quinta-feira, 22 de abril de 2010

Conto 6 - Parte Final

Agora eu não teria muito que fazer e por mais que não gostasse do que ia fazer e não concordasse com o que ele estava fazendo eu no fundo de meu coração sabia que adoraria acabar com aquele maldito, só que eu não era tão inconseqüente e sabia dos problemas que poderia ter por matar ele e não queria enfrentar aquelas conseqüências, mas como ele havia me dito, lutar ou morrer, talvez a segunda opção fosse a melhor e eu não precisaria mais lidar com essa porcaria de duas vidas em um corpo, mas aceitar morrer pelas mãos daquele que matou meus pais não era o que eu desejava.

Tinha que lutar pela minha sobrevivência e naquela situação deixar de lutar não era a solução, poderia significar a minha morte, guardei uma das espadas e com as duas mãos juntei a outra em meu corpo, ele estranhou muito aquele meu movimento e disse:

- Achei que fosse deste reino, já que lutava com a mesma técnica que eu, mas essa posição é desconhecida, quem é você?

- Sou filho daquele que não teve chance de lutar dignamente contra você, pois se o tivesse feito você não estaria mais aqui. (lhe respondi)

Ao escutar o que lhe disse foi como se lembrasse de meu rosto ao ver minha mãe morta em seus braços, ele olhou fixamente em meus olhos e respondeu:

- Seu pai era um fraco, assim como você e esse seu estilo medíocre vou matá-lo assim como o matei.

Terminou de falar com as espadas quase em meu pescoço, mais o que ele não sabia era que meu estilo era um defesa absoluta e nada nem ninguém poderia vencer, meu pai havia me preparado para não deixar que nenhuma espada penetrasse meu corpo e ainda mais deixou seu estilo inacabado para que não fosse dele o estilo e sim nosso, e por uma ironia do meu destilo eu havia terminado meu estilo em decorrência das ciladas que ele havia preparado para me obrigar a ajudá-lo, só que no fim de tudo foi o que aconteceu, ele sabia que isso aconteceria e sabia que nossa situação se tornaria essa.

Enquanto pensava em todas essas coisas o samurai se enfurecia ainda mais de não conseguir se aproximar de meu corpo, todos os golpes que ele conseguia deferir contra a minha pessoa era desviado, tudo o que ele fazia era em vão para me acertar, sua raiva se tornava seu maior inimigo eu era apenas um poste que não pode ser vencido naquela luta ele aplicava mais golpes, com mais força, com mais técnica e nada me vencia, nem mesmo a sua experiência, então eu compreendi a raiva que tinha de meu pai, por melhor que ele fosse nunca o superou, por isso atacou com um grupo, era um fraco um covarde e não merecia o titulo de samurai.

Havia cansado de só me defender, havia cansado de ser o todo bom nesta historia toda era hora de contra-atacar, esperei só mais um ataque que veio e eu sabia que a segunda espada viria na diagonal na direção do braço que havia atacado primeiro, quando defendi a espada de cima me curvando levemente deitando a espada deu para sentir que ele acreditou que existia uma falha naquele movimento, mas foi ai que ele se enganou girei a espada para cima e em seguida a desci fazendo um movimento circular a surpresa do pobre samurai foi evidente já que meu movimento não só tirou seu primeiro ataque como foi direto para o segundo e para ser pior a situação no termino do giro só precisei puxar o braço levemente para trás e cravar a minha espada em seu peito, mas a minha intenção não era matá-lo, sabendo que poderia estar cometendo um erro faltar atravessei a espada em seu ombro, mostrando que ali poderia tê-lo matado se assim desejasse, minha vingança estava maior do que o outro eu desejava, pois agora ele não só saberia pela eternidade que perdeu a mulher que amava, mais que o estilo criado por aquele que a amou realmente o venceu de uma forma que ele nunca entenderia.

5 comentários:

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  2. Olha senhor, tenho gostado de ler esses contos,parabens pela iniciativa, sinto falta de títulos, pois gosto muito deles, antenciosamente, uma fã.

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  3. Mas como ele pode ter dupla personalidade se qdo um vai dormir o outro acorda, mas o corpo é o mesmo nao é???aguardo uma resposta...sua fã!

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  4. Queria Fã.
    Em relação aos titulos, eu tomei por metodo não coloca-los exatamente para tornar o conto menos pessoal, dando a liberdade para que cada leitor pense aquilo que deveria ser o nome para o respectivo contos, em relação ao seu segundo depoimento, está parte ainda não foi explicada no conto por que este conto faz parte de um livro meu no qual existe toda a explicação de um mundo, e neste mundo na região onde o personagem vive eles possuem dois focos de energia onde as pessoas decidem utilizar aquela que lhe melhor oferece habilidades, no caso do garoto cada personalidade utiliza uma energia, então enquanto um dorme e o outro vive é como se o corpo descansassem por que a energia não está sendo usada.
    Respondendo a seu ultimo post, por um acaso resolvi entrar hoje para verificar umas coisas, mas normalmente eu só entro no blog uma vez por semana que é o dia que eu publico os contos, então raramente estarei respondendo simultaneamente.

    Agradeço muito o seu interesse pelos meus contos, espero que continue lendo e quando achar alguma coisa que lhe deixa curiosa sobre algo que não foi esclarecido fico muito feliz em lhe responder.

    Atenciosamente Sr. dos Contos

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