domingo, 10 de agosto de 2014

Conto 20 - Parte 1

Essa é a triste história de Suzete, ou como ela é conhecida na praça da Sé, madame Clotilde, a cartomante, todos os dias ela acordava cedo de sua residência, ou de sua pequena construção de papelão e compensado em baixo do viaduto leste-oeste próximo a Av. do Estado, subia a Rua Tabatinguera com sua mesinha e suas duas cadeiras e seu tarô comprado em uma revista velha no cebo mais barato que encontrou, senta e passa o dia todo com seu vestido de cigana, suas pulseiras e colares que ela mesma produziu com coisas que ela encontrou em sua época de sem teto.
Tudo isto está te dando pena de nossa protagonista, não fique, diriam os que a conheceram antes de estar em tal situação que o que ela tem hoje em dia é muito mais do que ela merecia por tudo o que ela fez, mas esse assunto não importa mais, tudo o que está no passado, ficou no passado, Madame Clotilde hoje possui até um clientela que acredita que os dons de leitura de Suzete são realmente reais.
O dia de sorte de Suzete estava chegando, um famoso apresentador de uma das maiores redes de televisão estava gravando seu programa na praça da Sé e viu nossa Suzete no mesmo lugar que ela fica todos os dias e se aproximou dizendo:
- Olá temos uma vidente em um lugar desses, poderia ler meu futuro?
Madame Clotilde sacou seu baralho velho e surrado pensou no óbvio e lhe disse:
- Daqui um tempo você se casará com uma apresentadora do mesmo canal que você e terão dois filhos homens.
O apresentador riu terminou seu trabalho e foi embora, alguns anos depois o óbvio aconteceu, e ele lembrou do que havia lhe dito Madame Clotilde

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