sexta-feira, 21 de maio de 2010

Conto 7 - Parte 4

Depois de passar algum tempo vagando pensando em onde eu poderia encontrar determinado tipo de doação passei a pensando em que lugares eram feitos doações, um dos lugares que eu consegui pensar que seria uma apropriada para o tipo de coisa que eu queria era uma igreja, agora começava outro problema eu nunca acreditei nessas coisas, então eu nunca me preocupei onde haviam igrejas ou não, tinha que encontrar um igreja o mais rápido possível para ver se conseguia o que precisava.

Passei algum tempo procurando, andar pela cidade com uma cadeira não é nada fácil, as pessoas não respeitam que você precisa de um espaço, os carros não respeitam que você é mais lento, ainda mais quando percebem que estou usando uma cadeira velha e estou com roupas antigas, é ai que todas as reações pioram ainda mais, só que eu sabia que esse meu estado era temporário e que logo tudo seria resolvido, depois de tanto procurar encontrei uma igreja e o primeiro obstáculo, a escadaria de entrada, como eu conseguiria chegar a pedir algo se nem mesmo eu conseguiria entrar naquele lugar.

Era novamente o momento de parar para pensar no melhor a ser feito e em como eu conseguiria chegar ali, enquanto eu pensava uma pessoa passou e me perguntou se eu queria entra na igreja, eu logo lhe respondi que desejava, mas aquela era uma missão impossível, a pessoa me respondeu que nada é impossível quando se tem ajuda, pegou minha cadeira e me levou até a porta da igreja, logo no momento em que eu já estava pensando que tinha que encontrar outra, agradeci a pessoa e ela se foi, quando entrei na igreja me veio à cabeça que novamente não havia perguntado o nome daquela pessoa que de boa vontade havia me ajudado.

Entrando na igreja eu entendi o porquê de nunca ir para um lugar daqueles, uma luz baixa, com estatuas sinistrar sem nenhuma pessoa, nunca tinha pensando no quanto uma igreja vazia pode ser assustadora, mas eu tinha que conseguir um paletó para me apresentar na impressa.

Comecei a andar pelo corredor centrar quando o barulho de minha cadeira chamou a atenção de alguém que veio me atender, era um padre, novinho que não devia ter nem seus trinta anos de idade ainda, me viu aproximar e logo disse: “O que desejas meu filho? O que te trás a casa de Deus?”, eu imediatamente respondi que não tinha sobrado muitos recursos e que buscava ali como uma ultima de minhas esperanças de ajuda.

O padre me levou até uma sala onde pediu para que eu lhe contasse o que estava acontecendo e por que estava falando tão seriamente daquele jeito, então comecei a lhe contar o que havia acontecido comigo e todas as desgraças que estavam acompanhando minha vida naquele momento, depois de ouvir atentamente ele me perguntou do por que não ir para minha antiga casa, e eu lhe respondi que não queria chegar perante a minha filha e minha esposa, minha ex-esposa naquela situação e que antes de tudo aquilo eu precisava chegar a minha empresa, ou melhor, meu antigo trabalho, e disse que por isso procurava ajuda, para conseguir roupas adequadas para me apresentar. Logicamente ele me disse que essas coisas matérias eram besteiras, futilidades da vida e que eu não deveria priorizar isso, que tem coisas mais importantes na vida do que o dinheiro e a aparência, mesmo discordando de meus intuitos e mostrando isso com suas palavras não deixou de me ajudar a chegar ao que eu desejava, mas disse que ali ele não tinha nada me oferecer, ligou para algumas pessoas que freqüentavam a sua igreja e logo começaram a aparecer algumas pessoas com uma roupas para ver se serviriam em mim, uma das pessoas disse que eu poderia ficar na casa dela naquela noite e que durante isso alguém limparia melhor minha cadeira, que ainda tinha um pouco de sujeira. Agora estava pronto para continuar minha jornada.

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