segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Conto 11 - Parte 4

Seu olhar me dava medo, mas se ali eu poderia ter uma chance de me tornar aquilo que eu sempre desejei não ia jogar tudo ao vento, ia aproveitar ao maximo aquela chance que eu estava tendo, então lhe falei:

- Diga qual o preço, o que você ganha com a ajuda que me dará.

Novamente ele sorriu, mas desta vez disse:

- Não gosto de falar em preços, custos e trocas, nesse momento eu estou aqui só para ajudá-lo, eu suponho que você já tenha um livro escrito.

Ele estava desviando o assunto, eu não poderia perder a chance, mas também não poderia entrar em um negocio no qual eu poderia acabar prior do que eu já me encontrava, olhei para ele e respondi:

- Sim, eu possuo um livro escrito, mas antes de entrarmos neste mérito eu gostaria de saber o que você ganha me ajudando.

Ele novamente com aquele sorriso antes de qualquer palavra falou:

- Não gosto de tratar de valores, acredito que pessoas ajudam umas as outras e preocupações com trocas podem acabar com a veia artística, primeiro escute minha proposta depois diga se aceita ou não, eu não irei te prejudicar pode confiar.

Não sabia o que responder, então fiquei escutando enquanto ele dizia:

- Será o seguinte, você me dará um de seus livros sem compromisso algum, eu publicarei, se houver algum retorno eu voltarei aqui e nós fecharemos um contrato, nesse contrato você só concordará que depois de alguns anos eu poderei voltar para lhe cobrar um favor, mais nada.

Aquilo era muito estranho eu tinha que perguntar:

- Mais que espécie de favor você irá me cobrar?

Como das outras vezes sorriu, e ignorando o que eu disse perguntou:

- Aceitas ou não minha proposta.

Não sabia o que responder, aquela poderia ser minha única chance.

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