quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Conto 10 - Parte 1

O tempo não era o dos melhores, vivia em uma pequena cidade do leste europeu e naquela época só vivam os grandes guerreiros, eu não era um entre todos aqueles bárbaros, o século já não sei muito bem dizer qual era, só sei que foi antes do período cristão, quando os gregos ainda eram os maiores e o mundo conhecido ainda era o núcleo que muito tempo depois foi chamado de Europa.

Trabalhava como comerciante na minha região e viajava de cidade em cidade, mais nunca havia almejado nada de muito grande para minha vida, não tinha família, a única pessoa que eu tinha eram falecidos, pois minha mão não agüentou ao dar a luz e meu pai havia falecido também em combate, meu avô pouco presente nunca teve muito tempo para me ensinar coisa alguma, minha educação de guerreiro não foi a de maior destaque, então com a morte de meu avô me juntei a um grupo de comerciantes e aprendi o oficio, na minha terra natal eu não podia voltar de vergonha de não ter seguido os passos da minha família, assim a melhor coisa a fazer realmente era viver viajando e sem chamar muita atenção, foi assim que resolvi viver.

Estava completando vinte e cinco anos e isso naquela época já era mais do que idade adulta e as condições do comercio na região que eu seguia estava se tornando precária, até um dia que estava negociando vinho com um comerciante velho e ele me disse que estava precisando deixar sua rota de trabalho, pois já estava muito velho para caminhar por lugares tão distantes e que precisava de um local mais pacato para viver e me ofereceu uma troca, eu ficaria com a rota dele e ele ficaria com a minha, passaria só um tempo comigo me apresentando aos seus compradores e depois trocaríamos, assim como eu o apresentaria em meu lugar.

As coisas pareciam se encaixar, mesmo com os problemas na minha região, eles eram problemas para mim, que era jovem e pouco preparado financeiramente, agora um senhor que já havia conseguido muita riqueza e só precisava de um lugar tranqüilo para ocupar sua mente, ali seria um lugar perfeito, resolvi que iria aceitar, ele me passou tudo o que tinha e eu o pouco do que tinha e trocamos.

Um pouco de angustia me abateu em pensar que iria começar algo novo, mas era melhor do que acabar ali sem conseguir muito sustento com os problemas que estavam surgindo, acredito que era a melhor escolha que eu tinha para fazer naquele momento.

O começo não foi tão simples como achei, os caminhos não eram tão fáceis, as pessoas não eram tão amigáveis comigo com eram com ele, mas com o tempo foi ficando mais aceitável, aos poucos não sabia se estava ficando mais maleável, menos exigente ou eles que me aceitaram, mas as pessoas foram se acostumando, até mudar e aceitar leva um tempo, acredito que havia conseguido que a mudança se não neles em mim.

Tinha se passado dez anos depois que eu havia mudado de rota com aquele senhor e as coisas estavam desagradáveis, não estava agüentando mais tudo aquilo, agora havia entendido o por que daquele velho desejar tanto mudar de rota, o povo grego não era muito agradável, não podia reclamar das partes financeiras, pois esta rota era perfeita em relação a isto, mas fora isto era uma desgraça, quando novamente como se os caminhos de minha vida fossem guiados encontrei um comerciante estrangeiros, começou a me contar coisas fantásticas de suas viagens, Cartago, Pérsia, Egito, lugares que nunca havia escutado falar, até então, tudo o que eu conhecia eram os gregos.

Novamente resolvi dar uma reviravolta em minha vida e conhecer mais do que era conhecido por minha pessoa, mais antes iria conhecer a Grécia, a principal cidade do Império Grego, eu iria para Atenas, quem não conhece Atenas não conhece a Grécia.

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