sábado, 12 de julho de 2014

Conto 19 - parte 8

As sombras pareciam possuir vida, elas viam ao meu corpo como se fosse fazer parte do meu ser, uma leve dor como se meu corpo se entregasse as sombras como se nada que existisse pudesse dete-las de se juntar a mim, como se a minha forma fosse ser a forma de uma sombra, ele é eu em um só e por um instante eu nada podia ver, nada podia ser percebido ou mesmo sentido, é assim me vi se fome, sem cansaço e frente a luz da manhã, eu poderia estar delirante, poderia estar em um sonho que fez tudo a minha volta parece algo que realizasse o desejo que estava por ajuda juntamente com o desespero que eu estava por estar só sem nada a escutar, somente frente às sombras da noite, mas se isso fosse eu não poderia estar sem necessidade alguma, somente com minha sede de proteção, aquilo tinha acontecido e estava na hora de descobrir o que fazer com o que tinha me acontecido.
Acalmei minha mente, silenciei meu ser e os sons a mata voltaram, não só voltaram, como eu podia senti-los mais profundamente, o sentimento de bondade vindo deles, meio que dava-me um enjôo com um certo incômodo estranho, mas não era o momento de pensar nisso tinha algo mais importante para lidar, um lugar que tinha que ir e para lá fui.
Ao chegar à tribo dos sem cor eles estranharam a minha presença e imediatamente vieram armados para me enfrentar, cautela como diria meu Xaré e amistozidade era o que eu tinha para oferecer, ao contrário deles que imediatamente me colocaram em um buraco e me fecharam lá, dizendo:
- Este é um dos índios que vimos, daquela tribo que estamos pensando em invadir.
Aquilo foi muito estranho pude entender o que diziam, ao mesmo tempo eu sabia que não era à mesma língua que estava acostumado também sabia o que diziam, esse mais uma das habilidades que havia adquirido, estava pronto para descobrir mais, eu tinha a vantagem, mas primeiro tinha que descobrir como sair daquele buraco.

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