quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Conto 10 - Parte 4

Estava chegando aos cinqüenta, ou já tinha passado, os soldados já começavam a dizer que me confundiam com os mortos de tão decadente que estava a minha imagem, isso não me importava eu só queria pegar alguns corpos e fazer alguns testes.

As primeiras coisas que ia tentar fazer era encontrar um meio de ver se existe algum tipo de transportado de alma, utilizei as artes ocultas como base para ver algo, passei alguns dias observando primeiro os combates, fazendo alguns rituais para natureza na esperança de conseguir ver alguma coisa, mas não houve nenhuma reação, nenhum ritual surgiu efeito para esse fim, mas tempo perdido, não podia desistir, pelo menos eu poderia saber que aquele tipo de coisa não funcionava não era tão em vão assim, agora era hora de fazer testes para tentar ver se existe algum caminho que a alma segue, ou ainda se existe alguma variação no corpo no momento da morte, até por que se alguém estiver certo para partir para um outro mundo é necessário abandonar o corpo em algum momento, tinha que observar não só os combates como o momento em que o corpo envia a alma para o outro mundo, seja lá qual for, mas um tempo de observação em vão, era até um milagre minha existência ainda, mas minha erva estava chegando ao fim.

Não me restava muita alternativa nem esperança, eu tinha que descobrir através dos corpos, tinha que levá-los para algum lugar onde conseguisse experimentar algo, testar algo de físico, realizar um exame, estava na hora de misturar as coisas com o oculto.

O cheiro da morte do campo de batalha disfarçava minhas experiências, comecei abrindo alguns corpos para tentar entender o mecanismo, mas eu consegui aprender apenas anatomia, abrir o corpo se tornou inútil, pelo menos em relação ao meu objetivo, já sabia muito bem onde ferir alguém que desejasse me atacar, alem de outras coisas que eu nunca imaginei entender, ajudou a entender parte das coisas que aconteciam com meu corpo, através de minhas dores e doenças, pude entender pontos até para a energia vital, depois de estudar queimava os corpos.

Estava quase desistindo tinha vivido bastante, quase vinte e cinco anos de vida buscando viver e acabei não vivendo se tivesse passado o tempo aproveitando talvez tivesse vivido menos mais melhor, tudo bem que se não fosse meus estudos e viagens nunca teria sido tranqüilo o meu caminho até a morte, conheci lugares, pessoas, muito conhecimento que nunca poderão ser tirados de minha mente, aproveitei tudo o que tinha para aproveitar mesmo obcecado por uma cura, passei a noite pensando em tudo o que fiz, já que não me restava muito tempo e a erva estava acabando, não duraria mais muito tempo e nessa altura eu estava só vivendo por conta delas, mas foi quando uma luz me veio a cabeça, estava esquecendo de uma das coisas mais importantes, a medicina chinesa, tinha que usá-la de uma forma mais eficaz.

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