terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Conto 4 - Parte 1

O meu dia estava comum como todos os outros, acordei fui trabalhar e estava voltando para casa quando as coisas estranhas começaram a acontecer, um carro em alta velocidade me atropelou, só para deixar mais claro, meu nome é Pietro, sou um vendedor de carros comum, e por ironia do destino sou um homem preocupado com a vida do planeta, assim não utilizo veículos automotivos, tenho uma bicicleta para ir para todos os lugares que desejo ir, antes de acabar com esse emprego que estou eu era corredor profissional, eu sofri um acidente e passei algum tempo de cama, não conseguia andar direito e quando voltei a andar normal não tinha mais patrocínio, quando um amigo me ofereceu esse emprego, eu sem dinheiro algum aceitei, essa é a minha historia até o acidente, estava voltando para casa do serviço quando este carro me atropelou, jogando-me longe, no momento tudo o que tinha de mais importante em minha vida passou pelo minha cabeça, achei que ia morrer e é ai que a historia começa, bati a cabeça, quebrei a costela, que perfurou meu pulmão, uma perfurou de um modo que chegou ao meu coração, minha coluna sofreu alguns danos, mais não foram danos graves o suficiente para interferir em meu andar, minhas pernas acabaram quebradas e meus braços também, passei ao todo um ano no hospital, passei por algumas cirurgias entre outras coisas, os medico não entendiam como eu não morri naquele momento, nunca haviam visto um caso igual ao meu antes, e muito mesmo feito uma quantidade tão grande de cirurgias em uma mesma pessoa, cirurgias que não fossem plásticas, eu era um caso extraordinário na época em que fui tratado, tinha vinte e seis anos. E acabei me apaixonando por uma enfermeira e nos casamos.

Minha vida era regada a acidentes e eu nunca havia pensado que teria tantos problemas, pois havia perdido meu emprego novamente, agora tinha que arrumar outra coisa para fazer, mas uma sorte eu consegui de ficar algum tempo no hospital, eu tinha conhecido algumas pessoas ali, isso me deu alguma vantagem e por verem a minha situação, enquanto eu estava preocupado com o que estava acontecendo eu acabei conseguindo um bico, eu comecei a trabalhar ali como ajudante para ver se eu conseguia aprender o que fazer, se conseguisse continuaria no trabalho, fiquei ajudando na farmácia por um tempo, entregando remédio para as pessoa que vinham com receitas e alguns médicos que faziam as receitas na minha frente.

Quando me disseram que meu caso era o caso mais estranho que existia isso foi por que eles não sabiam o que estava por vir, eu sempre tinha problemas com algumas das feridas que havia ganho, mas o que começou a acontecer era muito mais complicado do que aquilo que eu tinha em meu corpo, alguns casos de velhos que estavam para morrer por causa de câncer e outras doenças que tomavam injeção letal e não estavam morrendo, as pessoas que estavam viciadas com parada cardíaca e não podiam passar por um desfibrilador por que estavam conscientes como se seu corpo ainda não estivesse em estado de morte, ele estava morrendo, mais não morto, era muito estranho, todos os casos que começaram a chegar depois do meu era mais estranho do que o meu, até ali o meu caso parecia super normal.

Um dos casos mais estranhos que aconteceu daqueles que eu vivenciei ali foi o caso do cara que perdeu a cabeça e sua cabeça ainda estava viva, ele não parou de pensar, tentaram ligar o corpo a cabeça, costuraram tudo mais não funcionou só que a cabeça continuava viva, ele acabou saindo do hospital como um tetraplégico, mais ele estava vivo, como uma pessoa que está fazendo manutenção nas peças do avião deixa escapar uma peça de metal fina e afiada que o decepa e ele consegue continuar vivo? Isto estava completamente fora do normal, o mundo estava ficando louco, quando eu percebi era meu aniversario e eu estava completando setenta anos. Meu filho Raul tinha completado vinte anos e eu estava com uma vida melhor, já estava me aposentando quando descobri que estava com câncer de intestino, não sei como eram os outros tipos de câncer, mais ao meu ver aquele era o pior de todos, não estava mais agüentando a situação, mais continuava vivo, resolvi que o melhor a fazer era retirar o câncer e junto com ele parte do meu intestino, o sofrimento era insuportável, passei algum tempo com parte do intestino, muitas situações inumanas estavam acontecendo, mais aquilo era ridículo, não importava o que eu fizesse eu não morria, não conseguia entender o que estava acontecendo, então resolvi que o melhor a ser feito era dormir o maximo que eu conseguisse, pedi para meu filho que ele que me desse uma dose cavalar de calmante, isso me ajudou um pouco por um tempo, pois acabei entrando em como por uns trinta anos, estava quase com cem anos e vivo, não vi o que aconteceu com meu corpo, mais ele estava cadavérico, como se estivesse em decomposição, mais ainda vivo. Meu filho estava com cinqüenta anos e nunca teve filhos com medo que o mesmo acontecesse com ele.

Ele falou que o tempo em que eu passei dormindo o mundo se tornou um lugar pior do que já estava, eu em minha situação, estava até bem pelas aparências por que no mundo as coisas estavam muito pior, meu filho começou a contar que havia se tornado medico, e em seu trabalho as coisas não iam nada bem.

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