sexta-feira, 6 de maio de 2011

Parte 4, 5 e 6

Parte 4

Fazia quase dois meses que Julius estava na investida de criar o mundo do nós a partir do mundo do eu, mas seus esforços pareciam sem sentido algum, sua atitude parecia inútil e sem sentido, que ele começava a se tornar triste com sua situação, a cada dia tentava uma atitude diferente e como todas as outras parecia não funcionar.

Uma tristeza abateu Julius ele tinha feito tantas coisas e agora que ele havia acordado para o novo mundo como ele poderia voltar a antiga vida, como se isso nunca tivesse acontecido, talvez ele conseguisse, mas ele não desejava de forma alguma voltar ao que era, ele se sentiu tão feliz e livre que aquilo te proporcionava uma suavidade que talvez ele não conseguisse viver sem, mas para isto talvez tivesse que viver sozinho, já que ninguém estava olhando para o pobre Julius.

Antes de se libertar ele não era infeliz, feliz também não podemos dizer que era, mais acomodado com um tipo de vida com certeza era, mas agora na situação que se encontrava ele era mais do que infeliz, ele estava definhando de tristeza, pois viver sem conhecer a felicidade é fácil, viver tentando ignorar a felicidade, tentando se encaixar em uma sociedade da qual discorda é um grande problema.

A angustia tomava conta do corpo e da alma de Julius, quando durante uma pausa para o café poderia mudar todo o rumo da sua vida.

Parte 5

Julius estava indo tomar um café quando escutou um murmuro e no meio deste escutou seu nome e parou para prestar atenção no que era dito e escutou:

- Os chefes tinham razão.

- Verdade, não é que aquele menino Julius voltou ao normal.

- Vocês não ficaram sabendo, ele estava doente por isso ficou daquele jeito.

Naquele momento a vitalidade de Julius voltou, então suas ações eram um incomodo, eles estavam fingindo não ver para que ele se acalmasse, para que achasse estar errado por tentar ser feliz, preferiam vê-lo morrendo de tristeza do que agindo diferente de todos, buscando sua felicidade.

Quando uma luz ascendeu na mente de Julius, tudo o que ele acreditava quando saiu em busca de uma nova vida regida por regras próprias e não por controle de sabe se lá quem, ele tinha encontrado tinha encontrado seu grande erro, no mundo dos “eus” existe um nós.

Parte 6

Aquilo surpreendeu Julius mais do que tudo. Existe um nós, mais ele nunca havia pensado ou visto aquilo, por que ele não fazia e não queria fazer parte daquele nós.

Refletindo em tudo que havia vista e vivido Julius passou aperceber que no meio daquela sociedade havia muitos múrmuros, e que nem sempre voltados para ele, eram sempre quando viam que existia alguém que estava com um sorriso verdadeiro, com uma feição de satisfação, quando se deparavam com a felicidade.

Perante a felicidade o mundo dos “eus” se torna o mundo dos “nós”, nós contra o outro, contra aquilo que eu não tenho, contra aquilo que não tenho coragem para alcançar, contra aquilo que tenho medo de não conseguir, contra aquilo que eu invejo.

No mundo dos infelizes a felicidade alheia é uma tortura constante, a liberdade e a felicidade machucam todos que não conseguem experimentar a maravilha que duas coisas tão simples e tão satisfatórias, satisfação que emprego e moradia nunca poderão trazer, a de olhar o nascer do dia e sorrir, e era isto que o mundo dos infelizes precisava, e Julius confiante acreditou que ele poderia ser o primeiro passo para mudança.

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