domingo, 14 de setembro de 2014

Conto 20 - Parte 6

Depois de algumas multas, dinheiro do advogado, e regularização de documentos Suzete não tinha mais dinheiro algum, ela estava então de volta às ruas, com a casa ela conseguia o dinheiro para comer e pagar as contas basicas, levaria uma vida restrita e calma ao menos.
Tudo estava melhor do que antes de viver na rua, não estava tão bem quanto quando conheceu o apresentador, mas eessttaava dando para levar a vida, quando andando para praça da Sé, ela se deparou com um buraco que não percebeu, indo diretamente ao chão, sua mesinha ficou destroçada, mas não menos que o seu pé, que doía gritantemente, graças a umas almas caridosa a ambulância só levou quase uma hora para chegar, mais alguns 30 minutos para ir até o hospital, e mais quase duas horas para um atendimento adequado, ou seja, aplicação do analgésico, depois da dor acalmada mais algum tempo para colocar o gesso, tudo terminado hora de voltar para casa andando. 
O médico havia lhe dito para não andar por pelo menos duas semanas, o que era impossível para ela que precisava trabalhar, refez sua bancada, o que lhe rendeu pouco gasto com pregos, e voltou imediatamente ao trabalho, com alguma dificuldade para andar mais fazendo o que podia.
Depois de uma semana trabalhando com dor e com o gesso na perna resolveu tira-lo, a dor não tinha diminuído já que não tinha dinheiro para comprar os remédios, ao retirar o gesso sua pele estava preta, algo estava muito pior assim voltou a hospital, logo após várias horas conseguiu ser atendida, conseguiu tomar algumas medicações e receber um tratamento adequado, mas saindo do hospital não poderia comprar os remédios e tudo iria piorar a situação, resolveu ligar para algumas pessoas, seus antigos clientes e conseguir ajudar, depois de muito ligar conseguiu alguém para comprar seus remédios e mais nada, quase três meses depois seu pé estava normal.
Voltando a sua rotina normal estava na rua trabalhando como sempre começou a cair o mundo, uma chuva desesperadora caía em sua cabeça, correu para casa o que não adiantou muito, conseguiu salvar seu baralho, mas somente ele ficou seco, seu corpo e sua roupa poderiam encher um galão de água, o que levou alguns dias para secar, alguns dias parada, pois havia vendido suas roupas chiques para pagar as contas ficando apenas com uma roupa, e devido a chuva uma tosse e o nariz escorrendo o que estava impedindo de trabalhar, quando a roupa secou voltou às ruas e o primeiro dinheiro comprou um anti gripal para melhorar a tosse e a coriza. 
As semanas passam e nada a tosse continua, a coriza passou e a tosse não, hora de ir ao médico, mas como ir ao médico sem dinheiro, sobrava o posto de saúde, que depois de muito chá de cadeira conseguiu uma chapa e uma pneumonia.
Tanta desgraça lembrou que a muito tempo atrás tinha se encontrado com um velho que havia lhe previsto muita desgraça em seu caminho, e lebrou-se que ele se chamava Vladimir Romani, o sobrenome que ela usou, só poderia ser uma maldição.

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