quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Conto 12 - Parte 4

Depois de algum tempo “dormindo” tive que deixar o corpo quase cair para chamar atenção, provavelmente sua atenção estava em meu companheiro de situação, isso poderia ser um problema para ele, já que duas pessoas soltas poderiam ser adversários e não alvos, mais ainda escutava os gritos, dava para sentir uma dor muito intensa no som da voz, era melhor agir como se estivesse desmaiado de cansaço, já que ninguém dormiria com aqueles gritos.

Meu corpo estava a ponto de cair, meus braços quase soltos, quando senti uma corda entre meus braço puxando meu peito para trás, com toda calma do mundo abri levemente os olhos, devagar sem fazer movimentos bruscos tentei ver o que estava me colocando no lugar, só pude ver no meio daquela noite escura um grande cabelo vermelho e uma roupa de bolinhas, fundo branco de bolinhas coloridas, naquela posição não poderia ver mais que isso, sem que fosse notado.

Agiu de forma rápida e como se fosse um profissional nisso, e partiu, os gritos estavam se tornando de quem esta fazendo força novamente, depois mais gritos e um suspiro final, como se tivesse se libertado dali, admirei a garra e a coragem de sua gigantesca força, e esperei que ele conseguisse sobreviver, mesmo acreditando em meu intimo que isso não iria acontecer, provavelmente meu cliente perturbado iria descontar a frustração de seus planos terem falhados em nós, e o primeiro a ser punido seria ele.

Como pensei os sons começaram, primeiro um estrondo forte de uma queda, acreditei que havia se libertado, depois barulho de mato sendo movimentado, outra coisa que me chamou muito a atenção, quando ele anda o milharal não se movimenta, ao contrario de meu ex companheiro de situação que agora se encontrava em grande desespero, que pelo som acabou, já que a única coisa que movimentava o milharal era o vento e não mãos brutas de desespero.

Rápido, letal e cruel, esse era meu cliente, quase tão sinistro quanto a um assassino daqueles filmes que acreditamos nunca existir, todo e menos barulho era evitado e com apenas alguns segundos se está caído no chão morto sem saber pelo que foi atingido, como um bom assassino profissional, foi então que me lembrei, eu tinha visto meu cliente, precisava analisar o que havia visto, mesmo que pouca coisa.

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