ao ver o sangue, Tomás percebeu que havia ficado algum tempo desacordado, já que no primeiro momento em que despertou estava claro o dia, e neste segundo momento ele não conseguia ver muito das coisas que tinham a sua frente por conta da escuridão da noite, aquele machucado, agora que descoberto, dói de uma forma atordoante que estava fazendo com que uma fraqueza tomasse conta do corpo de Tomás, alem da dor que ele estava causando em sua cabeça que estava parecendo possuir dúzias de britadeiras trabalhando sem parar dentro de seus miolos, mas ao olhar a sua volta percebeu que se por um momento ele desejasse sair daquele lugar para poder tratar seu ferimento, já que ali não poderia fazer, teria que sair daquele lugar o mais breve possível, e tentar assim encontrar um local ou alguma pessoas que pudesse auxiliá-lo.
Juntando o que sobrava de suas forças começou a andar, e até que conseguiu passar algum tempo andando, mais por conta de seu desmaio o escuro não era muito animado, até mesmo por que naquele momento parecia não haver lua alguma no céu para que o ajudasse a ver o mínimo possível a sua frente, percebendo que andar poderia ser muito mais perigoso, já que se algum bicho o atacasse ele não conseguiria se defender percebeu que o melhor a fazer naquela situação era arrumar um local seguro e descansar por algum tempo para assim que o dia amanhecesse poder voltar a sua procura por ajuda. E foi exatamente o que fez, arrumou um lugar seguro e deitou-se um pouco para descansar.
No instante que os primeiros raios de sol surgiram no céu e que fizeram os primeiros pássaros cantarem para acordar a natureza para o dia lindo que estava fazendo o pobre Tomás começou a despertar, tinha passado muito tempo para conseguir dormir, mais fazia pouco tempo desde que ele efetivamente tinha conseguido descansar, mais isto não era um problema tão grave quanto os outros que ele tinha para enfrentar naquele dia, seu corpo já estava começando a sentir fome, alem da fraqueza que já estava sentindo pela perda do sangue por conta do ferimento, sem contar que ele não sabia quanto tempo encontrava-se perdido, já que não sabia a quanto tempo estava naquele lugar desacordado, isto da primeira vez que acordou, alem do tempo que ele passou desacordado do desmaio, seu primeiro pensamento foi o de encontrar uma estrada ou algum outro tipo de via que pudesse levá-lo a algum lugar com o mínimo de civilização, o sangramento de sua cabeça já não estava tão grave, aparentemente fazia algum tempo que ele estava com o machucado e só tinha voltado a sangrar novamente por sua tentativa de encontrar algum ferimento, mas seu corpo ainda estava imundo e seu corpo precisando de alimento resolveu voltar a andar o maximo que pudesse naquele dia, já que esperava não precisava mais precisar andar tendo em vista que conseguiria ajuda, mas quanto mais andava mais arvores encontrava, era como se não houvesse civilização ali onde se encontrava, só arvores e mais arvores, até que de tanto andar escutou ao fundo o que pareceu ser um barulho de carro, respirou fundo e começou a correr na direção da qual vinha o som, mais não agüentou correr muito e quase que acabou caindo, mais em seu desequilíbrio pode avistar o que parecia ser uma espécie de rodovia, continuou andando rápido, para chegar lá, mais já não estava escutando barulho algum, se algum carro havia passado ali, ele já havia passado, mais ainda restava a esperança de outro carro passar, cansado e quase desnutrido resolveu sentar um pouco e esperar que outro carro passasse.
Tomás passou algum tempo sentado quando percebeu que aquela pequena rodovia cercada de arvores estava ainda mais silenciosa do que a arvore em que se encontrava e que se continuasse ali sentado poderia se passar mais um dia sem se alimentar e sujo, e para ele naquele momento não era uma boa idéia, dessa forma juntou a sua esperança e pensou:
- “Uma rodovia serve para ir de uma cidade a outra, está rodovia deve dar em algum tipo de cidade, vila ou algum tipo de coisa civilizada, é melhor continuar a andar e se algum veiculo se aproximar tento pedir ajuda, mais se nenhum se aproximar provavelmente eu consiga estar cada vez mais próximo de uma ajuda.”
Continuou então sua caminha ao desconhecido, mas parecia ainda mais em vão aquele caminhada, pois não era só erma, era amedrontadora, uma estrada no meio do nada, silenciosa, onde nem os pássaros que cantavam na floresta estão se aproximando, pois não se houve seu canto, onde depois de tanto tempo não se vê sinal algum de civilização e a noite está se aproximando novamente, e era melhor arrumar um lugar seguro para passar a noite, já que aquela estrada não parecia nem um pouco segura, mais como por um milagre quando a noite chegou estava com a lua mais cheia que Tomás já havia encontrado em sua vida, resolveu que era melhor passar algum tempo ali descansando e depois continuar andando durante a noite já que a noite era mais fresco que o dia ele conseguiria andar mais calmamente e seria menos cansativo, andaria lateralmente com a estrada para que não fosse tão perigoso e assim que o sol nascesse voltava para a estrada onde poderia encontrar algum viajante que o ajudasse, já que já havia desistido da idéia de encontrar alguém naquela região. Arrumou um lugar que julgou seguro, sentou-se e relaxou até que pegasse no sono.
Durante seu primeiro descanso tranqüilo depois de acordar na floresta Tomás vê a imagem de uma mulher a sua frente, uma mulher de cabelos dourados veio em sua mente se aproximando aos poucos, calmamente o abraçou e suavemente lhe disse:
- Socorro!
Depois a imagem de um automóvel e uma luz forte que o cegou e em seguida um impacto tão forte que assustou e o fez acordar com os olhos cheios de lagrimas.
Tomás não sabia o que aquilo significava, ou se aquilo significava alguma coisa, mais uma coisa ele tinha certeza, ele não iria ficar ali para descobrir o que era aquilo iria continuar a andar, por que se tinha algo fora ou dentro dele era ai que ele realmente iria precisar de uma ajuda urgente, não se importando se estava descansado ou não continuou a andar madrugada a fora, andou sem parar.
Quando o dia começou a amanhecer Tomás que continuava a andar sem parar e extremamente exausto viu a longe uma sombra que parecia ser uma pessoa, acelerou o passou aos poucos até que estava correndo na direção daquela pessoa, e quanto mais se aproximava mais conseguiu ver que era realmente uma pessoa, mas seu corpo não agüentou de tanta exaustão e foi ao chão, estava sem forças para levantar quando sentiu uma pessoa o ajudando a sair do chão, ao olhar era uma linda garota de cabelos negros como o petróleo que o estava ajudando.

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