domingo, 15 de maio de 2011

Conto 13 - Parte 7

Julius passou a noite pensando e quando o dia amanheceu não foi trabalhar, sabia que provavelmente iam achar que se matou e se tornariam satisfeitos com sua desgraça, mais ele não deixaria essa falsa alegria durar muito tempo, ele daria cor ao mundo cinza dos infelizes.

Conhecendo muito bem a rotina diária dos “eus” ele esperou todos estarem no trabalho, escolas e saiu para rua vestido de branco com diversas tintas presas em seu corpo, por onde andava pintava alguma coisa com alguma cor, amarela, azul, verde, vermelho, roxo, rosa, todas as cores que havia conseguido produzir, uma coisa diferente da outra, um poste de cada cor, um lixo de cada cor, e quando tinha pintado tudo com cada cor começou a mesclar as cores, amarelo com manchas roxas, verde com bolas vermelhas, azul com riscos rosa, todas as combinações que pode pensar.

Trabalhou mais naquele dia do que em toda sua vida, mas nunca foi tão feliz, deixou tudo diferente, só que nada menos importante, cada um, mesmo que só objetos possuíam agora uma personalidade, cada um era bonito por si só do seu próprio jeito.

O dia de trabalho tinha acabado, não só o de Julius, mas de todos os “eus”, estava na hora de todos olharem o recado que ele havia deixado, sempre com esperança esperava que pelo menos alguns conseguissem entender o recado.

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