quarta-feira, 22 de junho de 2011

Conto 14 - Parte 1




Mathias e Ricardo eram grandes amigos, nasceram na mesma cidadezinha do interior, lá eram muito felizes, faziam todas as coisas juntas, onde um ia o outro estava atrás, a única divergência entre os dois eram suas famílias, Mathias era filho de um grande chefe de policia, famoso por solucionar todos os casos que apareciam a sua frente, nada ele deixava passar, não havia um bandido que ele não pegasse, tanto que se tornou o responsável pelos detetives da cidade, responsável por casos especiais e criminalidade, por um outro lado Ricardo vinha de uma família italiana, com um grande pé na tradição, e não só ligados a tradição de pais, mais muito ligados as preocupações da “Família”, e não só aquela ligadas aos parentes, o pai de Ricardo era muito famoso na comunidade italiana daquela cidade, pois suas ligações com as outras cidades era muito forte.


O que os dois pais conseguiram evitar foi à única escola da região em que moravam, onde as crianças se conheceram, Mathias era um garoto um pouco introvertido, de poucos amigos, pois o fato de seu pai ser policial fazia com que muitas crianças se afastasse dele, já Ricardo era um garoto extrovertido que acabava também não tendo muitos amigos por causa do medo que as outras crianças tinham de seu pai e dos boatos que rolavam por toda cidade sobre o que acontecia com que se aproximava das duas crianças, que acabaram se juntando e criando um grande elo.


Assim começou a amizade das duas crianças, que continuou até que tinha que se mudar para outra escola, terminaram o ensino fundamental e iam para outra escola, começou o problema, já que o pai de Mathias queria mandá-lo para escola militar, onde ele aprenderia a se tornar um grande policial como ele, por outro lado o pai de Ricardo queria mandá-lo para escola italiana que existia na cidade, onde ele aprenderia coisas como respeito e seria preparado para cuidar dos negócios da família.


Claro que existia também um grande esforço dos dois pais de separarem as crianças, pois não queriam um metido dentro da casa do outro, coisa que não estava conseguindo evitar por serem ainda pequenos, mais já estando em certa idade era o que deveria ser feito, pensavam os pais.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Conto 13 - Parte Final

Julius saiu, foi para sua casa, ligou seu som para desligar um pouco sua mente de tudo, ele tinha um dia para pensar, então o resto daquele dia ele iria gastar tentando esquecer de tudo para pensar com calma, pois uma coisa ele tinha certeza, daquilo ele não queria fazer parte.

O dia amanheceu e Julius tinha muita coisa para pensar, preparou seu café da manha, sentou-se frente a janela com o som ligado, tomou seu café, tomou um bom banho em sua banheira, esperou todos irem para o trabalho, saiu para rua, andou por um bom tempo, voltou para casa preparou seu almoço, deixou o horário do almoço passar, voltou para rua e andou por mais um longo tempo e antes que desse o horário de sair do trabalho, ele voltou para casa, preparou seu jantar, tomou outro banho demorado, jantou e deitou em sua cama, sua mente girava entre milhares de coisas, assim como seu corpo na cama.

Chegou o dia da resposta, lá estava Julius, lá estava o senhor mais ninguém apareceu, antes que o velho disse-se algo Julius falou:

- Não posso viver livre vendo as pessoas presas, não consigo achar que isto é correto e viver com isso é como não viver livre e acredito que isso não possa mais fazer.

Julius terminou de falar e a sua volta apareceu o que ele acreditava ser um mito naquela sociedade, a força especial, um grupo de seguranças da sociedade, nunca antes visto, espantado escutou o velho a dizer:

- Os jovens sempre escolhem o meio mais difícil, você cresceu vendo o que chama de pássaros engaiolados e acredita ser ruim, mas o problema que nunca viu foi aquele que evitamos os pássaros descontrolados, quando desejar voltar estaremos de braços abertos.

Julius foi pego pelos braços, e levado até a fronteira da cidade, onde em um carro com todas as suas coisas, ou pelo menos aquilo que era fácil de carregar foi deixado nos limites da muralha da cidade.

sábado, 11 de junho de 2011

Conto 13 - Parte 11

Olhei para ele, dei um breve sorriso de canto de boca e lhe disse:

- É tão bom viver sobre uma falsa ideologia onde sendo o controlador acreditamos que estamos criando uma cidade, um mundo perfeito, mas nunca pensamos que talvez aquilo que víamos como caos fosse a ordem da natureza das mentes livres, que como pássaros engaiolados sem força, não conseguem mais cantar com a tristeza que domina seu corpo, fazendo do estado de tristeza um estado normal, ao ponto, de achá-lo normal e correto, livre é aquele que é livre em suas ações e em seus pensamentos, mesmo que contraditório, em si ou com o outro, vocês só criaram um estado de liberdade para si próprios, mais a maioria está presa ao seu sistema de maquinas humanas.

O senhor olhou para Julius, viu sua revolta com aquele sistema, sacudiu levemente a cabeça sorrindo e disse:

- As vezes me esqueço o que foi ser jovem, quando se chega aos noventa anos não mais lembramos do vigor de ter vinte ou trinta, e é desta força que precisamos na nossa sociedade, e desta energia que tiramos o necessário para continuar, exatamente por isso te chamamos aqui hoje. Queremos te oferecer um lugar neste conselho, você tem um dia para pensar e nos dar uma resposta.

Quando Julius olhou em volta não havia mais ninguém, o senhor o acompanhou até a saída sem falar nem mais uma palavra e antes de deixá-lo ir lhe disse:

- Daqui a um dia, depois de amanha te esperamos com a resposta.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Conto 13 - Parte 10

Dentre eles havia um que se situava no centro do circulo, como se me esperasse, me aproximei, ao vê-lo percebi que nunca tinha o visto na nossa sociedade, um senhor com alguns anos de idade, que olhou em meus olhos e disse:

-A muito tempo a nossa sociedade era feita de homens que pensavam, mas que não sabia direcionar o pensamento e acabaram criando uma grande destruição e um grande caos para nossa sociedade, todos sofriam e possuía muita desigualdade, até que um homem, um antepassado me e de todos nós percebeu que mentes brilhantes eram jogadas fora por mente que só buscavam a destruição própria e a do próximo, com isto resolveu criar uma associação que cuidaria daquilo que as novas gerações pensariam, os levariam a um caminho seguro acabando assim com um estado de paz, com o tempo fomos moldando a sociedade, juntando aqueles que brilham e guiando aqueles que ofuscam, não deixando que o passado se torna presente no futuro, chegamos a perfeição, onde homens livres podem ser livres sem que destrua a liberdade alheia, gerações e gerações se seguiram até que nossa sociedade se tornasse o que é e tudo o que podemos fazer para mantê-la será feito, com todo cuidado e manejo.

Aquele discurso só me mostrou que o que pensava estava correto e que se eu estava ali tinha que chegar ao fim e ver como essa historia iria acabar.