quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Conto 5 - Parte 3

Agora eu poderia ser ainda melhor iria aprender com os melhores, com professores, seria perfeito, eu pensava isso, mais foi a minha segunda decepção. Cheguei na secretaria falando que já era aluno e aparentemente a moça foi com a minha cara e eu não precisei mostrar nada, na aula falei que era um aluno novo e falei ter sido indicado pelo insensível e me aceitaram, pareciam todos legais, a primeira semana foi legal, ele mostrou algumas coisas que tínhamos que fazer, na segunda semana começou os problemas.

No primeiro dia da segunda semana o diretor pediu para que mostrássemos tudo o que havíamos aprendido na semana anterior, para que ele pudesse avaliar o nível teatral de cada um, toda vez que ia me apresentar ele cortava, foi quando fiquei na duvida, ele era ignorante ou estava com algum problema por que eu fui indicado pelo outro e com o desaparecimento do outro eles se irritaram, pois pareceu que ele fazia isso sempre, mais pareceu que ele não estava conseguindo ver o nível do meu trabalho.

Eu não sabia que aquela semana ainda fazia parte de uma seleção, mais era e no ultimo dia eles nos chamaram para uma entrevista em particular, se eu soubesse teria me preparado, mais era surpresa e quando entrei na sala e me sentei ele começou a dizer:

- Não gosto de dizer este tipo de coisa, mas quando nos submetemos a um tipo de avaliação somos avaliados e tenho que dizer que nós te avaliamos e decidimos que o seu lugar não é aqui, sei que entrou depois, por indicação, mas temos que dizer que lhe falta um pouco de talento e com esforço talvez consiga algo no futuro, mais por enquanto não está preparado.

Não disse nada, aceitei calado aquelas calunias, como alguém poderia dizer um abuso destes sobre minha pessoa, se falta talento em alguém é para eles e eu vou provar para cada um deles o quanto talento eu possuo.

Quando sai da sala pude ver alguns deles rindo do meu resultado, como se possuíssem talento, o único com talento ali era eu. Gravei o rosto de cada um deles e cada um pagaria por não reconhecer a minha magnitude e ficarem no meu caminho, querendo impedir o meu desenvolvimento.

Passei tres meses trabalhando se parar, todas as quintas, sextas e sábados eu fazia um show diferente cada semana para uma pessoa, as vezes eu fazia dois show na mesma semana, até que um dia o “Dono da Favela” em que eu morava apareceu em minha porta.

Fiquei um pouco preocupado com o que podia estar acontecendo, não queria problemas, mas uma coisa foi estranha ele bateu na porta e o costume ali era ele entrar onde desejasse. Eu estava no meio de um show, tive que ir atende-lo vestido de palhaço. Abri a porta e ele disse:

- Posso conversar particularmente com você?

Não podia negar sua entrada, pois aquilo poderia me gerar empecilhos no futuro, então permiti que entrasse.

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