quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Conto 5 - Parte 2

Comecei com toda a empolgação, pelo menos era o que eu tinha pensado. Tinha que passar por um teste inicial, como um espécie de vestibular que iriam verificar se eu tinha talento ou não.

Subi no palco confiante, já sabia o que iria fazer, algumas atuações Alá Trapalhões seria a melhor apresentação que eles viriam em suas vidas, comecei com algumas cambalhotas e acrobacias quando escutei:

- pode parar, obrigado e entramos em contato.

Não tinha feito nem a metade do que havia preparado, meu talento realmente era esplêndido que nem mesmo eu percebia, olhei para os outros candidatos e eles estavam rindo e era de mim, sabia que era magnífico, mas não sabia que era tanto assim.

Fui pegar informações de quando iria começar e eles disseram que em uma semana iriam ligar dando todos os dados ou que receberíamos uma carta com todas as informações. Passei a semana inteira em casa ao lado do telefone, já que carta não chegaria ali e não aconteceu nada, mal estava saindo para comer e o telefone não tocou, aquela maldita mulher havia me enganado, isso não podia ficar assim, ela não podia ser um problema entre eu e o meu futuro brilhante, esperei ela sair do trabalho, fui seguindo-a até sua casa enquanto analisava o melhor a ser feito naquela situação, deixei o dia passar e no outro dia ela estava presa no meu barraco para responder algumas perguntas sobre o que havia acontecido.

Coloquei ela sentada em uma cadeira totalmente presa e taquei água para que ela acordasse, já que para levá-la até ali tive que entrar em sua casa e quando ela chegou a desmaiei com uma pancada na cabeça. Na primeira vez que ela acordou estava histérica e eu fui obrigado a desmaiá-la novamente, na segunda vez como modo de evitar histerias desnecessárias a amordacei e lhe avisei que se ela gritasse seria obrigado a espancá-la para que ela não o fizesse mais. Assim que as coisas se acalmaram e com um copo de água e um canudo deixei que ela bebesse um pouco de água com açúcar lhe disse:

- Por que mentiu para mim?

Olhando-me com uma feição sinistra de espanto respondeu:

- Eu não sei nem quem você é, como pode dizer que eu menti para você?

- Sua vagabunda como diz que não sabe quem eu sou? Eu fui lá perguntar sobre o dia que iam me chamar para as aulas de teatro e você disse que era em uma semana e ninguém me ligou.

Ela começou a chorar e disse:

- Eu sou apenas a secretaria, se eu não te liguei foi por que você não passou nos teste.

Como eu podia não ter passado? Ela só podia estar errada, por se tão mentirosa eu a degolei e deixei seu sangue escorrendo para que ela nunca mais fosse mentirosa com nenhuma outra pessoa. Fui direto aquela pessoa que tinha me selecionado, quando falasse com ele explicaria o equivoco da mentirosa e tudo se resolveria, até mesmo por que por que era o cumulo, todos me acharam fantástico e eu era muito, tinha que resolver o problema que aquela mal educada insignificante havia cometido.

Passei dois dias perseguindo o imbecil que disse que entraria em contato para analisar toda a situação, e depois fui falar com ele, dizer que havia ocorrido um engano e que foi culpa da secretaria, mas sua resposta foi terrível, ele me disse:

- Ela não cometeu enganos, se não foi chamado foi por que não possui talento algum.

Ninguém me tratava daquele jeito, como ele podia dizer que eu não possuía talento, ele era um invejoso que não consegui suportar o talento dos outros, insignificante, safado e ignorante, ele estava pensando o que? Ninguém ia ficar entre eu e o palco, nasci para brilhar e iria mostrar isso para ele, já havia acompanhado seus passos, eu sabia que toda noite ele saia e voltada com alguma daquelas meninas que eu tinha visto nos testes, minha memória era igual a de uma maquina não esquecia um rosto, ele sempre dormia acompanhado, era como se soubesse que na calada da noite alguém iria aparecer para acabar com aquela sua atitude medíocre de ser empecilho para os talentosos. Passei mais dois dias analisando a situação.

No terceiro dia da analise achei melhor entrar em sua casa e esperá-lo, passei o dia me deleitando com suas coisas até que a madrugada chegou e com ela, ele que mais uma vez estava acompanhado, tinha que esperar o momento certo para que não causasse muito problema para minha pessoa, deixe que ele transasse para que ficasse mais calmo antes de conversarmos e quando terminaram ela seguiu para o banho, enquanto ela se limpava eu de dentro de seu armário percebi que estava quase dormindo, sai lentamente me aproximei e com um pedaço de madeira que estava carregando comigo o fiz dormir de vez, com a moça tive que tomar um pouco mais de cuidado, até por que pensei que ela deitaria para dormir com ele depois de tomar banho, mas ela não fez, começou a se vestir para ir embora, até ai tudo bem meus problemas não eram com ela, mas ela teve a grande idéia de se aproximar dele para se despedir, foi quando ela viu o sangue, tive que desmaiá-la, por que ela começou a gritar e eu não gosto de escândalos, mais fraquinha, com uma pancada desmaiei a esguia e a prendi ali mesmo e o levei para meu barraco, mais antes de me apresentar para ele precisava me arrumar, peguei suas chaves e fui até o teatro.

No teatro tinha muito o que pegar, roupas, maquiagem, entre outras coisas, depois de pegar tudo voltei para o barraco, onde ele ainda estava desacordado, me arrumei, fiz minha maquiagem, coloquei a peruca e fui mostrar para ele o quanto eu era engraçado. Foi neste momento em que eu resolvi qual seria o meu nome artístico, Bibi, o barulho ensurdecedor e divertido da buzina.

Comecei a apresentação falando meu nome e depois fazendo algumas piruetas, ele fingia que não me via, começou a baixar a sua cabeça para não ver meu espetáculo, aquilo era um ultraje, fui à geladeira peguei um super-bonder e passei em sua cabeça na parte de trás e o pressionei contra a cadeira deixei com uma faixa alguns segundos para a cola segurar depois a tirei, quando a cola secou e voltei para o espetáculo, como ele não tinha visto o começo recomecei o espetáculo, achei que ele não faltaria mais com respeito, eu pensei isso, mas ele começou a me ofender verbalmente, tava começando a me incomodar, fui a cozinha, esquentei uma faca para ajudar na cauterização, e peguei a faca de cortar carne, esse tipo de coisa era de qualidade em casa, pois meu pai era açougueiro, fui até a sala onde ele estava e pedi para ele abri a boca, quando não fez usei alguns alicates e travei sua boca, puxei sua língua e com a tesoura a cortei, e depois encostei a faca para não sangrar, agora ele poderia ver o show educadamente.

Voltei para minha apresentação, acreditando que agora não seria mais interrompido por ele, mais o maldito mal educado fechou seus olhos se recusando a ver meu show, aquilo era o cumulo puxei sua pálpebra com o alicate de bico fino e aproveitei a faca ainda quente parei cortá-las, depois disto achei que poderia fazer o show calmamente, mais o insensível desmaiou.

Deixei descansar por um tempo e depois o acordei e fiz meu show, ele pareceu gostar Do show, em alguns momentos eu até o vi sorrindo das minhas piadas, mais pude ver que se continha um pouco, antes de cortar sua garganta o fiz assinar uma carta de próprio punho aprovando a minha entrada na escola de teatro.

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