sábado, 4 de fevereiro de 2012

Conto 15 - Parte 10, 11 e Final


Parte 10
Entrou na sala e escutou aquelas palavras que não soavam como algo conhecido, então falou:
- Como assim.
Perguntando na sequencia espantado:
- Quem você acha que eu sou?
Questionou o homem com um olhar de quem estava prestes a lhe retirar as tripas, mas ele precisava entender o que estava se passando naquele lugar.
O olhou para ele como se não o temesse e principalmente como se soubesse tudo o que Ko, ou Kunum Zero como ele chamou e falou:
- Sempre soube que esse dia chegaria, mais acreditava que quando chegasse ao ponto de me encontrar saberia do que estava se tratando.
Ko olhou para ele e perguntou:
O senhor olhou para baixo e sussurrou:
- O que fizeram com minha criação.
Ko não se aguentando levantou a voz e disse:
- Para de agir desta forma e me diga exatamente o que está acontecendo.
O velho sorriu e disse:
- De certa forma você é meu filho, minha criação, o mundo estava completamente perdido, como se a raça humana não fosse conseguir sobreviver, para nos proteger acabamos nos fechando em diversas cidades, grandes construções individuais separando o povo e gerando diversas disputas e guerras, até que chegamos a um ponto que precisávamos de soldados especializados para conseguir proteger o que tínhamos, ai eu criei o projeto Kunum, um projeto que criaria um ser humano completamente adaptável com habilidades super-humanas capazes de sobreviver a qualquer situação da vida, superando até mesmo o tempo, e você é Kunum Zero, o primeiro e único ser criado pelo meu projeto, mandamos você para missão teste, quando voltou não só não tinha completado sua missão como estava furioso, eu tinha feito algo grave, lhe dado humanidade, quando chegou ao campo de batalha acabou vendo crianças, idosos, mulheres inocentes que nada podiam fazer naquele lugar, mais estavam ali, você fez o que deveria fazer lá aqui, acabou com a maioria dos lideres deste lugar, te destruir se tornou impossível, tinha que existir um jeito de fazer, era parte do projeto, mas eu não poderia colocar um mecanismo de destruição em você, se era para ser perfeito era para ser perfeito e assim eu o fiz, o máximo que foi possível eu acabei fazendo, destruímos suas memorias e lhe deixamos inconsciente o quanto pudemos, quando sua mente se recuperou deixamos em uma vida normal esperando o dia que acabaríamos aqui.
Ko não sabia como reagir com aquelas informações que havia recebido, ele não era um humano, era uma arma criada em um laboratório, sua vontade era de pular no pescoço daquele homem e destroça-lo, mas o que mudaria acabar com a vida daquele velho, ele olhou para trás, e pensou em sair daquele lugar, quando escutou:
- Você está cercado não tem para onde ir entregue-se.
Parte 11
Não havia muito o que fazer, poderia lutar e fugir, mas no fundo o que ele poderia fazer, fugir para onde tudo o que ele tinha ali era um grande mentira, todas as coisas que via eram montadas e projetadas por alguém como se sua vida fosse um jogo na mão de pessoas que ele nunca veria, não tinha sentido, mas se o que o velho havia lhe dito fosse verdade como ele poderia se livrar, ser destruído ele não seria, pois talvez não fosse possível, o melhor a fazer era se entregar.
Levantou as mãos e saiu, haviam muitos Tropers o esperando, ele poderia lutar, se questionou, mas continuou, uma vida que já o incomodava poderia piorar, ele iria descobrir o que iria ser feito com ele.
Colocaram grandes placas de ferro em seus braços os imobilizando por completo, prenderam suas pernas e o levaram, passou alguns dias em uma pequena sala sem luz e sons, ali ele ficou quieto pensando em tudo o que poderia fazer ao sair dali, naquele momento já sabia como fugir daquele lugar, mais não o fez, resolveu esperar o que deveria fazer.
Parte 12
Depois que os dias se passaram K.0. foi levado novamente a frente daqueles que se auto denominavam donos da cidade, olharam para ele e perguntaram:
- Você está pronto para se entregar as normas da nossa sociedade e viver como mais um na multidão sem questionar e sem ser curioso, seguindo o ritmo natural de nossas vidas?
Aquela pergunta tinha uma fácil resposta para K.0. mais ele não queria que aquela fosse a verdade a ser ouvida naquele instante, passou algum tempo pensando no que deveria ser melhor a ser feito, não sabia como lidar com aquilo e como poderia colocar tal coisa em palavras sem que algo pudesse lhe acontecer, pensou mais um pouco e enquanto pensava disseram:
- Teve tempo de sobra para pensar, agora chegou a hora de responder o que você pretende.
Não dava para saber o que seria feito dele exatamente, muitas coisas passaram em sua cabeça, mas só uma coisa ele poderia responder:
- O que eu sou nada pode mudar, já tentaram me fazer esquecer mais minha natureza não permitiu acontecer, agora não posso voltar a trás e dizer que serei aquilo que desejam, ou ordenam.
Olharam profundamente para K.0. e lhe disseram:
- Esperávamos que sua decisão fosse outra, mas se é assim será banido de nosso mundo.
Um grupo de Tropers apareceu e levou K.0. até os portões da cidade, ao chegar lá soltaram seus braço e fecharam o portão.

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