domingo, 19 de outubro de 2014

Conto 21 - Parte 4

Era o momento, tinha que decidir, ou mostrar, então resolvi da forma mais fácil, levei as meninas a uma loja de celular e pedi o mais novo modelo, o melhor da loja, olhamos, ficamos achando maravilhoso, então pedi três, na hora de pagar bastou pensar:
- "não registre a compra, e depois que sairmos da loja você esquecerá completamente que estivemos aqui, nunca se lembrará".
Elas olhavam para mim completamente espantadas,  dava para ver suas bocas caindo no chão, pegamos nossos novos telefones e saímos, era hora de jantar, cada uma escolheu exatamente o que queria e fomos para a mesa comer, o bom de comer no shopping é que não precisamos focar em uma comida só, uma diversidade completa de comida, estava tudo muito bom, na hora de ir embora foi só entrar no táxi e dizer:
- Cada uma em sua casa e depois esquecer a viagem.
Era hora do segundo teste, tentar conseguir o que eu queria ao falar e exatamente, mais uma coisa pronta, chegamos todas em casa em segurança, perfeitamente.
No dia seguinte ao chegar na escola, uma de minhas amigas veio me dizer:
- Sabe eu estava pensando no que aconteceu ontem, pensando em como explicou que as coisas estão acontecendo e em como talvez você pudesse me ajudar.
Eu sabia ao contar para elas o que eu achava que poderia estar fazendo, por que até o momento não era uma certeza, de que alguns pedidos viriam, então não tinha como fugir e respondi:
- Claro, por que não.
Foi quando ela começou a dizer:
- Você sabe muito bem que sou apaixonada por você sabe quem, mas sempre que tento falar com ele, eu travo, eu paro e não consigo, você poderia me ajudar a ter coragem ou a coloca-los a minha disposição por um tempo para dizer o que penso.
Minha outra amiga se aproximava e ao escutar rapidamente se intrometeu e disse:
- O que vocês estão pensando nunca viram os filmes, não se mexe com o amor, isso dá errado.
Elas começaram a discutir e eu não prestei mais atenção nelas, só que no intervalo por uma coincidência estranha, eu dificilmente cruzo com ele pelo caminho, mas lá vinha ele na minha direção, eu usaria aquilo de teste, então lá foi:
- "você chamará ela para sair e estará aberto para ver todas as suas belezas".
Só abri a porta para ajuda-los a se aproximar se mesmo assim ele não gostasse dela, paciência.

sábado, 11 de outubro de 2014

Conto 21 - Parte 3

Tinha passado a acreditar que era capaz de fazer determinadas coisas, agora era a hora de colocar a prova o que eu era realmente capaz ou não de fazer, a caminho de casa não conseguia nada o que pensar para poder testar minha nova habilidade, da qual ainda não tinha conhecimento completo o que era um grande problema, já que poderia criar situações para mim.
Foi quando pensei posso afetar coisas que existem, posso afetar pessoas, então era hora de ir ao shopping, que lugar melhor para começar a ver se poderia controlar meus dons, fossem eles quais fossem.
Chegando ao shopping, não possuía muito dinheiro, sendo assim tinha que começar com algo que conseguisse resolver, ou melhor, pagar, fui até o quiosque de sorvete e fiz meu pedido, pensei:
- "você não irá cobrar, nem se lembrará que eu vim pegar o sorvete".
Olhou no fundo dos meus olhos e vi as pupilas movimentarem, se virou preparou o sorvete e me entregou, sem nem mesmo falar alguma palavra, como se tivesse funcionado, como se minhas palavras tivessem lhe feito virar uma máquina obediente.
Tomei o sorvete e segui meu dia, era hora de testar em algo maior, entrei em uma loja de roupas, experimentei, algumas, vi quais ficavam legais e disse que ia levar, no caixa o mesmo pensamento:
- "você vai fazer todo o procedimento, só que em sua cabeça ficará o meu pagamento efetuado".
As pupilas novamente reagiram, a reação foi exatamente a esperada, tudo o que eu desejasse ia acontecer, todos meus desejos iriam se realizar, bastava olhar nos olhos da pessoa e pensar, que o que eu precisasse aconteceria.
Andando pelo shopping, pensando no que mais poderia levar para casa, o que mais estava querendo acabei encontrando duas amigas, minhas maiores amigas, que já vieram bravas dizer:
- Onde você estava o dia todo estávamos te ligando e você não atendia o celular.
Olhei o celular e lá estava ele desligado, mais isso não era o problema, estava precisando de um novo mesmo, mas o dilema agora era, contar ou não, éramos grandes amigas e sempre contávamos tudo umas para as outras o que eu deveria fazer?

sábado, 4 de outubro de 2014

Conto 21 - Parte 2

Todo mundo conhece as histórias dos gênios da lâmpada mágica, você encontra uma lâmpada mágica, aparece um gênio e ele realiza três desejos que você faz, sejam eles qual for, sejam eles como for, foi mais ou menos isso que estava acontecendo comigo, mas com uma grande diferença, eu não achei a lâmpada, eu não falei com gênio algum as coisas estavam acontecendo.
Tudo começou com uma coisa simples, estávamos na aula, assim como todos os dias, e um de meus colegas de sala, assim também como todos os dias, não parava nem mesmo por um segundo de falar, de atrapalhar aula, então pensei:
- "nossa ele podia calar a boca um minuto".
Foi então que a cadeia dele escorregou e ele foi direto pro chão, uma queda normal, que muitas pessoas que já ficaram balançando passaram, só que ele de alguma forma deve ter batido a cabeça e desmaiou.
Naquele primeiro momento era como se tudo não passasse de uma coincidência, ele era um imbecil, diversas pessoas deviam estar pensando a mesma coisa que eu naquele momento, então seguiu o dia, e lá estava eu tendo uma das aulas que eu mais detesto, olhando aquela professora com cara de rabo, e pensando:
- "me tira daqui".
E o alarme de incêndio da escola passou a tocar, como se alguém tivesse me escutado, não houve evacuação alguma, mais a professora saiu para verificar e logo foi constatado que era um falso alarme, mais esse tempo foi o suficiente para que a aula chegasse ao fim e eu conseguisse sair, outra coincidência, talvez, provavelmente outras pessoas pensando a mesma coisa, alguém foi ao banheiro e soou o alarme, possível, no intervalo desejei um sonho bem recheado, já que as coisas estavam se realizando, e não aconteceu, não era eu.
Quando vindo em minha direção, estava aquela, que nem preciso citar o nome para não estragar meu dia estava vindo, e eu pensei:
- "que ela desapareça da minha frente".
E foi exatamente o que aconteceu, ela virou o pé, não sei de que forma o quebrando, ela conseguiu quebrar o pé em um chão liso e reto, andando de tênis, aquilo só podia ter sido meu pensamento, eu não podia criar coisas que não existem, mais podia afetar as que existem.

domingo, 28 de setembro de 2014

Conto 21 - Parte 1

Dês do início de minha infância que escuto histórias da vida de meu pai, que convivo com meus avós paternos como se fosse tudo normal, mais por outro lado a vida de minha mãe é como uma incógnita, não existe histórias,  pelo menos nunca me foram contadas, não existem fotos, ou como as histórias, nunca me foram mostradas, e ainda não existe parentes algum, não conheço meus avós, não sei quem são ou se existiram, sempre pensei que minha mãe tivesse crescido em um orfanato ou algo do tipo e talvez tudo aquilo fosse muito traumático para ele e devido a isso ela não conseguisse falar, mais sempre existiu algo nesse pensamento que me incomodava, algo que faltava, como se tal dedução fosse errada.
Acredito que minha dúvida se deve a uma meia lembrança que tenho de um homem vindo a nossa porta e minha mãe fechando a porta em sua cara como se não desejasse de forma alguma falar com ele, mais o que ficou em minha mente o que eu nunca esqueci foram duas coisas marcantes, a primeira que ele chamou minha mãe de Liz, forma que nunca vi ninguém chamar e a segunda foi o fato de termos nos mudado quase que imediatamente daquele lugar, por mais que ainda não deixássemos de visitar os parentes de meu pai, se tínhamos algo do que fugir por que voltar a um lugar fixo, isso sempre me deixou incomodada. Mas aquela lembrança era incerta a figura do homem não era nítida e eu nunca mais ouvi nada sobre ele naquela casa.
Os anos se passavam e conforme eu crescia comecei a perguntar sobre a família de minha mãe e toda vez ela se esquivava, ela poderia ao menos falar que não estava disposta a entrar no assunto, que era muito triste para comentar, que trazia más lembranças,  mais não, ou ela mudava de assunto, ou me deixava falando sozinha, até o dia em que ouvi pela primeira vez a palavra passado saindo de sua boca, eu tinha completado 15 anos quando fortes dores começaram, dores distintas, por diversas partes do meu corpo, iam e vinha, como se algo estivesse dentro de mim, como se algo desejasse sair de meu corpo com toda força, fomos a vários médicos, de um especialista a outro nada era encontrado, fiz todos os exames possíveis e imagináveis, e nada foi encontrado, aos poucos era como se eu me adaptasse,  mais no meio de tudo, um dia enquanto achavam que eu dormia minha mãe falou:
- Eu sabia que um dia o passado voltaria para me assombrar.
Durante aquele ano meu corpo mudou eu podia sentir, era como se eu tivesse renascido, como se algo dentro de mim tivesse nascido, um força estranha, algo que eu não podia explicar, e as dores passaram.

domingo, 21 de setembro de 2014

5 anos

Agradeço a todos aqueles que lêem meus contos, esse mês o blog comemora seu quinto aniversário entre muitas idas e vindas, mas sempre se mantendo, agora com toda postagem aos domingos, e que venha mais cinco anos de muitos contos pela frente, espero que gostem do  que está por vir.

Obrigado por seguirem meus contos cheios de falhas.

Sr. Dos Contos.

Conto 20 - Parte Final

Tinha se decidido que havia sido amaldiçoada por aquele velho, que a única forma de melhorar sua vida era encontra-lo, mas como podemos fazer para encontrar alguém que não fazemos idéia alguma quem seja, onde esteja, e seja apenas um nome!
Ele poderia ser um rico vivendo em uma mansão, uma pessoa com a vida normal vivendo em um bairro comum, um pobre vivendo em um bairro simples, um nomade vivendo pelo mundo, ou seja, poderia ser qualquer coisa, em qualquer hipótese, como fazer para encontra-lo?
Muitas dúvidas, muitas direções, poucas pistas, pistas, era isso, todo bom filme de investigação começo com boas pistas, a única coisa certa sobre ele que ela possui é sua aparência, ela saberia descreve-lo perfeitamente, assim como a polícia fazia para identificar um criminoso ela poderia criar um retrato, esse já seria o começo, decidida foi até a praça da Sé onde tinha um conhecid que desenhava as pessoas que via, pediu se ele poderia lhe ajudar e por algum dinheiro ele o fez, conforme ela descrevia ele desenhava, algumas correções, algumas mudanças e lá estava, ele havia conseguido fazer o retrato do homem que possivelmente tinha estragado sua vida.
Os dias passavam e não adiantava, o retrato estava perfeito, mas ninguém tinha visto aquele homem, ela tinha andado por todos os lados todos os lugares e ninguém sabia onde estava aquela pessoa, ninguém tinha o visto, era como se ele nem existido, um fantasma que apareceu para transformar sua vida em uma desgraça e desapareceu.
Seu nome, seu rosto não eram o suficiente para conseguir encontrar o local onde vive, de tanto andar procurando suas pernas começavam a doer, seu trabalho tinha sido deixado de lado, sua casa acumulando teias e poeira, tudo deixado de lado, menos os problemas que pareciam persegui-la, tinha que resolver aquilo, as contas venciam, água e luz estavam cortadas, mesmo parando na rua era como se não existisse, passou a implorar e nem esmola ganhava.
Decidiu que se não o encontrava outro meio teria, foi um centro de umbanda pedir ajuda, fez as oferendas que lhe foram ditas e não adiantou, foi a um centro espírita, passou por orações, passou pela mesa branca, foi a diversas igrejas cristãs, recebeu mais orações, despachos, fez promessas, sacrifícios, foi a todos os lugares possíveis  imagináveis, e nada resolveu, vendeu a casa para poder pagar alguns auxílio, comprou um barraco para ter onde morar e o resto do dinheiro iria auxiliar por algum tempo que passou como um furação e logo a situação estava igual, vendeu o barraco, comprou um espaço novamente em baixo da ponte em que viva, se você pensa que ela voltou a vida que tinha antes, se enganou, estava pior, pois antes ainda tinha alguns clientes, agora não tinha nada, pegou o seu último dinheiro e se deu o luxo de comer um pão com mortadela no mercado municipal.
Sentada se desfrutando do que em sua cabeça seria seu último pão com mortadela do mercado municipal tinha deixado a imagem do homem que ainda procurava em cima da mesa, quando a garçonete falou:
- Nossa está igual ele mesmo.
Ela mais do que de pressa perguntou:
- Você conhece esse senhor?
- Claro ele está acampado com um grupo do outro lado da avenida ali naquele estacionamento onde era o balança.
Respondeu a garçonete.
Ela meio que em desespero levantou e saiu direto ao encontro daquele homem, correndo avistando ele, atravessou a avenida do estado não percebendo que ele fazia sinal para ela parar, pois vinha um caminhão em sua direção que pela distância não conseguiu parar, dando um fim ao que ela acreditava ser uma maldição, assim como deu um fim a sua existência

domingo, 14 de setembro de 2014

Conto 20 - Parte 6

Depois de algumas multas, dinheiro do advogado, e regularização de documentos Suzete não tinha mais dinheiro algum, ela estava então de volta às ruas, com a casa ela conseguia o dinheiro para comer e pagar as contas basicas, levaria uma vida restrita e calma ao menos.
Tudo estava melhor do que antes de viver na rua, não estava tão bem quanto quando conheceu o apresentador, mas eessttaava dando para levar a vida, quando andando para praça da Sé, ela se deparou com um buraco que não percebeu, indo diretamente ao chão, sua mesinha ficou destroçada, mas não menos que o seu pé, que doía gritantemente, graças a umas almas caridosa a ambulância só levou quase uma hora para chegar, mais alguns 30 minutos para ir até o hospital, e mais quase duas horas para um atendimento adequado, ou seja, aplicação do analgésico, depois da dor acalmada mais algum tempo para colocar o gesso, tudo terminado hora de voltar para casa andando. 
O médico havia lhe dito para não andar por pelo menos duas semanas, o que era impossível para ela que precisava trabalhar, refez sua bancada, o que lhe rendeu pouco gasto com pregos, e voltou imediatamente ao trabalho, com alguma dificuldade para andar mais fazendo o que podia.
Depois de uma semana trabalhando com dor e com o gesso na perna resolveu tira-lo, a dor não tinha diminuído já que não tinha dinheiro para comprar os remédios, ao retirar o gesso sua pele estava preta, algo estava muito pior assim voltou a hospital, logo após várias horas conseguiu ser atendida, conseguiu tomar algumas medicações e receber um tratamento adequado, mas saindo do hospital não poderia comprar os remédios e tudo iria piorar a situação, resolveu ligar para algumas pessoas, seus antigos clientes e conseguir ajudar, depois de muito ligar conseguiu alguém para comprar seus remédios e mais nada, quase três meses depois seu pé estava normal.
Voltando a sua rotina normal estava na rua trabalhando como sempre começou a cair o mundo, uma chuva desesperadora caía em sua cabeça, correu para casa o que não adiantou muito, conseguiu salvar seu baralho, mas somente ele ficou seco, seu corpo e sua roupa poderiam encher um galão de água, o que levou alguns dias para secar, alguns dias parada, pois havia vendido suas roupas chiques para pagar as contas ficando apenas com uma roupa, e devido a chuva uma tosse e o nariz escorrendo o que estava impedindo de trabalhar, quando a roupa secou voltou às ruas e o primeiro dinheiro comprou um anti gripal para melhorar a tosse e a coriza. 
As semanas passam e nada a tosse continua, a coriza passou e a tosse não, hora de ir ao médico, mas como ir ao médico sem dinheiro, sobrava o posto de saúde, que depois de muito chá de cadeira conseguiu uma chapa e uma pneumonia.
Tanta desgraça lembrou que a muito tempo atrás tinha se encontrado com um velho que havia lhe previsto muita desgraça em seu caminho, e lebrou-se que ele se chamava Vladimir Romani, o sobrenome que ela usou, só poderia ser uma maldição.

domingo, 7 de setembro de 2014

Conto 20 - Parte 5

Sem clientes e sem ajuda nossa protagonista não tinha mais uma fonte de renda, mais tinha sempre novas pessoas e ainda tinha sua casa, ou pelo menos foi esse pensamento que a ajudou para continuar em frente.
Quem já tinha passado por tantas coisas poderia passar por mais essas dificuldades sem problema, mas ela não desistia de ligar para o apresentador quem a ajudou até receber um cartão dizendo:
Acreditamos no que queremos enquanto convém 
Até que aquilo passa a dar errado e vemos,
Que só Deus pode saber o verdadeiro caminho
Boa sorte na sua jornada
Que Deus te ilumine.
Se ele teve sorte parecia naquele momento que tinha acabado, mais ainda lhe restava uma bela casa e algum dinheiro para se manter por algum tempo.
Tudo seguia normal, não completamente bem, mas para alguém que já tinha morado na rua o que era comer de forma simples e economizar nas contas, andava o dia todo pela rua trabalhando, ainda tinha fotos com famosos e pessoas que pagassem por suas leituras.
Com o tempo que estava passando fora de casa consegui se livrar por um tempo do mal que estava por vir até que fosse inevitável, uma carta intimando ela a comparecer à justiça, devido ao seu passado ela temia o pior, mas não poderia fugir dessa intimação, pegou um pouco do dinheiro e contratou um advogado e seguiu para o tribunal.
Chegando lá seu advogado lhe perguntou:
- Você trouxe todos os documentos como mandei?
- Sim claro. Respondeu mais do que de pressa.
- A multa vai ser alta mais vamos resolver. Disse o advogado para acalma-la.
O que de nada resolvia, pois seu medo do que poderia ser fazia suar como se estivesse correndo a maratona. O advogado vendo seu nervosismo tentou acalmar dizendo:
- Iremos culpar o programa por registrar a casa no seu nome fantasia.
Ao escutar aquilo ela se acalmou, mas não muito.

domingo, 31 de agosto de 2014

Conto 20 - Parte 4

Uma semana se passou dês da estranha visita que Suzete tinha recebido que ela já tava quase esquecido o acontecido, quando uma tarde houve um problema com o encanamento de sua casa, toda vez que ela abria a torneira um barulho muito estranho aparecia, resolveu que o melhor era chamar um encanador, que chegou e não tinha problema algum, chamou outro e nada, mais um que cobrou muito mais caro, revirou a casa toda e como todos os outros não deu em nada.
E isso das torneiras passou para luz, do encanador passou para o eletricista, e novamente, nada, era só os técnicos chegarem que o problema desaparecia, aos poucos Suzete começou a achar que o problema estava dentro de sua cabeça, então lembrou daquilo que havia acontecido com o velho e pensou que talvez estivesse impressionada com tudo aquilo e que talvez fosse hora de arrumar uma companhia, foi a um abrigo de animais e escolheu um gato para morar com ela, uma semana se passou e tudo parecia que estava bem.
Foi almoçar e servir a comida quando viu que ele não havia comido o que ela havia posto no dia anterior, achando aquilo estranho começou a procura-lo e não o encontrava, aquilo era muito estranho, ela procurou, procurou, e não encontrou em lugar algum, chamava, chamava e não o encontrava,  novamente lembrou da palavras do velho e novamente pensou que estava ficando louca com tudo aquilo, gato são criaturas livres e ele provavelmente estava atrás de alguma gatinha e por isso na havia voltado, mais um dia se passou e a comida estava sem ser tocada, depois de quase uma semana, a comida não tinha sido tocada e nada do gato.
Só que havia um problema ainda maior que estava acontecendo, os clientes estavam faltando, as consultas que ela tinha marcada estavam passando e as pessoas como o gato desaparecendo, algumas nem mesmo atendiam, outras davam desculpas e não apareciam, preocupada com os custos de sua vida resolveu ligar para o apresentador que havia lhe ajudado a primeira vez e nem mesmo ele atendeu.
Quando o primeiro problema voltou, as paredes da casa começaram a ficar mofada, algum encanamento que ninguém encontrou estava vazando e estragando todas as paredes que tinham encanamento, como se toda a podridão que tinha sido feito em seu passado estava refletindo nas paredes da casa.
Para resolver o problema pegou um pouco do dinheiro que tinha guardado pintou as paredes e trocou de casa.

domingo, 24 de agosto de 2014

Conto 20 - Parte 3

A empatia de Suzete era um tanto quanto apurada e isso fazia com que ela conseguisse acertar diversas "profecias", ela olhava a pessoa construía um perfil mental e abria as cartas, mas aquele velho era tão estranho, parecia que o óbvio não era o óbvio.
Nossa protagonista não sabia o que fazer quando o senhor retirou do bolso interno de seu paletó, que ela não conseguia decifrar se era muito caro e chique, ou velho, barato e surrado, olhava em seus olhos e não conseguia decifrar se era um velho que passou por tudo e muito sabia da vida, ou se era um berço de ouro e viveu uma vida cheia de luxo, sua pele tinha rugas mais era bem tratado, não sabendo se ele tinha plásticas ou muito cuidado, anéis que não poderiam justificar uma aliança para definir uma família ou um solteirão convicto, tudo isso circulava em sua mente quando viu o baralho cigano saindo de seu bolso e escutou:
- Corte
Não sabia se cortava ou se tirava os olhos do símbolo tatuado em sua mão, ela não conseguia decifrar o que era o símbolo, mais ele estava impregnado em sua mente, assim ela cortou sem perceber o que fazia hipnotizada pela tatuagem.
O velho então abriu as cartas e lhe disse:
- Muitas mentiras rondam seu passado, mentiras que fizeram de você uma pessoa infeliz e quase miserável, você conseguiu mudar sua situação com base em uma outra mentira que falsamente lhe trouxe uma estabilidade e uma nova vida, mas isso logo vai ruir, pois uma mentira que bagunça com crenças antigas vão levar as sua vida para algo ainda muito pior.
Seus olhos encheram-se de lágrimas, mas ela precisava se manter forte e disse ao senhor:
- Que previsões mais sinistras as do senhor, sendo que a grande cartomante aqui sou eu, uma piada engraçada essa, quem lhe mandou aqui para brincar comigo?
O velho se levantou, deu as costas e saindo lhe disse:
- Não chame de sinistra ou de piada aquilo que sabe que é verdade. 
Ele continuou saindo, então ela lhe perguntou:
- Diga-me quem é você?
Ele sem se virar respondeu:
- Vladimir Romani.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Conto 20 - Parte 2

Um belo dia sem chamar muita atenção o apresentador aparece na praça da Sé e diz para Suzete;
- Olá lembrasse de mim?
Ela mais que imediatamente retira a foto toda surrada de seu bolso e responde:
- Claro que me lembro foi um dos dias mais importantes da minha vida, eu lembro deles todos os dias e conto para todos que você veio até minha pequena banca e deixou que eu abrisse as cartas para você.
- Então tudo o que você me disse naquele dia aconteceu, você se lembra, e eu gostaria de compensa-la por isso, antes, naquele dia eu não acreditava nesse tipo de coisa, mas depois daquele dia eu vi que é real e passei a acreditar e queria como retribuição contar a todos no meu programa sua história e tentar ajuda-la.
Sabendo da história do apresentador Suzete mais do que imediatamente resolveu que sim, ele sempre ajuda as pessoas por que ser ajudada por ele.
No dia seguinte lá estavam todas as câmeras, e a produção prontos para contar a história de vida da Madame Clotilde, mas como Suzete iria contar sua história real, ela sabia que se contasse quem realmente era tudo iria por água a baixo, ela tinha que arrumar um jeito de fugir daquilo, então na noite anterior arrumou um documento falso onde seu nome era Clotilde Romani, ela tinha lido em um livro que esse era um nome de uma família de ciganos famosa.
Assim contou sua história, onde após engravidar de um não cigano, ela foi abandonada por sua família cigana, onde ela passou a viver na rua e ler as cartas que eram um presente de sua avó, sua única herança familiar, o programa foi um sucesso e Suzete começou a aparecer em vários programas e sua vida foi ficando cada vez melhor, conseguiu uma casa dada pelo apresentador na vila Mariana, onde passou a atender vários artistas, mas para manter sua imagem ainda atendia seus clientes da praça da Sé, até que um dia um senhor com várias pulseiras douradas apareceu a sua porta.

domingo, 10 de agosto de 2014

Conto 20 - Parte 1

Essa é a triste história de Suzete, ou como ela é conhecida na praça da Sé, madame Clotilde, a cartomante, todos os dias ela acordava cedo de sua residência, ou de sua pequena construção de papelão e compensado em baixo do viaduto leste-oeste próximo a Av. do Estado, subia a Rua Tabatinguera com sua mesinha e suas duas cadeiras e seu tarô comprado em uma revista velha no cebo mais barato que encontrou, senta e passa o dia todo com seu vestido de cigana, suas pulseiras e colares que ela mesma produziu com coisas que ela encontrou em sua época de sem teto.
Tudo isto está te dando pena de nossa protagonista, não fique, diriam os que a conheceram antes de estar em tal situação que o que ela tem hoje em dia é muito mais do que ela merecia por tudo o que ela fez, mas esse assunto não importa mais, tudo o que está no passado, ficou no passado, Madame Clotilde hoje possui até um clientela que acredita que os dons de leitura de Suzete são realmente reais.
O dia de sorte de Suzete estava chegando, um famoso apresentador de uma das maiores redes de televisão estava gravando seu programa na praça da Sé e viu nossa Suzete no mesmo lugar que ela fica todos os dias e se aproximou dizendo:
- Olá temos uma vidente em um lugar desses, poderia ler meu futuro?
Madame Clotilde sacou seu baralho velho e surrado pensou no óbvio e lhe disse:
- Daqui um tempo você se casará com uma apresentadora do mesmo canal que você e terão dois filhos homens.
O apresentador riu terminou seu trabalho e foi embora, alguns anos depois o óbvio aconteceu, e ele lembrou do que havia lhe dito Madame Clotilde

sábado, 12 de julho de 2014

Conto 19 - parte final

As sombras tomaram a luz e pude tudo ver como se meus olhos estivessem preparados para aquela escuridão, e meus ouvidos aguçados na luz, super poderosos na noite, escutava então a conversa que se seguia:
- Amanhã vamos nos encontrar com o líder deles, aqueles idiotas acreditam e, tudo o que dizermos, vamos tentar mostrar que estamos dispostos a negociações e quando tudo estiver preparado matamos os homens ficamos com as mulheres e usamos as crianças para serviços.
Então um deles falou:
- E o que fazemos com aquele que se entregou? Ele não disse nada e parece não querer falar diferente aquele outro que encontramos.
- Nós o matamos depois.
Provavelmente estavam falando de meu pai, mais o que fazer, como sair dali??? Foi então que o sentimento de impotência foi sendo tomado pelo sentimento de ódio, que o sentimento de vingança se tornou força e as sombras da noite foram se tornando cada vez mais forte, que a escuridão foi tomando conta da luz que iluminava a noite as artificiais e as naturais, e a sombra levantou a grade de bambu que me prendia, eles em desespero nada podiam ver, não podia se escutar, enquanto eu podia fazer tudo naturalmente como se aquele fosse meu habitat, como se aquele fosse meu lugar, era aquele meu poder? Não importava coloquei as entranhas de cada um para fora um por um, naquele momento pensei:
- Meu Xaré está completamente errado, não existe paz, só ódio e guerra.
O dia clareou e lá chegou meu pai, que ao me vê sentado esperando olhou ainda mais triste do que no dia em que me mandou embora, pude sentir o cerco e se flechas apontadas para mim, que antes tivessem me matado para não escutar aquelas palavras que diziam:
- Nem a solidão lhe fez entender.
Ele mais nada disse e mesmo que eu pudesse explicar nada mudaria, todos se foram, e a noite caiu, senti uma presença se aproximando, aquela presença daquele dia, e ela me disse:
- Você é o oitavo filho de Tau

Conto 19 - parte 8

As sombras pareciam possuir vida, elas viam ao meu corpo como se fosse fazer parte do meu ser, uma leve dor como se meu corpo se entregasse as sombras como se nada que existisse pudesse dete-las de se juntar a mim, como se a minha forma fosse ser a forma de uma sombra, ele é eu em um só e por um instante eu nada podia ver, nada podia ser percebido ou mesmo sentido, é assim me vi se fome, sem cansaço e frente a luz da manhã, eu poderia estar delirante, poderia estar em um sonho que fez tudo a minha volta parece algo que realizasse o desejo que estava por ajuda juntamente com o desespero que eu estava por estar só sem nada a escutar, somente frente às sombras da noite, mas se isso fosse eu não poderia estar sem necessidade alguma, somente com minha sede de proteção, aquilo tinha acontecido e estava na hora de descobrir o que fazer com o que tinha me acontecido.
Acalmei minha mente, silenciei meu ser e os sons a mata voltaram, não só voltaram, como eu podia senti-los mais profundamente, o sentimento de bondade vindo deles, meio que dava-me um enjôo com um certo incômodo estranho, mas não era o momento de pensar nisso tinha algo mais importante para lidar, um lugar que tinha que ir e para lá fui.
Ao chegar à tribo dos sem cor eles estranharam a minha presença e imediatamente vieram armados para me enfrentar, cautela como diria meu Xaré e amistozidade era o que eu tinha para oferecer, ao contrário deles que imediatamente me colocaram em um buraco e me fecharam lá, dizendo:
- Este é um dos índios que vimos, daquela tribo que estamos pensando em invadir.
Aquilo foi muito estranho pude entender o que diziam, ao mesmo tempo eu sabia que não era à mesma língua que estava acostumado também sabia o que diziam, esse mais uma das habilidades que havia adquirido, estava pronto para descobrir mais, eu tinha a vantagem, mas primeiro tinha que descobrir como sair daquele buraco.

Conto 19 - parte 7

Chamei pela criatura, gritei mil palavras chamei nos idiomas que conhecia e nada, algumas noites se passaram e não havia uma noite que não chamava a criatura mais negra que a noite para me ajudar, para me dar a esperança que faltava para salvar meu povo e ela não aparecia, deixei de comer, deixei de beber água, passava os dias dormindo e as noites chamando, nenhum som ouvia a minha volta, como se não houvessem criaturas na escuridão, o que tornava tudo ainda mais estranho.
Quando já  não possuía mais forças, quando achei que seria comido, vi um vulto nas sombras, o maldito que eu era estava pronto a me entregar e deixar que o que tivesse que ser fosse, então fui levantado e escutei.
- Tenho sete filhos e todos os mantiveram até este momento aqui esperando a minha volta, fui a lugares que necessitavam de mim, assim como você necessita agora, não posso negar que o que tenho a lhe oferecer em sua situação parece uma grane solução mais toda vantagem tem grandes desvantagens, tem certeza que está pronto para ser um dos meus???
E me perguntou com sua voz sombria, não era mais aquela criatura escura como a noite mais densa, não, era um ser que se assemelhava a mim, um ser que pode me levantar e mal pude sentir, não sabia o que realmente responder, mas possuía uma vontade maior, possuía um caminho a ser seguido que não poderia fazer sem ajuda e naquele momento só tinha aquela, então lhe disse: sim. E mais nada

domingo, 26 de janeiro de 2014

Conto 19 - Parte 6

Durante muito tempo corri, corri, corri, ao mesmo tempo que estava sem caminho, sabia o que tinha que encontrar, precisava de um meio para quê meu Xaré escutasse, e para que juntasse todos os nossos guerreiros e os mandassem junto comigo para a caçada.
Como já era o esperado ele nada sei me disse novamente em palavras duras:
- não vou enfrentar uma guerra com a qual não podem conviver.
Sai dali como a um ser sem forças naturais em seu corpo como se uma escuridão noturna dominasse meu corpo e algo muito maior que minha carne e ossos, eu sabia que aqueles malditos sem cor não estavam prontos para uma solução amigável nem mesmo para a tal paz que meu Xaré se referia eu tinha que fazer algo, então fui a tenda falar com os guerreiros,  homens que já tinham enfrentado coisas piores, e lhes disse:
- Encontrei a tribo dos sem cor podemos resolver o mal antes que se torne um problema.
Antes que pudesse dizer mais algumas palavras atrás de mim apareceu ele, meu Xaré, com um olhar que nunca esperei, mais hoje posso ver que aquela era uma atitude que ele também nunca esperou, olhou em meus olhos e pude sentir sua tristeza e ouviram suas palavras:
-Aqui ele já não mais viverá, entre nós ele não será mais visto como mais um sua atitude é pior que a dos sem cor porque mesmo que todos sejamos levados para outro lugar e soframos por isso será pela mão de alguém que a nada nos está conectado, o ato que cometeste não foi contra mim, mas contra a honra dos nossos e de toda nossa tribo, morro com honra antes de trair um dos meus.
Sabia o que tinha que fazer e o fiz.
Depois de algum tempo na floresta na mesma posição, depois do céu clarear e escurecer me veio a cabeça:
- Posso não estar mais ao lado deles, mas nunca deixarei de ser um deles, ( ou pelo menos era isso que eu acreditava), tenho que fazer algo para ajuda-los mesmo que não contasse com ajuda alguma, no meio da escuridão da floresta chamei

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Conto 19 - parte 5

Estava andando e a noite caindo, sem rumo caminhava buscando algo que não sabia o que!!
Tudo o que eu não queria encontrar eu sabia muito bem p que era, mais tudo aquilo que costumamos desejar costuma vir sempre o contrário não foi dessa vez que me aconteceria diferente.
Conforme a noite caia meus olhos se adaptaram a escuridão, eu via tudo com uma certa clareza, quando uma sobra que não conseguia distinguir veio se aproximando, em meu coração eu sabia que se fosse para entregar minha vida o melhor a ser feito era deixar a natureza seguir seu curso e não morrer pelo fogo.
Lentamente como se me espreita-se a onça preta chegou mais ela não me atacou, não me matou, ela olhou em meus olhos como se eu pudesse entender o que desejava, se virou e seguiu, quando nada fiz ela parou olhou para trás e me olhou como se fosse para segui-la, então assim eu fiz.
Andamos por algum tempo e lembrei-me que o pajé havia me dito que seus deuses havia lhe mostrado que algo estava me seguindo, mas então quem era aquela onça negra, quem era aquela criatura que me levava sem me ferir?
Os pensamentos pairavam em minha cabeça quando a nossa frente estava o acampamento dos sem cor.
A todo momento aquela criatura queria ajudar, meus pensamentos mudaram, agora eu sabia o que fazer, sabia como resolver o meu problema, sabendo onde eles estavam eu poderia levar os guerreiros e acabar com tudo, voltei a tribo o mais rápido q pude.

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Conto 19 - parte 4

Depois de alguns dias sem falar com o pajé, era como se ele estivesse me evitando, resolvi que era hora de confronta-lo se alguém poderia me dizer o que me perseguiu era ele, me aproximei e disse:
- A alguns dias você me disse palavras fortes sobre algo como o caminho mais fácil, sobre o melhor a ser feito, sobre um mal, depois me diz não saber o que me assombra, como pode ter vindo de você palavras de cuidado e não vir de você o motivo do perigo?
A cara de espanto foi como uma reação automática, ele não sabia do que eu estava falando e me disse:
- Me pediu ajuda para entender o mal que se cercava, fui falar com a mãe dos animais para que pudesse me ajudar, tentei falar com a guardiã da natureza para encontrar mais respostas, mais foi só isso que fiz, não posso adverti-lo de algo que desconheço ou aconselha-lo em algo que nunca me foi dito, não entendo do que você está falando, só posso lhe dizer que aquilo que te persegue pode ser somente de você é não dá natureza.
Ele realmente não sabia o que havia me dito, alguma entidade talvez tivesse tentando me falar algo através dele? Ou talvez simplesmente eu tivesse com tanto medo dos homens sem cor que eu realmente estava criando coisas por medo, era tudo o que pensava quando um problema maior do que os meus problemas pessoais apareceram a minha frente.
Eu havia me perdido com meus problemas e deixado o grupo de caça sair sozinho naquele dia, algo do qual vou me lamentar eternamente, quando somente um, apenas um dos homens que haviam saído volta em desespero e coberto de sangue dizendo:
- Estávamos mirando em umas lebres e acharam que miravamos neles e com suas armas de trovão mataram a quase todos eu tentei fugir carregando os que ainda achei estarem vivos mais era tarde.
Logo após terminar desfaleceu.
Corri para meu Xaré para lhe contar o ocorrido e suas palavras imponentes vieram:
- No fim encontrasse paz, na guerra só existirá uma vida de tortura interna.
Um ódio me consumiu a passividade não era meu caminho, baixar a cabeça e esperar a morte pelo fogo não era meu jeito, é quando somos jovens a imprudência faz parte de nós, com toda ira dentro de mim, acabei por esquecer meu medo e parti floresta a dentro, naquela noite tudo iria mudar eu sentia e desejava aquela mudança.