sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Conto 9 - Parte 5

Sato ao perceber que aquele homem poderia saber onde estavam aquelas pessoas, se interessou imediatamente pelo que ele teria para dizer e mais do que isso naquele momento ele achou que o melhor a fazer era aceitar aquela pessoa em seu pequeno grupo, mas ele não sabia como poderia lidar com um bêbado que poderia nem mesmo saber lutar, mas antes de tentar qualquer coisa ele precisava entender o interesse daquele ser em sua família e o que aquela preocupação significava, então perguntou:

- Por que está tão preocupado com o que aconteceu com minha família e deseja tanto vingança?

Fukuda riu, parou por alguns segundos como se estivesse lembrando de sua historia, olhou para Sato e respondeu:

- Nishimura era o nome de minha mãe que resolvi herdar quando abandonei o Japão e sai pelo mundo para entender mais do que só a nossa cultura, mas o nome de meu pai era Miyashaki Nakayma.

Sato regalou os olhos ao escutar o nome de seu avó, algo que ele nunca imaginara em toda sua existência era que possuía um tio bastardo que se preocupava com a vida da família, olhou para Murakami e perguntou:

- Você sabia disso?

Murakami não sabendo muito o que responder e não sabendo qual a reação do garoto respondeu:

- Existia alguns rumores que seu avó possuía um filho mais velho que rejeitou o nome de sua família e seguiu pelo mundo quando Fukuda chegou e seu pai era o novo senhor da família Nakayma ele disse que não se incomodassem com a presença de Fukuda, mas que não o levassem a serio, pois ele não passava de uma palhaço gozador e assim ficou, até que acabou se tornando um bêbado e um cômico.

Sato se virou e disse:

- Vamos embora.

Virou as costas e saiu andando como se não se importasse para Fukuda que no mesmo momento lhe disse:

- Nunca de as costas para um inimigo em potencial, morto eu sou o único Nakayma vivo.

Quando ele se virou sacando a espada acreditando que seu adversário estava a distancia que ele havia deixado sentiu uma mão em seu pescoço, quando tentou um leve movimento de esquiva, já que mesmo sem armas um samurai é capaz de lutar, ele tentou reagir, mas os movimentos de Fukuda pareciam inesperado e sua reação era quase nula e sem armas, ele não carregava arma alguma, então escutou:

- Eu não desejo o nome, muito menos a posição, mas desejo vingança, cresci sabendo que meu lugar não era de líder, mas sempre soube que a honra japonesa não era um elo que poderia ser jogado fora de nossa cultura, agora eu indico o caminho e você guia o grupo e a nova ordem da família Nakayma.

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