quinta-feira, 29 de abril de 2010

Conto 7 - parte 1


Meu dia não podia ser pior, tudo o que podia acontecer na vida de uma pessoa estava acontecendo comigo, naquele maldito dia.

A primeira coisa que aconteceu foi que recebi uma bela carta de minha esposa que havia me deixado há duas semanas e estava na casa de sua mãe, a carta era mai uma intimação, a intimação de nosso divorcio, estávamos casados há quase dez anos e possuíamos uma filha de oito anos, uma bela criança que sempre estava sorrindo, até que seus pais começaram discutir. Coisa que não durou muito tempo já que minha esposa não agüenta as coisas por muito tempo.

Perder a mulher já não era o suficiente, ao chegar no emprego meu patrão veio dizendo com muita tranqüilidade que a empresa estava passando por algumas mudanças importantes e no meio dessa mudanças o quadro de funcionários estava sofrendo algumas mudanças, só que o problema de tudo isso era que meu nome não estava indicado para essas mudanças, não teria sido mais fácil me dizer que eu estava perdendo o emprego.

Para piorar eu estava indo para casa depois de recolher todas as minhas coisas do trabalho e ir para casa, no caminho o carro deu o prazer de estourar o pneu, para piorar tudo o meu estape estava velho e gasto, que provavelmente eu já havia trocado e o colocado ali.

Até aquele momento tudo estava indo muito bem, quando começou a chover, não podia ser melhor para deixar o meu dia ainda mais agradável. Não tinha muito o que fazer, sai no meio da chuva e fui trocar o maldito pneu, que parecia ter sido colocado por uma maquina de tão forte que havia apertado o maldito, tive que subir em cima da chave estrela para soltar o parafuso, depois de muito trabalho e muita água eu consegui trocar o pneu e conseguir a minha caminhada da felicidade.

O que eu não esperava era que meu dia ainda tinha muitas coisas para acontecer, eu estava no transito quando alguém passou ao meu lado colado, como se não estivesse em situações muito normais, o meu carro por um momento deslizou, no mesmo momento pensei naquele pneu maldito que estava gasto e como se no mesmo momento em que eu pensava ele deslizou por causa daquela chuva.

O carro começou a ficar descontrolado, tentei girar para um lado mais o carro não obedecia e queria ir para o outro, começou a rodar no meio da pista, naquele momento agradeci ter sido demitido, já que o tempo que levei para recolher todas as minhas coisas passou o tempo de ter muitas pessoas na estrada, enquanto tudo passava pela minha cabeça o carro girava e eu pensando no que era melhor a ser feito pisei no freio com uma força maior do que a que o carro estava preparado para frear, e o freio não serviu para parar somente o carro ele serviu para fazer o carro rodar de uma forma pior, acabei capotando.

Vi todo o mundo girar pela estrada, e não sei quanto tempo se passou até que vi os paramédicos, vi a policia, os bombeiros, eram muitos, muitas pessoas, será que era tão grave assim? Não conseguia me movimentar muito e acabei desmaiando.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Conto 6 - Parte Final

Agora eu não teria muito que fazer e por mais que não gostasse do que ia fazer e não concordasse com o que ele estava fazendo eu no fundo de meu coração sabia que adoraria acabar com aquele maldito, só que eu não era tão inconseqüente e sabia dos problemas que poderia ter por matar ele e não queria enfrentar aquelas conseqüências, mas como ele havia me dito, lutar ou morrer, talvez a segunda opção fosse a melhor e eu não precisaria mais lidar com essa porcaria de duas vidas em um corpo, mas aceitar morrer pelas mãos daquele que matou meus pais não era o que eu desejava.

Tinha que lutar pela minha sobrevivência e naquela situação deixar de lutar não era a solução, poderia significar a minha morte, guardei uma das espadas e com as duas mãos juntei a outra em meu corpo, ele estranhou muito aquele meu movimento e disse:

- Achei que fosse deste reino, já que lutava com a mesma técnica que eu, mas essa posição é desconhecida, quem é você?

- Sou filho daquele que não teve chance de lutar dignamente contra você, pois se o tivesse feito você não estaria mais aqui. (lhe respondi)

Ao escutar o que lhe disse foi como se lembrasse de meu rosto ao ver minha mãe morta em seus braços, ele olhou fixamente em meus olhos e respondeu:

- Seu pai era um fraco, assim como você e esse seu estilo medíocre vou matá-lo assim como o matei.

Terminou de falar com as espadas quase em meu pescoço, mais o que ele não sabia era que meu estilo era um defesa absoluta e nada nem ninguém poderia vencer, meu pai havia me preparado para não deixar que nenhuma espada penetrasse meu corpo e ainda mais deixou seu estilo inacabado para que não fosse dele o estilo e sim nosso, e por uma ironia do meu destilo eu havia terminado meu estilo em decorrência das ciladas que ele havia preparado para me obrigar a ajudá-lo, só que no fim de tudo foi o que aconteceu, ele sabia que isso aconteceria e sabia que nossa situação se tornaria essa.

Enquanto pensava em todas essas coisas o samurai se enfurecia ainda mais de não conseguir se aproximar de meu corpo, todos os golpes que ele conseguia deferir contra a minha pessoa era desviado, tudo o que ele fazia era em vão para me acertar, sua raiva se tornava seu maior inimigo eu era apenas um poste que não pode ser vencido naquela luta ele aplicava mais golpes, com mais força, com mais técnica e nada me vencia, nem mesmo a sua experiência, então eu compreendi a raiva que tinha de meu pai, por melhor que ele fosse nunca o superou, por isso atacou com um grupo, era um fraco um covarde e não merecia o titulo de samurai.

Havia cansado de só me defender, havia cansado de ser o todo bom nesta historia toda era hora de contra-atacar, esperei só mais um ataque que veio e eu sabia que a segunda espada viria na diagonal na direção do braço que havia atacado primeiro, quando defendi a espada de cima me curvando levemente deitando a espada deu para sentir que ele acreditou que existia uma falha naquele movimento, mas foi ai que ele se enganou girei a espada para cima e em seguida a desci fazendo um movimento circular a surpresa do pobre samurai foi evidente já que meu movimento não só tirou seu primeiro ataque como foi direto para o segundo e para ser pior a situação no termino do giro só precisei puxar o braço levemente para trás e cravar a minha espada em seu peito, mas a minha intenção não era matá-lo, sabendo que poderia estar cometendo um erro faltar atravessei a espada em seu ombro, mostrando que ali poderia tê-lo matado se assim desejasse, minha vingança estava maior do que o outro eu desejava, pois agora ele não só saberia pela eternidade que perdeu a mulher que amava, mais que o estilo criado por aquele que a amou realmente o venceu de uma forma que ele nunca entenderia.

domingo, 18 de abril de 2010

Conto 6 - Parte 6

Comecei a tentar sair da cidade para que nada acontecesse, mas meus esforços foram em vão toda vez que eu saia ele voltava, e cada vez que voltava me colocava no meio de um combate, quando eu acordava estava no meio de uma batalha, meu estilo não era bom para lutar, mas minha defesa era impecável, os inimigos não conseguiam penetrá-la de modo algum, parecia que de algum modo ele estava além de tudo me treinando, eu não queria isso, mas era inevitável, quando percebi uma coisa eu estava fazendo o que ele queria, estava servindo para ser só um instrumento da sua vingança e a ultima coisa que eu queria era ajudá-lo, tinha que vencê-lo, só que não sabia o como, quando tive uma idéia, não iria lutar e muito menos sair da cidade, pensei que poderia ser prejudicial por que ele poderia pensar que eu aceitei lutar ao seu lado, a solução era sair da cidade e deixar acontecer.

Passado mais um dia eu estava pronto para mostrar para ele que eu não iria ser um aliado, muito menos uma cobaia para situação que ele estava armando, deixei que ele me deixasse em uma posição de combate novamente, se tínhamos o mesmo corpo tínhamos que dividir pelo menos as mesmas dores físicas. Diante daqueles lutadores bêbados de um bar qualquer que ele havia me deixado eu não fiz nada deixei as espadas no chão e deixei que me batessem até que eu desmaiasse, mas antes eu fiz questão de usar o sangue que saia de minha boca machucada para escrever em meu braço, não lutarei por vingança.

No outro dia acordei e estava em um lugar que nunca havia visto antes, um casebre abandonado que até pensei ser o mesmo que estava da outra vez, mas quando sai para olhar não era e o que mais surpreendeu foi que o casebre era distante do castelo de Ongi.

Achei que tinha conseguido um pouco de paz, mais o que eu consegui foi dor, meu corpo estava muito machucado, além do fato de eu não saber se ele fugiu ou se os venceu, algo serio poderia ter acontecido na cidade depois que eu desisti de lutar, ele pode ter matado todos e quase ter sido preso assim não poderíamos mais voltar de jeito nenhum, ou ele pode ter fugido e aquele grupo era de pessoas perigosas por este motivo ele percebeu que o melhor a fazer era se afastar um pouco, tinham tantas idéias sobre o que poderia ter acontecido, mas uma coisa me tranqüilizava, naquela situação era impossível sair dali, com este alivio eu poderia agüentar a dor que fosse pelo tempo que fosse, ou até me bater um pouco mais para conseguir ficar mais tempo ali, estava tendo algumas idéias sobre o que fazer.

Estava fazendo tantos planos quando eu percebi o quanto realmente felicidade de um só quando se é dois pode durar muito pouco, achei que ele não conseguiria nos curar muito rápido ou que não conseguiríamos sair por algum outro problema, mas inexplicavelmente meu corpo havia se curado em uma velocidade que nunca havia visto antes e lá estávamos nós novamente em Ongi, este era outro mistério que eu queria muito desvendar, como ele conseguia se movimentar tão rápido e eu não, tínhamos o mesmo corpo, as mesmas pernas o que nos tornava diferentes ao ponto de não termos a mesma velocidade? Isso era outro mistério que eu tinha que desvendar, mas que não foi tão complicado criar uma hipótese, pois logo pensei: “Se nosso pai foi capaz de ensinar técnicas diferentes para cada um ele pode ter ensinado alguma técnica de velocidade para ele e o que fez chegarmos tão rápido em Miesak foi está técnica, já que meu pai e ele a possuem conseguiram diminuir o tempo.

Outro problema aparecia em minha vida por não ser apenas um, só que agora uma coisa estava ainda mais estranha, eu estava em Ongi, mas todas as vezes que eu me encontrava em Ongi era no meio de uma confusão de uma briga, agora não era, o que poderia estar acontecendo? O que ele estava planejando fazer? Estava pensando nestas coisas quando senti que possuía algum em minha roupa, era um bilhete dizendo:

Da próxima será lutar ou morrer

Pensei em tentar imaginar o que poderia estar acontecendo. Mas resolvi que não ia mais me preocupar com o que ele estava fazendo era inevitável mesmo eu ia acabar em uma situação difícil, era só arrumar uma maneira de sair dela sem que fosse aquilo que ele espera.

Achei que conseguiria não fazer o que ele planejava, mas no dia seguinte quando acordei estava com as duas espadas em minhas mãos, muito sangue nelas, alguns samurais e outras pessoas caídas no chão mortas e a minha frente o samurai que havia matado meus pais.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Conto 6 - Parte 5

Aquilo me deixou perturbado como ele escreveu no braço dele e estava no meu, quem era ele? Eu? Não sabia se era real ou não, mais uma coisa eu tinha certeza era impossível ele ter chego ali, era impossível ele ter me seguido, eu tinha que acreditar que ele era eu? Não sabia o que fazer, então resolvi que o melhor a fazer era tirar a prova, escrevi na sola do meu pé uma coisa e bebi até desmaiar, mais antes lhe escrevi um bilhete dizendo:

Prove que eu sou você.

Acordei no outro dia com uma grande dor de cabeça muito grande, mas estava escrito no bilhete o seguinte:

Idiota, Pensou que eu nunca leria que no seu pé está escrito, olhe sempre com humildade, só uma frase sua para estar a baixo de seu pé, agora que você entendeu preciso de sua ajuda.

Minha ajuda? Em que sentido? Tudo o que eu percebi ele podia usar meu corpo quando eu não estava usando, eu não sentia cansaço, era como se o corpo fosse de duas pessoas, eu tenho um corpo, mas eles valiam por dois, era engraçado, mais e agora o que ele queria da minha pessoa? Já que ele fazia tudo sozinho, eu não entendia o por que era só ele utilizar o tempo dele com o corpo e não atrapalhar a minha vida, só se o problema de tudo estava em estragar minha vida ou eu estragar os planos dele, estava pensando diversas coisas quando uma em especial veio a minha cabeça: “Quem era o verdadeiro?”. Este foi o problema principal, até mesmo por que ele poderia existir a muito tempo ou a pouco, eu não me lembro de acordar em lugar estranho, talvez eu tivesse criado essa outra personalidade por causa da perda dos meus pais, que coisas estranhas eram essas que eu estava falando? O que era tudo aquilo? Eu tinha que descobrir, mais antes de descobrir eu tinha que saber o que ele queria de mim. Para descobrir isso tinha que escrever e foi o que fiz:

Antes de saber se vou ajudá-lo preciso saber no que quer minha ajuda.

Tinha que esperar a resposta, resolvi andar um pouco pela cidade para saber o que fazer, mas quando comecei a me aproximar do Reino quando vi alguém aparecendo, ele estava com uma armadura samurai com o símbolo do Reino de Ongi, podia ser um problema ou não, só que eu não estava em um momento de descobrir, mais não tinha muito espaço para me esconder, ainda não sabia o melhor a fazer quando ele colocou o cavalo para correr se aproximando mais rápido de mim.

Correr não resolveria o meu problema, tinha a espadas dele, qualquer coisa eu poderia me defender, o que fazer eu ainda não sabia, mais uma coisa eu tinha certeza, tinha que me manter vivo para saber o que era o melhor a fazer, estava quase a uma distancia que eu poderia atacá-lo quando ele jogou o cavalo para cima do meu corpo, depois disso só me lembro de acordar semi embriagado com outra roupa em uma taverna com um bilhete a minha frete dizendo:

Não faça mais isso, não quero morrer antes de concretizar o que tenho que fazer, agora sobre o que você perguntou, quero a sua ajuda para vingar nosso pai.

O bilhete me deixou mais confuso do que já estava. Como ele sabia do meu pai? Como ele sabia da historia toda a ponto de querer vingar-se? Será que ele está junto comigo há muito tempo? Será que meu pai sabia da existência de nós dois? E que historia é essa de se vingar, eu não era um guerreiro, eu não matava as pessoas, eu não poderia ajudá-lo, eu nem mesmo sabia lutar direito, eu seria a ultima pessoa a entrar em uma luta por vingança, não poderia ajudá-lo, mais o que fazer? Resolvi deixar um recado para ele dizendo:

Eu não vou ajudá-lo a se vingar, eu não sou assim.

Quando acordei estava a resposta:

Você não tem escolha, você estará em situações que não poderá escapar.