sexta-feira, 8 de abril de 2011

Conto 13 - Parte 2

Julius não se aquentou de ver aquele lindo amanhecer e não comentar com ninguém, e naquele dia resolveu sair e escutar os sons da rua, das pessoas, da cidade, nada de som selecionado que o fizesse ser eu, Julius era Julius e queria saber quem são os outros, não só o eu chefe, não só o eu ajudante, mas quem realmente eram aquelas pessoas, começou a se arrumar para o trabalho, isto ele acreditava não poder deixar de fazer, mas resolveu fazer tudo diferente, comer, tomar banho, se arrumar tudo com ordens invertidas da sua rotina diária, ele ia mudar tudo.


Estava muito entusiasmado com tudo que até abriu a janela a prova de som e escutou todos aqueles barulhos, não só de um eu, mas de todos os nós que fazem parte daquela cidade linda em que viviam.


Mudou toda a sua rotina e estava pronto para sair, fechou a janela para que não chovesse dentro de sua casa encarpetada, pois liberdade era uma coisa, sujeira outra.


Estava pronto, abriu a porta e por habito estava pegando seus fones, olhou para o fono, olhou para porte e o deixou ali, do lado do mesanino e saiu pela primeira vez sem fones como se estivesse se libertando, nascendo novamente.

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