segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Conto 9 - Parte Final

Eram sete, agora sobravam apenas três, assim como havia começado a jornada de Sato, mas sem a ajuda de Murakami, era necessário tomar muito cuidado com o que poderia acontecer, eles precisavam encontrar um caminho de fuga em que não houvessem problemas.

Todos sabiam que o melhor a fazer naquele momento era fugir para um lugar, mas Sato tinha algo maior em mente, uma preocupação que não poderia deixar para trás, Aika ia se casar se ele não fizesse algo, sozinha ela não poderia ser capaz de fugir, ele tinha que salvar o amor de sua vida.

Olhou para seus companheiros com um grande olhar de decisão e lhes disse:

- Precisamos fugir, mas preciso salvar Aika, amo meu grupo como amo ela, não posso escolher entre deixar um ou outro, mas posso escolher em salvar os dois...

Antes que Sato continuasse o que estava dizendo Ito o interrompeu dizendo:

- O seguirei, mesmo que na morte, essa é minha trajetória de honra.

Fukuda sorriu e disse:

- Não perderei a chance de entrar na casa daquele maldito por nada neste mundo.

Sato sorriu e saiu pela porta seguido por seus dois companheiros, a caminho da casa de Ono Takamura, mas a dois passos a frente estava Yoshida que no momento em que se separou de seus companheiros já havia partido em busca de sua vingança, por mais que foi ele que salvou a vida dos dois irmãos, ele havia usado os dois como brinquedos, marionetes de seus planos sujos, ali Yoshida entendeu tanto interesse de Ono em sua vida, em saber como eram as missões, as formas que eles trabalhavam, até então ele acreditava que tudo era parte de alguém que se afeiçoava a ele, mas no fundo era tudo um plano maquiavélico de Ono, tudo ia acabar e era só nisso que ele pensava, vingança pela morte de seu irmão.

Ao chegar à casa de Ono, Yoshida encontrou um numero incomum de guardas, mas a falha de Ono foi deixar uma criança curiosa solto pela sua casa durante tantos anos, Yoshida conhecia cada pedaço, cada canto daquele lugar e isso seria a sua grande vantagem para entrar desapercebido naquele lugar.

Andou sorrateiramente em todos os becos até chegar ao salão principal, até se deparar com a porta que o separava daquele que o criou e aquele que armou a sua morte, aquele que brincou de Deus com sua vida.

Entrou com todo seu ódio imaginando que Ono não estaria sozinho, como de fato não estava, os seus seis melhores guardas estavam ali ao seu lado o protegendo como se ele não pudesse a qualquer momentos apunhalá-los pelas costas como fez com ele, então disse:

- Assim como eu estive no lugar de vocês um dia vocês poderão estar no meu.

Como se não ouvisse as palavras de Yoshida partiram para cima com suas armas em punho e controle no olhar, uma frieza inigualável e uma força de combate comparada a de Yoshida se não fosse seis, mais eram, lutar contra muitos fracos sempre foi fácil, lutar contra seis iguais e ele não seria tão fácil assim.

A luta se tornou cada vez mais difícil, de ataques se tornou em defesas, de vingança se tornou sobrevivência, eles realmente eram bons e Yoshida não se tornava tão bom quanto era com o grupo e Ono sabia disso e disse:

- Aqui será seu tumulo, como eu sempre soube, uma criança pobre nunca será um verdadeiro samurai.

Yoshida ao escutar aquele desaforo juntou o que sobrava de forças acertou a cabeça daquele que estava a sua frente e partiu sem pensar em nada para cima de Ono, mas haviam cinco homens a suas costas e logo acabou de joelhos aos pés de Ono que sorriu, sacou sua espada e com um golpe levou ao pescoço de Yoshida que teria sido cortado como a um papel se não fosse pela espada de Sasaki que travou a espada de Ono e jogando o corpo de seu irmão para trás com os pés.

Olhou os samurais e disse:

- Saiam meu problema é com Ono, já vi muitas mortes não quero ver a de vocês.

Como da primeira vez que atacaram se pensar, mas não lutavam mais com Yoshida e todo ódio contido em Sasaki se tronou em poder, que com apenas um golpe derrubou cada um deles e antes que Ono conseguisse levantar sua espada sentiu seus ombros pernas e braços serem atingido, então escutou:

- Matá-lo seria dar-te a gloria, eu não sou capaz a isso, como você penso em meus interesses e faço qualquer coisa para conseguir, aproveite o que te sobra, eram seis que protegiam sua vida, são seis espadas que a levaram lentamente.

Sasaki pegou o corpo de seu irmão e saiu fechando a porta da sala.

Algum tempo depois chegou Sato, Ito e Fukuda a mansão, mas antes de entrarem viram Aika a frente, ao se aproximarem ela os disse:

- Sasaki pediu para que partíssemos sem entrar na mansão e me contou o que meu pai fez.

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