domingo, 3 de janeiro de 2010

Conto 4 - Parte 2

Meu nome é Raul, sou medico do hospital central. Tornei-me medico por causa do caso do meu próprio pai, que era extraordinário, tudo o que acontecia com seu corpo ele não morria, minha mãe sempre esteve a seu lado, mas por mais que o tempo fosse um fator forte na mudança física deles eles continuavam vivos, por mais que ele passasse por diversos problemas de saúde, que não era o caso de minha mãe, mais era o caso de meu pai ele não morria, o sofrimento era muito grande, até que chegou ao ponto de meu pai pedir para que eu lhe colocasse em estado de coma, naquela época eu não sabia o que fazer, mais após estudar eu sabia muitas coisas, até mesmo como ajudá-lo, quando fui trabalhar no hospital acabei me tornando um especialista em casos bizarros, enquanto em casa usava o corpo de meu pai como experiência para ver até onde o corpo agüentava ficar vivo, ele já estava todo destruído por conta do acidente que havia sofrido e depois por causa do câncer que depois de retirado e de meu pai perder parte de seu intestino e não morrer se espalhou por partes de seu corpo e por mais que retirássemos ele continuava a viver, cheguei até mesmo a fazer um teste em seu corpo no qual eu retirei de seu peito o coração enquanto eu fazia uma analise de seu sistema cerebral, averiguando se existia ainda algum tipo de atividade, tirando pelo fato de começar a ter problemas com o bombeamento de sangue e algumas disfunções já existentes pela falta de alguns trabalhos normais do corpo como o do intestino ele permanecia com atividade cerebral, aquilo era muito estranho.

Não só como filho mais como cientista eu tinha que descobrir o que está acontecendo e não só com o caso de meu pai como o caso do mundo, eu estava trabalhando no hospital durante uma madrugada quando chegou um caso que tinha muitos problemas, um ônibus havia explodido e por conseqüência da explosão algumas pessoas que sobraram vivas estavam todas queimadas, algumas em partes, sem perna, sem braço, isso aqueles que estavam mais próximos do foco da explosão outros que estavam mais longe foram queimados, alguns o corpo inteiro, outro tiveram problemas pulmonar por causa da fumaça, isto alem da queimadura, mas todos estavam vivos, outro problema, ainda maior com aqueles que não entraram em coma por conta do trauma da queimadura e que não acordaram gritando de dor e ainda mais com problemas mentais pela falta de oxigênio no cérebro, tudo foi um problema naquele acidente, e muitos que deveriam ter morrido continuaram vivos, nunca pensei como um medico que pensaria que a melhor situação para todos era a morte, aquilo me deixou obcecado, comecei a pesquisar o mundo e em todos os hospitais em que eu possuía amigos ninguém estava morrendo, foi quando a mídia encontrou o caso, pois eles adoravam divulgar casos de morte e um acidente como esse seria perfeito para divulgar casos de morte, mais isso não ocorreu, foi quando se inverteu a historia e começou o caos no mundo.

A mídia passou a divulgar que Deus havia abençoado o mundo, onde ninguém mais morreria, mais eles não estavam divulgando a problemática do sofrimento que isso poderia causar a todos, começaram a divulgar o fato de estarem vivos como maravilhoso, as pessoas começaram a testar se aquilo era real. Algo que não foi muito agradável.

Muitos casos de suicidas começaram a aparecer, só que isso a mídia não divulgava, pessoas que tentavam cortar o pulso em lugares que ninguém achava que depois de uma semana os encontraram sem sangue, mal conseguindo respirar e vivo, este é o caso mais simples que encontramos de suicidas, pois ao enfrentar a morte e conseguir sair com vida delas tinha conseqüências que eram piores do que viver para sempre, casos de pessoas que não queriam se suicidar, mais resolveram viver a vida o em uma loucura eterna e depois de alguns anos estavam com conseqüências que demorariam trinta anos para alcançar. Doenças graves então acredito melhor nem começar a comentar, todas as doenças existentes apareciam, as pessoas começaram a achar que como não precisavam mais se preocupara em morrer também não precisavam se preocupar com a saúde do corpo, algo muito errado já que para viver por mais tempo exigia ainda mais que o corpo fosse bem cuidado. Foi quando achei uma solução para o meu pai, desligá-lo do corpo, talvez desse certo, assim tinha que perguntar para ele o que ele desejava e por isso o acordei, lhe contei de tudo o que estava acontecendo e lhe expliquei toda a situação e lhe contei de como mamãe estava e eles junto decidiram que o melhor a fazer era ficar em coma os dois até que eu arrumasse um jeito para que pudessem morrer juntos.

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