segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Conto 2 - Parte 7 e Parte Final

O xerife foi buscar os dois senhores no aero porto que ficava em uma das cidades vizinhas, já que a pequena cidade em que morava não comportava tal coisa, os dois estavam afobados para conseguir encontrá-lo, pois poderiam ser a ultima esperança deles de encontrar algo de sua filha amada e única. Depois de encontrá-los o xerife os levou direto para a delegacia onde Tomás esperava ansioso a chegada dos dois, ao entrar pela porta a senhora começou a chorar desesperada mente e quando Tomás virou-se para trás o rosto do senhor começou a se umedecer pelas lagrimas.

Preocupado o xerife pediu para que os dois se sentassem e mandou que alguém buscasse água para os dois, mas a reação dos dois senhores foi única, andaram até o Tomás e o abraçaram dizendo:

- Até que em fim o encontramos.

Tomás não sabia como reagir, ele não conhecia nenhum dos dois. Depois de algum tempo abraçados com Tomás por conta do nervoso sentaram-se tomaram um pouco de água e começaram a falar:

- Meu nome é Harley Richard e essa é a minha esposa Donna Richard, somos seus sogros, há seis meses você se casou como nossa filha Valerie Richard e seu nome completo é Tomás Scott, e você é um renomado arquiteto. Não se lembra de nada disso?

Tomás com um olhar triste respondeu:

- Não eu não me lembro de nada.

Donna com muitas lagrimas nos olhos disse:

- Sei que só encontraram você, mas você não sabe onde possa estar nossa filhinha?

Tomás desolado respondeu:

- Eu realmente peço desculpas, mais eu não me recordo de nada.

Os dois mostraram umas fotos de sua filha para tentar fazer Tomás se lembrar dela e do casamento deles, mas ao começar a olhar as fotos uma dor de cabeça muito forte começou a tomar conta de Tomás quando atrás do casal ele pode ver Valerie ainda com aquele vestido vermelho, e ela lhe disse:

- Lembre-se meu amor lembre-se de tudo.

Tomás saiu da delegacia desesperado e começou a correr sem parar como se tivesse indo para algum lugar, mais não sabia para onde ir, só sabia que tinha que correr.

O xerife, o casal Richard e Kate saíram delegacia e só conseguiram avistar Tomás correndo, quando perceberam que o melhor a fazer naquele momento era tentar segui-lo, entraram no carro e foram tentar se aproximar dele que já estava a uma distancia considerável. Ao se aproximarem dele com o carro parecia tentaram falar com ele, mais parecia que ele estava sendo controlado por uma força maior e que não podia ouvir ninguém. Resolveram que o melhor era segui-lo para ver até onde ele os levaria, ele não parava de andar nem por um minuto e não parecia se cansar, até que chegou ao local onde Kate o encontrou, ele se sentou por um segundo na beira da estrada, levantou-se novamente e começou a andar dentro da mata, eles desceram do carro e o seguiram a pé. Ele começou a andar na mata sem que ninguém soubesse para onde ia, passou um bom tempo andando sem parar até que chegou a outro ponto e continuou a andar por mais um tempo e parou novamente, olhou a sua volta e disse:

- O que está acontecendo?

Os quatro que os seguiam falaram:

- Tomás?

Ele olhou e o xerife disse:

- Você está andando há quase uma hora já você se lembra de algo.

Tomás com um olhar distante disse:

- Eu olhei aquelas fotos e não sei uma vontade incontrolável me fez refazer todo o caminho que eu me lembrava, mais ...

Antes de terminar de falar o olho de Tomás mudou novamente e ele em silencio começou a subir o morro até que ele chegou à outra parte da estrada, parou e começou a chorar. Todos ficaram olhando sem falar nada até que ele começou a falar:

- Xerife, por favor, eu preciso de um mapa eu acho que sei o que aconteceu comigo, mais antes eu preciso ir a um lugar.

- Tenho um lá no carro fiquem aqui que vou buscá-lo e há voltarei com o carro.

Algum tempo se passou enquanto o xerife foi até o carro buscar o mapa, enquanto isso Tomás não falou nada, os Richard e Kate não sabiam o que fazer naquela situação mais sabia que o melhor a fazer era esperar. Estavam pensando em falar com Tomás quando o xerife chegou. Tomás pegou o mapa e disse:

- Preciso chegar neste local, mais acredito que é melhor chamar reforços.

Sem questionar confiando em Tomás o xerife chamou os reforços e eles seguiram até o local que Tomás havia indicado no mapa, chegando lá ele desceu do carro e disse:

- Gostaria de pedir que só o xerife viesse comigo.

Todos não concordando muito e estranhando um pouco a atitude de Tomás resolveram que era melhor seguir o que ele estava falando e esperar os reforços que ele havia pedido. O xerife e Tomás começaram a descer ladeira a baixo na estrada quando os dois avistaram um carro e por um instante Tomás perdeu seus sentidos e o xerife o seguro, já que estavam em uma descida ele desmaiar poderia causar estragos ainda maior. O xerife o deitou e ele recobrou a consciência Tomás dizendo:

- Aquele era meu carro.

Deixando Tomás deitado o xerife se aproximou do carro e lá estava o corpo de Valerie quase que intacto como se nada tivesse acontecido com ela, com seus lindos cabelos dourados e seu vestido vermelho, mais ao colocar sua mão em seu pulso sentiu o frio da morte que já havia tomado conta daquele corpo há muito tempo. Quase tudo estava solucionado, agora era só esperar Tomás se recompor para que pudesse esclarecer o que tinha acontecido ali e como ele tinha ido parar em um lugar tão distante daqueles, mais antes disto a prioridade era retirar aquele corpo dali e contar aos pais da moça o que havia acontecido com sua filha única.

Parte Final

Todos voltaram para delegacia enquanto a policia fazia todo o seu trabalho de retirar o corpo e levá-lo a um local adequado. E depois de algum tempo para que Tomás pudesse se recompor ele começou a contar tudo aquilo que havia se lembrado, começou dizendo:

- Estávamos no meio da madrugada e estava chovendo muito forte e o caminho não estava muito visível mais estávamos quase chegando a um hotel na estrada que havíamos programado passar alguns dias, quando um caminhão desgovernado apareceu na nossa frente ele ia bater de frente com o carro e não tínhamos para onde ir de um lado era o barranco que se o caminhão nos espremesse ali seria inevitável a morte, e do outro a ribanceira que talvez pudéssemos ter alguma chance de sobreviver, mais por conta da chuva quando Valerie que estava no volante tentou desviar o carro rodou e batemos no caminhão que nos jogos ribanceira a baixo, ela estava muito machucada mais ainda viva, eu não podia tirar ela dali já que poderia haver o risco dela se prejudicar ainda mais, estava desesperado sem ter muitas idéias sobre o que fazer mais Valerie com toda a calma do mundo que possuía me disse: - Meu amor vá buscar ajuda que eu ficarei aqui esperando que você venha me resgatar. Não podia fazer aquilo como eu deixaria ela sozinha ali, não sabia o que fazer, mais ficar ali vendo ela morrer eu também não podia deixar acontecer, assim eu sai por em busca de ajuda, mais quando eu estava na estrada a caminho do hotel um carro com três jovens apareceu, achei que eles podiam me ajudar, ou pelo menos me levar até o hotel, dei sinal para que parassem mais me ignoraram, pior no meio de toda aquela chuva ainda jogaram água em minha passando em uma poça de água, quando após me passarem pararam, achei que talvez não tivessem me visto e quando viram pararam para prestar socorro, mais não foi o que aconteceu eles deram a ré e desceram agressivos e me bateram todos de uma vez me tacando dentro do porta-malas, lá eu gritei muito, para que me ajudassem, pois eu não podia perder tempo já que Valerie poderia morrer a minha espera, andamos por algum tempo e paramos, abriram o porta-malas e estávamos em um caixa eletrônico, tentei falar com eles, mais a única coisa que recebi foi uma coronhada na cabeça, um deles estava armado para assegurar que eu não faria nada retirei o limite que tinha naquele momento, e disse: - Por favor me deixe ir. Só recebi mais pancadas e uma coronhada na cabeça que me machucou, estava com algum sangue na cabeça mais para eles não importavam iam retirar todo o dinheiro que pudessem de mim, passei algum tempo com eles, não sei quanto, pois não via dia e noite de dentro do porta-malas, achei que tinha se passado pouco tempo e de dentro do porta-malas eu comecei a tentar abri-lo, já que era um carro velho não fui muito difícil, eu ainda tinha que salvar minha amada, mais eu estava muito machucado, estávamos andando quando consegui abrir o porta-malas, tinha que ser discreto, levantei a tampa bem calmamente eles corriam de mais e não estava conseguindo um momento para que conseguisse sair daquela situação, quando algo na estrada fez eles diminuírem e foi o momento que tive para fugir comecei a correr desesperadamente e por alguns segundo não me viram, mais quando me viram vieram com o carro atrás de mim e o bateram contra o meu corpo, depois do forte impacto que sofri por causa da batida no carro deles só me lembro de alguns chutes e depois de acordar na mata e o resto da historia todos já sabem.

Após terminar a historia Tomás viu Valerie sorrindo na porta da delegacia, ela lhe deu um tchau com sinal de mão e saiu.

Todos ficaram horrorizados com toda historia que estava sendo contada por Tomás e o xerife no mesmo momento ligou para um amigo e lhe pediu para que mandasse um bom desenhista para que fizessem um retrato falado destes três garotos, pois eles negaram socorro e essa atitude custou à vida de Valerie sem contar o que fizeram com Tomás. Os Richards, abraçaram Tomás e lhe disseram que ele deveria voltar para casa com eles. O xerife pediu apenas que ele fizesse este retrato falado e depois o dispensaria.

Tomás passou os dois dias no qual esperava junto a Kate, despedindo-se dela, já que agora que lembrava-se de quem era iria voltar para sua vida, até mesmo por que ele não poderia abandonar seu trabalho e suas conquistas em Nova York.

De volta a Nova York os Richards convidaram Tomás para passar algum tempo com ele em sua casa, já que estar de volta a casa poderia ser muito duro para ele depois de tudo o que aconteceu, mas ele se recusou queria voltar para sua casa, mas ao chegar em casa, nada era como antes, olhou os moveis, olhou as paredes, olhou a vista e percebeu que tudo aquilo não era mais deles, que aquilo que ele tinha construído havia desmoronado, que tudo aquilo pelo qual eu tinha construído junto aquilo com a mulher que amava não tinha mais sentido algum era só um local vazio, juntou todos os seus pertences íntimos que existiam ali, e saiu para um hotel para aquela casa não voltaria mais.

Acabou comprando outro apartamento e vendendo aquele que era deles, mais ainda sim sua vida não tinha mais sentido algum, quando começou a se lembrar do tempo que estava na fazenda, como tinha sido agradável ficar ali, trabalhar no campo como se a vida fosse realmente tão simples, olhou de sua janela e viu a cidade movimentada, os carros os prédios e lembrou-se do sossego daquela cidadezinha em que passou um tempo e lembrou-se de Kate.

Enquanto isso Kate na fazenda não parava de pensar em Tomás, já que agora ao acordar não tinha companhia para o café da manha, não tinha ninguém para conversar durante a noite, claro que ela ainda tinha Eliot mais não era a mesma coisa a companhia de Tomás era diferente tinha algo mais na presença dele naquela casa, ela olhava aquela casa e ficava pensando no que ele poderia estar fazendo na cidade grande.

Quase dois anos se passaram desde que Kate teve alguma noticia sobre como estava de Tomás, até que um dia de manha ela escutou uma voz que parecia se a de Tomás chamando, ela foi correndo ver e lá estava ele, sorrindo para ela e disse:

- Tenho uma proposta para fazer.

Ela sorriu e disse:

- Diga.

- Eu vendi tudo o que tinha em Nova York, abandonei meu emprego e estava querendo me tornar um fazendeiro.

Kate sorriu correu na direção de Tomás o abraçou e lhe deu um beijo.

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