sábado, 12 de junho de 2010

Conto 7 - Parte Final

Não sobrava mais nada, então para que lutar por algo, ainda era casado no papel, ainda sobrava uma solução final para tudo aquilo. Eu ainda possuía um seguro de vida, não poderia mais pagar por ele, mas o que já estava assegurado permaneceria, o problema seria como eu faria algo nas condições que eu me encontrava.

Passei o dia todo pensando no que fazer e no como fazer para solucionar aquilo, fui até um parque para poder pensar melhor no que eu deveria fazer, ali pelo menos que poderia ter um pouco de paz nos meus pensamentos para clareá-los um pouco.

Cheguei na beirada de um lago que havia no parque e fiquei ali, minhas mãos estava machucadas de tanto andar com aquela cadeira para todos os cantos sem parar, quando um homem estranho, bem arrumado, bonito e com um perfume um pouco estranho apareceu para ao meu lado,ficou um tempo ali sem falar nada e me disse:

- Há muito tempo que está nessa condição?

Estava tão distante que olhei para ele e perguntei:

- O que foi que disse?

Ele perguntou novamente e eu estranhando aquilo acabei respondendo:

- Não faz muito tempo que me encontro desse jeito não, mas depois de muito pensar acredito que quando recebemos alguma coisa no mundo é por algum motivo maior que muitas vezes não sabemos muito bem o qual e acredito que já encontrei o meu.

O homem sorriu e disse:

- Se não fosse muita intromissão poderia perguntar o que?

Sorri novamente e lhe respondi:

- Fiz muitas coisas erradas na minha vida, magoei quem não devia e tentei agradar quem não devia e cheguei a essa condição por conta de tudo isso, acredito que essa cadeira de roda me deu a chance de fazer a coisa certa.

O homem se virou e antes de partir disse:

- A vida é cheia de caminhos, só nos basta encontrar o caminho certo a seguir.

Não entendi o que ele quis dizer muito bem, mas a cadeira começou a andar sozinha e em direção ao lago, não era como eu esperava resolver tudo aquilo, mas foi o destino que me trouxe até aqui.

Quando comecei a afundar no lago por que minhas pernas não podiam me ajudar já que não podiam se movimentar comecei a entrar em desespero, comecei a me debater e como em um passe de mágica acordei em uma cama de hospital, na mesma cama que havia acordado depois do acidente, mas com uma diferença vi o rosto de minha amada na minha frente e ao me ver seus olhos cheios de lagrimas sorriram para mim dizendo:

- Achei que você nunca mais ia acordar depois do acidente com o carro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário