terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Conto 12 - Parte 1


Era mais um dia pacato na vida de um Paulistano solitário e trabalhador, minha rotina diária era sempre a mesma e minha maior diversão era as festas que eu tinha que ir obrigado por conta do meu trabalho, algo que não me agradava tanto assim, com essa vida social bagunçada eu acabava não arrumando tempo para vida pessoal, tudo era trabalho, amigos eu não tinha, tudo o que eu tinha eram conhecidos que na verdade a qualquer momento podem se tornar adversários já que emprego não é nada agradável se procurar neste país.

Estava eu em mais um dia, acordei, fiz meu café da manha, torradas com geléia, uma fruta e um pouco de chá, sai para meu treino diário de uma hora de malhação, com mais uma hora de treino aeróbico, tomei um bom banho e fui para o trabalho, o bom de trabalhar na minha área é que posso chegar as nove horas, costumo ser sempre pontual para poder fazer minhas duas horas de almoço em paz, sempre me alimento com o mínimo de gordura e frituras valorizando sempre as verduras e os legumes, na maior parte do tempo acabo sendo vegetariano, mas em alguns casos não há como recusar uma carne, como no almoço de hoje onde sai com um grupo de pessoas a negocio como sempre e junto estava meu chefe, a escolha, a churrascaria mais cara de São Paulo, são situações em que não tem muito para onde fugir, tento como opção não comer ou as vezes tentar procurar um pedaço de algo o mais saudável possível, e claro me abastecer de salada, que é sempre a melhor opção nesses lugares.

Voltando para o trabalho mais algumas horas de trabalho na frente do computador, depois mais duas reuniões com clientes e mais alguns milhões ganhos para empresa, depois mais algumas horas na frente do computador fazendo tudo para terminar no dia o trabalho, ainda mais por que uma equipe de qualidade é algo muito raro e tudo o que é feito precisa ser revisto e concertado, só que se algo sai errado toda a culpa se reverte para mim.

Entre o tempo do escritório um pensamento sempre aparece em minha cabeça, o dinheiro vale tudo isso, sei que na sociedade em que vivemos ele é muito importante, mas acabei me tornando um ser sem emoção que nem mesmo se importa com a vida pessoal se tornando mais uma maquina do sistema, faltando apenas ser colocado no armário ao fim do expediente, mesmo minhas viagens são a trabalho, não tenho oportunidade para diversão e me questiono se me importo com a diversão, minha cabeça acabou tão focada em trabalho que questiono se me importo.

O dia acaba, são quase duas da manha e junto com o dia terminei o trabalho, não costumo usar carro já que a vida em São Paulo é muito turbulenta, dentro de um taxi posso trabalhar sem me preocupar para onde estou indo.

Cheguei em casa quase três horas, tinha quatro horas para dormir e retornar meu dia igual a todos os outros, tomei uma ducha e me deitei, na cama lembrei um dos motivos de trabalhar tanto, nada é igual a uma cama de mais de cinco mil reais, meu quarto tinha janelas que criavam uma escuridão total para nada atrapalhar, adormeci por algum tempo quando comecei a sentir um incomodo no corpo uma dor, senti meu braços amarrados, achei ser um pesadelo quando a luz do sol bateu em meu rosto.

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