domingo, 26 de janeiro de 2014

Conto 19 - Parte 6

Durante muito tempo corri, corri, corri, ao mesmo tempo que estava sem caminho, sabia o que tinha que encontrar, precisava de um meio para quê meu Xaré escutasse, e para que juntasse todos os nossos guerreiros e os mandassem junto comigo para a caçada.
Como já era o esperado ele nada sei me disse novamente em palavras duras:
- não vou enfrentar uma guerra com a qual não podem conviver.
Sai dali como a um ser sem forças naturais em seu corpo como se uma escuridão noturna dominasse meu corpo e algo muito maior que minha carne e ossos, eu sabia que aqueles malditos sem cor não estavam prontos para uma solução amigável nem mesmo para a tal paz que meu Xaré se referia eu tinha que fazer algo, então fui a tenda falar com os guerreiros,  homens que já tinham enfrentado coisas piores, e lhes disse:
- Encontrei a tribo dos sem cor podemos resolver o mal antes que se torne um problema.
Antes que pudesse dizer mais algumas palavras atrás de mim apareceu ele, meu Xaré, com um olhar que nunca esperei, mais hoje posso ver que aquela era uma atitude que ele também nunca esperou, olhou em meus olhos e pude sentir sua tristeza e ouviram suas palavras:
-Aqui ele já não mais viverá, entre nós ele não será mais visto como mais um sua atitude é pior que a dos sem cor porque mesmo que todos sejamos levados para outro lugar e soframos por isso será pela mão de alguém que a nada nos está conectado, o ato que cometeste não foi contra mim, mas contra a honra dos nossos e de toda nossa tribo, morro com honra antes de trair um dos meus.
Sabia o que tinha que fazer e o fiz.
Depois de algum tempo na floresta na mesma posição, depois do céu clarear e escurecer me veio a cabeça:
- Posso não estar mais ao lado deles, mas nunca deixarei de ser um deles, ( ou pelo menos era isso que eu acreditava), tenho que fazer algo para ajuda-los mesmo que não contasse com ajuda alguma, no meio da escuridão da floresta chamei

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